Era um dia como os outros, varrendo a frente de casa pois não havia mais ninguém que fizesse os afazeres por mim, minha mãe me abandonou aos 3 anos de idade, eu acabei na custódia de meu pai, é um homem bom, ele Trabalha todos os dias para conseguir manter nosso sustento, ele é caminhoneiro então parte dos dias é como se eu morasse sozinha, aquela casa tão solitária a ponto de escutar o grito do silêncio, me sinto triste todas as noites como se ninguém se importasse, era tudo muito frio e solitário, mas a rotina fez de mim sua amante.
Eu costumava escutar os barulhos dos carros, passos de pessoas ecoando por aí, entre outros sons que a rua nos proporcionava, mas naquele dia eu escutei alguém correndo em minha direção, larguei a vassoura contra o chão e me virei para trás.
-Rápido, rápido me deixe entrar!
Um homem invadiu meu quintal segurando meus braços, e me pedia em desespero que eu o deixasse entrar, estava assustada e mal consegui o responder, minhas pernas bambas e meu rosto petrificado, em um piscar de olhos lá estava ele adentrando em minha casa, em seguida escuto sirenes de viatura pairando pela rua de trás, entro rapidamente mesmo que o medo falava mais alto no pé de meu ouvido.
-Ahmm... onde é o banheiro?
Aponto o dedo pelos corredores de minha casa em direção a porta esquerda, pude ver meu indicador tremendo a frente de meus olhos, minutos depois ali surge o homem novamente, com uma expressão de alívio, me sentei na cadeira e o encarava frio esperando alguma palavra.
-Obrigado por me deixar entrar, estava apertado!
-Eu não deixei você entrar...
Ele me olha sério, aquilo me assustava.
-Desculpe, não tive escolha.
-Por quê estava fugindo da polícia?
Novamente ele me encara, mas desta vez seus olhos estavam semiabertos, como se achasse ruim o que havia perguntado, seu rosto por aquele capuz me deixou suando frio.
-Eu não sou quem você pensa que é...
Ele se aproxima, imediatamente me levanto e recuo.
-Ei... Não precisa ter medo, eu não sou um assassino, estuprador ou ladrão.
-Então não irá se importar de responder minha pergunta, não esquece que está em minha casa e eu preciso saber quem entrou nela...
-Ok, ok eu apenas pixei alguns muros, eu não posso ir preso, não quero pagar por algo banal!
-Você precisa ir embora, eu que não quero ser cúmplice de suas travessuras.
-Eu vou, mas preciso tirar a polícia da minha cola, se me deixar passar a noite aqui eu irei ficar agradecido!
-Não! De forma alguma, eu não conheço você, se quiser fique com a casinha do cachorro!
-Tanto faz, eu fico.
Ele aceita minha proposta, eu não tinha muito o que fazer além de oferecer a casinha do Tob, melhor do que passar a noite ao lado de um estranho, mas ao mesmo tempo não queria me sentir culpada pela desgraça deste moço, caso ele tenha dito a verdade e passasse por dificuldades, ou era apenas um pequeno marginal.
-Eu tenho que terminar de limpar a casa, se não se importa, mas prefiro que fique fora de casa.
-Por mim, não reclamo!
Era difícil para mim processar tudo que aconteceu, restava indícios de medo ainda, mas me retiro da casa junto ao moço misterioso, e nas secretas tranco a porta com a chave por prevenção, o tal cara se senta na pedra grande no quintal de minha casa, me observava feito um caçador enquanto terminava de varrer, pois já estava anoitecendo e precisava terminar rápido, sou interrompida por suas palavras em alguns instantes.
-Qual seu nome? Se vamos ficar no mesmo lugar pelo menos deveríamos saber o nome do outro.
-Ann... é tudo o que você precisa saber, e o seu?
-Me chame de V... direitos iguais!
Tanto faz saber o nome dele ou não, ele iria embora amanhã mesmo, não estava preocupada em conhecer este rapaz, e seu interesse por mim confesso que me incomodou, mas por que logo eu? Tem muitas casas por perto, o meu Deus bem logo eu.
Continua...
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Os capítulos vão ser curtos pela falta de tempo, mas vou fazer o possível para sair pelo menos 5 dias na semana!!!
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O Fugitivo - kth
AçãoAnny, uma jovem tão adorável e certinha, dificilmente vista em confusão. Uma garota que nunca conheceu o amor de verdade, suas responsabilidades sempre à frente de sua vida pessoal. Apelando para o lado sem graça da vida, como qualquer ser humano no...