3. A Que Eu Sempre Amarei

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Três semanas depois.

Andrea arrumou Luna no berço e a cobriu, depois seguiu para a sala de televisão onde Mateo estava junto com as irmãs.

– Tudo bem aqui?

– Sim mom — Os três responderam juntos sem olha-la.

– Qualquer coisa me chamem.

– Tudo bem — Caroline respondeu atenta ao filme.

Andrea sorriu negando com a cabeça e saiu fechando a porta, desceu as escadas lentamente e escutou o barulho da porta.

– Amor? — Chamou pensando ser Miranda que havia chegado da Runway — Amor é você? — Chegou no hall vendo Débora — Ah, é você.

– Eu já estou de saída, apenas vim trazer as roupas e o livro.

– Pensei que trazer o livro fosse trabalho da Emily — Disse séria cruzando os braços deixando a loira tensa.

– Ela está com a Miranda em uma reunião.

– E onde é essa reunião?

– Com o corpo editoral na Runway — Disse quase em um sussurro.

Andrea a encarou com atenção e em silêncio, deixando a mulher ainda mais tensa do que já estava.

– Venha comigo — Disse dando as costas, Débora a seguiu pelo corredor até entrar na cozinha, Andrea abriu uma das portas do armário pegando duas xícaras — Sente-se — Débora sentou em frente ao balcão sem dizer nenhuma palavra sequer, seu coração parecia que iria perfurar o peito, um misto de medo e adrenalina, não podia descrever como verdadeiramente se sentia.

Andrea as serviu com café e a olhou enquanto levava a xícara á boca.

– Espero que goste de café, já que não perguntei o que queria.

– Sim, eu... Eu gosto — Sorriu envergonhada, Andrea colocou a xícara no balcão.

– A quanto tempo trabalha para Miranda? Não perguntei isso antes.

– Quase sete anos, senhora — Andrea acenou com a cabeça a observando.

– E tem algum interesse na minha esposa?

– Não — Disse rapidamente — Eu apenas sou uma admiradora do trabalho da Miranda, é uma grande oportunidade trabalhar na Runway, meu trabalho é incrível por mais caótico que às vezes possa ser, realmente gosto muito do que faço, mas devo admitir que sou mais uma admiradora sua do que da Miranda.

– Minha admiradora? — Perguntou deixando a mulher ainda mais tensa.

– Do seu trabalho, eu quis dizer do seu trabalho.

– Okay, em que você é formada? — Perguntou curiosa.

– Em Moda — Sorriu de canto — Amo esse mundo, é tão diverso e buscado.

– Entendo — Disse apoiando-se no balcão — E por que descidiu ser assistente da Miranda?

– Trabalhar para Miranda Priestly e uma oportunidade única e pode abrir portas inimagináveis, meu sonho sempre foi trabalhar na Runway quando me formasse e quando finalmente terminei a faculdade, eu consegui essa vaga, claro que passei por vários processos até consegui-la, Miranda é extremamente exigente, mas eu consegui.

– Sim, ela é extremamente exigente e eu pensava como você quando entrei na Runway, trabalhar para Miranda Priestly me daria reconhecimento como jornalista e me deu, mas não por ela, pois só fiquei conhecida, após ir para Chicago, mas ter passado pela Runway acrescentou no meu currículo — Débora a escutava atenta.