Chantagem

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olá pessoal! capítulo novinho para estrear o ano :D

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A penumbra da noite já tomava conta do céu de Jeju. Mas nada da equipe de busca voltar com qualquer informação sobre o ômega.

Baekhyun tremia novamente, grunhiu pela dor que sentia em sua marca. Ficar sem a presença do ômega estava cada vez mais insuportável, era como se algo estivesse lhe machucando por dentro, afiado como uma lâmina, lhe cortando da cabeça aos pés. Ao longe Luhan com os olhos cheios de lágrimas não conseguia nem ao menos olhar para o amigo, já havia tentado o acalmar, mas era em vão, mesmo que ficasse algum tempo sem sentir nada, logo ele voltava a sentir mais e mais a dor.

O jeito era esperar por boas notícias, esperar que todo mal se desfaça com a presença de Chanyeol. Mas toda sua esperança foi se esvaindo conforme a equipe de busca retornava e entrava na delegacia, sem o tão esperado ômega.

Quando correu para perguntar ao policial se ao menos tinham pistas de Chanyeol, o outro lamentou e concluiu que o caso iria ser repassado para o delgado de Seul, só assim teria uma equipe mais especializada em casos de sequestros. Pois agora, sem dúvida, não se tratava mais de um caso de desaparecimento e sim de sequestro.

Ao ouvir aquilo Luhan ouviu um baque na porta, olhou para trás e viu Baekhyun em modo de transmutação nível 1, suas garras e dentes estavam aparentes, seus olhos haviam mudado de cor, ele estava com raiva e não precisava de muito para saber, seu aroma estava ameaçador.

Imediatamente os policiais presentes o seguraram, ele estava descontrolado, avançando em qualquer um que se aproximava. Foi preciso mais de cinco policiais para segurá-lo, e assim, poder aplicar uma injeção para controle hormonal, que a delegacia sempre tinha para o caso de presos usarem a transmutação para atacar os funcionários. Só assim puderam acalmar o alfa, que adormecido foi levado até o hotel em que estava hospedado. Após o menor ter sido colocado na cama pelos policiais e Luhan se despedir dos mesmos, ficou um bom tempo pensativo.

— Eu vou ligar para aquele detetive. Ele é a única solução, eu não posso mais ver o meu amigo assim. — comentou Luhan andando de um lado para o outro no quarto. Sehun se mantinha sentado em sua cama, em silencio, não sabia se tinha o direito de opinar sobre a afirmação do outro, porque depois de ver o loiro descontar a raiva em si, não se sentia bem em tentar qualquer assunto com o ômega. Havia ficado profundamente sentido, mesmo que não demonstrasse.

— Não aguento. Eu vou ligar! — disse a si mesmo, parando em frente de Baekhyun, procurando o celular dele em seu bolso, mas logo lembrou-se que ele havia quebrado o objeto quando estava descontrolado. E como tinha perdido o seu no momento do acidente, não tinha outra opção a não ser pedir emprestado o aparelho de Sehun.

Sutilmente olhou para o lado, e o alfa já tirava o celular do bolso, lhe oferecendo em seguida, nem precisou pedir, o que foi um alívio. Não queria ter que sujeitar pedir, porque depois da conversa que tiveram a tarde, estava extremamente sem jeito com ele. Droga, Sehun havia sido tão diferente consigo, tinha lhe ouvido, tinha permitido descontar sua raiva, e ainda lhe abraçou, o que foi ainda mais estranho para si. Mas tentou não se recordar disso, logo pegou o celular do alfa e agradeceu em um tom baixo, se não fosse pela audição apurada do outro, nunca que conseguiria ouvir.

Saiu para a pequena varanda do local e discou o número do beta.

— Alô?

— Aqui é o Luhan, o rapaz loiro que você entregou o cartão ontem.

MEU ALFA - CHANBAEK | ABO - CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora