3. A Que Eu Sempre Amarei

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Andrea saiu da Runway e seguiu para o apartamento, assim que entrou seguiu para o banho e se permitiu chorar tudo o que precisava, saiu de dentro do banheiro e foi até a cozinha, procurou a garrafa de vinho, um dos preferidos de Miranda e abriu.

Seguiu para a varanda e sentou, derramando o líquido escuro na taça e levou até a boca bebendo-o lentamente, se perdendo em pensamentos.

Escutou a campainha e entrou para abrir a porta mesmo querendo ignorar quem que estivesse do outro lado da madeira escura, atendeu sem nem ao menos olhar quem era, assim que abriu a porta viu Doug parado.

– Nigel me contou — Andrea abraçou o amigo e voltou a chorar, Doug a guiou até o sofá e a fez deitar a cabeça em suas pernas.

– Por que eu sou tão idiota, Doug? Por que eu tenho que lutar por ela no último momento?

– Assim é a vida — Disse a olhando e acariciando os cabelos soltos da morena — Ela ama você, Andy.

– Amor não é suficiente, ela está magoada, ferida, eu sou insegura, sempre fui, eu sempre sou insegura quando se trata dela, eu não consigo evitar, ela me faz fraca e ao mesmo tempo tanta forte, Miranda pode ter o homem e mulher que quiser aos pés dela e isso me faz não saber onde piso a cada passo que eu dou.

– Mas ela não quer outras pessoas, Andy, entre esses vários, ela escolheu você.

– Agora tem aquela Thabata — Disse secando o rosto, ato feito em vão, pois às lágrimas voltatam a cair em segundos — Elas estavam se beijando quando entrei na sala, Doug, mas eu não posso culpa-la, eu também beijei outra pessoa, eu dormi com outra pessoa, mas nunca foi tão intenso, nunca foi tão bom quanto com ela, eu nunca vou me senti realizada com outra pessoa que não seja ela.

– Dê um tempo a ela, Andy, é demais até mesmo para a dama de ferro, você deixou bem claro que não a queria e que estava completamente feliz com Mariana que queria o divórcio, ai quando ela da o divórcio, você vem como louca dizendo que quer continuar casada, precisa ter paciência, é verdade que é ela quem sempre corre atrás? Sim, completamente verdade, então dê esse tempo a ela, pois você sempre fez a egípcia quando ela ia atrás de você e olha, bancar cupido o tempo todo, não é fácil, vocês dão muito trabalho, se eu não gostasse do circo pegando fogo, tinha pulado no rio.

– Ela não vai me querer.

– Viu como é? Você sempre desconfia dela e do que ela sente, por isso as coisas estão como estão, você precisa ajudar também porque assim não dá, você já comeu? — Andrea negou — Vou preparar alguma coisa pra você comer, depois a gente bebe até cair — Disse levantando.

.§.

Doug olhou para Andrea após um tempo, estava no início da noite, os dois estavam a um bom tempo em silêncio sentados na varanda do apartamento bebendo.

– E você e o Nigel?

– Estamos bem, mas nada definido ainda.

– Estão nisso desde que Mateo tinha dois anos — Disse e bebeu um pouco de vinho.

– Apenas não achamos que nossa relação merece algo a mais do que sexo casual.

– Espero que casem, adotem uma criança, vocês dois são melhores do que eu e Miranda, não brigam, não se separam, você não vai embora e nem ele atrás de você, Miranda e eu brigavamos até mesmo sem ter uma relação.

– Você sempre tão tranquila com Nate, ai chega Miranda Priestly e vira tudo de pernas pro ar.

– Eu era a senhorita da calma e da castidade, antes da Miranda — Doug riu — Fizemos tantas loucuras depois que Mateo nasceu, pois só depois de ter terminado aqueles meses terríveis que pudemos ter uma lua de mel de verdade.