Baekhyun

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Capitulo 4


Quando íamos andando pelo estacionamento, sentia a mão de Chanyeol meio trêmula, olhei para trás ele virou o rosto. Não entendia o que estava acontecendo, mas quando cheguei ao carro e abri a porta para que ele entrasse, notei certo receio de sua parte, não sei se eu o assustei, não queria causar essa impressão. Mas infelizmente tive que encerrar com a vida daquele beta, se não a minha própria honra de alfa seria afetada se eu deixasse impune o homem que humilhou o meu parceiro, e eu nunca deixaria isso acontecer.

Entrei no carro, virei para o lado e vi a distração do Chanyeol que parecia pensativo, acho normal que haja assim. Quando eu tinha a sua idade, isso a três anos atrás, me sentia confuso sobre tudo, principalmente sobre o baile de laços. Achava injusto nos empurrar para um lugar com algumas pessoas, para que escolhêssemos ali na hora alguém que passaríamos anos ao seu lado.

Eu tinha um espírito rebelde naquela época, por isso não escolhi um parceiro na primeira tentativa e fui ao baile durantes anos para procurar. E hoje vejo que a espera valeu apena, nunca pensei que o encontraria aqui depois da última vez que o vi, só que ele nem se lembra de mim, mas não me chateio com isso. O importante que teremos mais tempo para nos conhecer, pois na última vez foi muito rápido, mas muito marcante pra mim, nunca me esqueceria de suas palavras de quando ainda era um garotinho.

Ia colocar o cinto, mas vi que ele não tinha colocado, passei por cima de seu corpo e puxei a faixa, porém, antes de voltar para o meu lugar, parei por alguns minutos, admirado com a sua beleza. Ele era lindo! Seus fios levemente acobreados caídos sobre a sua testa, reluziam como fios de ouro, pareciam tão sedosos, queria tocá-los; seus olhos levemente puxados para cima, — havia certa inocência neles, um olhar que me instigava ainda mais a vontade de tê-lo. Seu nariz era fino e longo, seus lábios bem desenhados, cheios e atraentes, — na verdade tudo nele me atraía — o cheiro adocicado desprendia de sua pele, era inebriante demais, aponto de me fazer me aproximar de seu pescoço inalando com vontade o seu aroma, que deixava o meu interior mexido, como se meu lobo se agitasse.

Retornei em seguida para a minha posição inicial, voltando a fitá-lo nos olhos, eles brilhavam como duas pérolas negras, tão perfeito! Meus olhos vagaram brevemente pelo seu rosto até parar novamente em sua boca, onde não consegui tirar os olhos por alguns segundos, era tão convidativa, ele corou e eu não aguentei e sorri. Ele era tão fofo, parecia se envergonhar muito com o meu flerte; deve ser por conta da sua idade ou personalidade, ser tão acanhado, espero conhecê-lo melhor. Para que fiquemos confortáveis um com o outro, e que ele confie em mim para possíveis aproximações.

Liguei o rádio do carro e coloquei na minha playlist, que tocou a minha música favorita, can't do without out, do Caribou. Chanyeol pareceu relaxar com o som, vi sua perna balançando. Embora eu pareça sério a maior parte do tempo, não quer dizer que eu goste de música velha e monótona, gosto de música que me deixa animado e que traga boas sensações. Porque o meu dia a dia já exige que eu tenha uma postura rígida, não posso carregar essa seriedade em tudo, se não parecerei um velho de vinte e dois anos.


[ ... ]


De acordo com o endereço que eu tinha digitado no Gps, havíamos chegado em sua casa. A residência era simples, não era pequena, mas parecia bem antiga, pelas paredes em tom azul claro levemente descascadas; as janelas eram de madeira branca, e antes de chegar a porta, havia um jardim bem florido com flores de tom rosado e branco na entrada. Pelo visto a sua família gostava bastante de plantas, porque tinha muitos vasos pendurados na varanda, que naquele momento estava com a luz amarelada acesa.

— Essa é a sua casa?— perguntei a ele.

— Sim! — respondeu rapidamente, já abrindo a porta do carro, fiz o mesmo do outro lado, encontrando com ele na calçada. Chanyeol estava fazendo círculos no chão com o pé, e quando me aproximei ele me olhou, pude reparar a nossa diferença de altura, era bem chocante, mas não desmerecia em nada a minha vontade de cuidar dele. Porque apesar de todo o tamanho e de sua voz mais grossa, eu notei que Chanyeol ainda era um menininho indefeso, que eu tinha vontade de proteger. Peguei no bolso da minha jaqueta uma caixinha de veludo que continha os anéis de compromisso dentro. Abri e mostrei para ele.

— Pegue o seu anel — disse, mas eu acho que não escolhi bem as palavras porque ele franziu o cenho, o que me deixou preocupado. Será que ele não sabia que após ser escolhido no baile ele teria que usar um anel indicando que tinha um parceiro?

Era um anel de prata, que seria trocado por um dourado no dia do casamento, embora no casamento não fosse obrigatório o anel, pois a própria marca indicaria para os outros alfas que Chanyeol me pertencia.

Notei que ele iria falar alguma coisa, mas no momento em que abriu a boca, um casal apareceu rapidamente abrindo o portão pequeno de madeira da casa, pelo jeito eram os pais do Chanyeol. Sua mãe me cumprimentou de modo formal antes de pegar o filho pelo braço e puxar para dentro da casa, em seguida seu pai veio me cumprimentar fazendo uma reverência e desculpando-se pelo filho. Ele explicou que Chanyeol era muito esquecido com as regras e as etiquetas com o parceiro e que ficou agradecido por ter o escolhido. Park ChanHyung era um homem de meia idade de muita confiança na empresa do meu pai, ele era um beta gentil com todos, o que me deixava tranquilo para conversar com ele.

Ele me ofereceu chá, mas neguei, e disse que voltaria segunda-feira para ver o meu ômega. Talvez até lá sua mãe ou seu pai, tenham contado tudo o que vai ocorrer de agora e diante.

Despedi-me do senhor Park e voltei para meu carro, dirigindo rumo a minha casa. Se eu inalasse mais profundamente o ar de dentro do veículo poderia sentir o seu cheiro doce, o que me deixava afoito, mas haveria que ter calma com ele, pelo que eu notei. Terei também que ser mais cauteloso com as palavras, já que eu não sou muito bom com isso. Dizer o que eu sinto é muito complicado, mais ainda expressar o que quero, sem soar como uma ordem. Precisarei melhorar esse aspecto em mim.

Quando virava o carro na esquina da minha casa, vi o visor do meu celular ascender no porta luvas, curioso busquei com uma mão o celular, e quando o peguei, vi uma indicação de mensagem, larguei o aparelho por alguns estantes, para poder estacionar na minha garagem e assim ser capaz de mexer no celular sem preocupação. Quem poderia ter me enviado mensagem logo hoje? Já tinha avisado a minha equipe de trabalho que estaria ocupado, e que não fosse solicitado até que retornasse a empresa, se fossem eles não pouparia o sermão. Mas paralisei ao ver a única mensagem recebida.


[ 21:09 pm ] Terá volta...


Não entendi, como assim terá volta? O que significava? Tentei reconhecer o número, para ver se era de alguém que havia conhecido, mas era totalmente anônimo Tentei ligar, mas caia na caixa postal. Fiquei um pouco receoso, quem poderia ter me mandado aquela mensagem? Amanhã irei averiguar no trabalho se alguém conhece o número, talvez seja uma mensagem enviada por engano. Como prevenção, ficarei em alerta.

[ ... ]


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olá amores.

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bjus


MEU ALFA - CHANBAEK | ABO - CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora