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Miranda fez uma das suas anotações no livro e levantou o olhar ao escutar batidas na porta.

– Posso?

– Claro, Thabata, fique a vontade.

– Vim saber como está e entregar essas pastas para que possa ver os textos antes de manda-los para a gráfica — Disse entregando as pastas, Miranda pegou e a morena sentou em frente a mesa.

– Eu estou bem e você?

– Bem — Disse sorrindo.

– E Bernardo?

– Está bem.

– Mateo perguntou dele a uns dias atrás.

– Ele é um fofo, Bernardo gostou dele — Disse sorrindo sincera — Soube que você e Andrea se acertaram, fico muito feliz por isso — Miranda sorriu de canto.

– Tenho certeza que você encontrará alguém que te ame, como e eu amo Andrea e essa pessoa será uma sortuda por ter você.

– Eu espero que sim — Disse e as duas riram.

– Atrapalho? — As duas olharam para a porta, vendo uma Andrea séria.

– Não meu bem — Miranda disse sorrindo e estendeu a mão para que ela se aproximasse, Andrea se aproximou e segurou a mão da mais velha — Não sabia que viria.

– Não ia vir.

– Vou deixa-las a sós — Thabata disse se levantando — Eu espero as pastas depois, foi uma prazer te ver, Andrea — Disse simpática, Andrea acenou com a cabeça.

– Mando em alguns minutos — Thabata afirmou e saiu fechando a porta, Miranda fez Andrea sentar em seu colo e a beijou no pescoço — Vai ficar com essa cara ou me beijar? — Andrea a encarou — Não comece com implicância, ela é uma pessoa incrível.

– Fique com ela então.

– Eu estaria, se alguém não tivesse vindo como louca de Chicago pra me ter outra vez e eu estou muito feliz com a escolha que fiz — A mordeu no queixo.

– Desculpa.

– Tudo bem querida — Andrea a beijou lentamente e a segurou no rosto, se afastaram por falta de ar, Andrea apoiou a testa na da mais velha — Veio por causa da Thabata não foi? — Perguntou a olhando nos olhos.

– Não.

– Não minta, Andrea — Disse divertida, Andrea a abraçou mais — Vamos almoçar?

– Não quero.

– Precisa se alimentar.

– Estou enjoada, Miranda, não quero comer.

– Não seja teimosa, sweet.

– Eu não quero, amor, não consigo.

– Claro que consegue, o que quer comer? Diga que mandarei trazer.

– Quero o que já está aqui, por isso vim te visitar.

– E por causa da Thabata.

– Não — Disse manhosa, Miranda riu a beijando no pescoço.

– Agora eu não posso dar o que você quer, sweet, tenho muito trabalho, vou pedir seu almoço e depois que resolver algumas coisas sobre a próxima revista, depois resolvemos esse seu probleminha de hormônios.

– Quase três semanas que reatamos e você ainda me castiga — Disse ficando emburrada.

– Não estou te castigando, mas antes do prazer, que será literal, o trabalho — A beijou nos cabelos — Agora fique quietinho ali no sofá que eu vou pedir seu almoço.

– Não vai almoçar?

– Não, eu não tenho fome, agora vai, senta ali — Andrea seguiu para o sofá e Miranda pediu o almoço.

Miranda olhou para Andrea que passava o garfo no prato distraída, a editora tirou os óculos os colocando em cima da mesa.

– Tudo bem? — Andrea a olhou.

– Sim — Disse com um fio de voz, Miranda pegou a mão dela acariciando.

– Me diz.

– Tem certeza que está feliz com a sua escolha?

– Do que está falando, Andrea?

– De ter escolhido reatar comigo, você sabe, poderia está com a Thabata, mas preferiu insistir em nós.

– Eu estou muito feliz em nos dá uma nova chance, sweet, não deveríamos nem mesmo termos nos separado sem provas ou sem uma conversa.

– Eu sei — Disse desanimada — Me desculpa por isso, amor.

– Já disse, está tudo bem e quer saber o que mais?

– O que?

– Era falso.

– O que? — Perguntou confusa — Thabata gostar de você?

– Não, isso é real.

– Então o... — Andrea a olhou assustada e se levantou — Nossa reconciliação é falsa?

– Não sweet — Miranda disse se levantando e dando a volta na mesa, se apoiou na mesa — Claro que nossa reconciliação é real, eu estou falando da entrada de divórcio que te enviei a alguns dias, mas o resto é completamente real — Disse a pegando pela mão e puxando-a para perto — Foi uma ideia maluca que as meninas tiveram junto a Nigel, mas eu realmente estava disposta a te dar o divórcio, principalmente depois que as meninas nos tracaram no quarto, aqueles três insistiram muito para que eu aceitasse e conseguiram.

– Sabiam que eu viria?

– Eles sim, eu não acreditava muito nessa possibilidade, mas fico feliz que eles tenham acertado.

– E o beijo?

– Aquilo acabou acontecendo, Thabata é uma mulher incrível e uma amiga espetacular, mas ela sabe que nunca poderia quere-la, por mais que tivesse sexo e todas as coisas que eu e você tivemos, você é a que eu sempre amarei, Andrea, eu te amei antes mesmo que me desse conta de que te amava e ninguém vai mudar isso — Andrea a abraçou sendo logo correspondida.

– Amo você, Miranda e por mais que eu diga que não, eu amo você.

– Eu sei sweet — A beijou no pescoço — Agora venha, você precisa comer — Disse sentando e a puxando para seu colo.

– Eu não tenho fome.

– Quando estava grávida de Mateo, você comia praticamente tudo e por três.

– Dessa vez está diferente, não suporto escutar falar em comida.

– Coma apenas um pouco, mal tomou café da manhã e com certeza não comeu nada antes de vir.

– Estou enjoada, mais do que quando esperava Mateo.

– Mas faça um pequeno esforço, sim? — Andrea afirmou e Miranda colocou algumas garfadas em sua boca.

– Já está bom — Disse fazendo careta, Miranda entregou a água a ela.

– Não quer deitar um pouco?

– Sim — Foram para o sofá e Miranda a ajudou a deitar, depois voltou ao trabalho.

3. A Que Eu Sempre AmareiOnde histórias criam vida. Descubra agora