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Miranda olhou para Andrea que dormia tranquilamente e a acariciou nos cabelos que agora estava soltos e espalhados pelo travesseiro.

A morena abriu os olhos lentamente e sorriu ainda sonolenta.

– Oi — Sussurrou fazendo Miranda sorrir.

– Oi — Sussurrou — Como se sente?

– Cansada.

– Durma mais um pouco, ainda resta alguns minutos até trazerem-na.

– Estou feliz — Sussurrou.

– Eu também sweet, muito feliz — Disse sorrindo e aproximou-se lentamente, beijando-a levemente, Andrea a segurou no rosto e sorriu ao sentir os lábios de Miranda sugarem os seus lentamente.

Escutam batidas na porta e logo ela foi aberta, a enfermeira entrou sorrindo enquanto empurrava o pequeno berço.

– Está na hora de amamenta-la — Disse parando o berço ao lado da cama, Miranda ajudou Andrea a se sentar e logo a enfermeira lhe entregou a pequena que já começava a resmungar de fome.

Andrea a arrumou no colo e após limpar o seio, colocou da boca da pequena que sugou com ânsia, fazendo a morena gemer com a leve dor que sentiu.

– Qualquer coisa basta chamar.

– Obrigada — Andrea disse para a mulher que logo saiu do quarto, Miranda olhava para a pequena que estava tão concentrada no que fazia, enquanto voltava a dormir.

Andrea admirou a feição da mais velha, era o mesmo olhar que ela tinha quando Mateo nasceu, Miranda levou a mão até a pequena mãozinha escondida pela luva em tom rosé e acariciou lentamente, Luna segurou seu dedo firmemente.

– Ela parece você — Andrea sussurrou levando a atenção da mais velha para si, Miranda apenas sorriu de canto e voltou a olhar para a Luna.

– É muito boa essa sensação, não é? — Começou — Se sentir completa por coisas tão simples, uma presença, uma voz, um olhar, um sorriso e até mesmo isso — Mostrou o dedo que Luna apertava — Foi a mesma sensação todas as quatro vezes, sempre que eu amamentava Cassidy e Caroline, elas seguravam meu dedo, Mateo fazia isso também quando você o amamamentava ou eu o colocava para dormir, quando ele tem pesadelos ainda faz e agora a Luna — Andrea a observou sorrindo — Você também faz isso, quando sente medo ou se sente insegura, você pega minha mão — Disse olhando para a morena — É a melhor sensação que eu poderia sentir.

– Você nos deixa seguros, Miranda, transmite tudo o que precisamos com esse simples aperto de mão, mesmo quando está abalada, você é forte por nós e assim como eu, as gêmeas e Mateo te amamos, ela irá amar você, na verdade já ama, você sempre a acalmou quando ela ficava agitada na minha barriga, ela sempre gostou de ouvir sua voz, assim como Mateo fazia e tenho certeza que com as meninas não foi diferente — Miranda a beijou lentamente e assim que se afastaram escutaram a porta.

– Pode entrar.

– Até quem fim — Caroline disse assim que abriu a porta, Cassidy se aproximou da cama, Daniella entrou com Mateo nos braços e sendo seguida por Richard, Doug e Nigel, Andrea arrumou a roupa e colocou Luna para arrotar.

– Dessa vez demorou — Cassidy disse fazendo Andrea dá risada.

– Sim, demorou bastante.

– Me deixa ver minha afilhada — Nigel disse se aproximando, olhou para Luna que estava escolhida no colo de Andrea — Ela parece muito com você, Miranda.

– Eu disse isso a ela.

– Os olhos dela são azuis como o da mamãe? — Caroline perguntou.

– Ainda não vimos, ela não abriu os olhos desde que nasceu, pelo menos não perto de nós — Andrea disse sorrindo, Miranda pegou Mateo dos braços da avó e o beijou, Mateo deitou a cabeça no peito da mãe.

– Soninho meu príncipe? — Ele afirmou e ela o beijou nos cabelos.

Após um tempo todos foram embora, apenas Miranda quem ficou junto a Andrea, Roy as buscaria no dia seguinte, no meio da tarde para que fossem embora, Miranda se arrumou na poltrona e ficou atenta ao livro que havia levado, já Andrea e Luna dormiam tranquilas em seus respectivos lugares.

A editora olhou para as duas por alguns segundos e voltou para sua leitura, nem ao menos percebeu o momento em que dormiu.

3. A Que Eu Sempre AmareiOnde histórias criam vida. Descubra agora