Primeiro encontro - parte 2

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Olhava pela janela do carro o local em que o Baekhyun estava me levando, ficava surpreendido com a riqueza daquele lugar. As casas em maioria eram estilo americano, com jardins planejados na frente. Teve uma hora que eu não via mais casa, e sim mansões, parecia até cenário de filme, tudo tão bonito. Nunca tinha ido naquela parte da cidade de Seul, sabia da existência do bairro Gangnam-gu, mas só havia visto em revistas de celebridades.

Baekhyun estacionou em frente de uma Cafeteria, muito chique por sinal, pela entrada estilo cafeteria Européia, com grandes janelas, com parede feita de tijolos vermelhos e em cima uma placa com nome em inglês. Era o meu sonho ir a uma cafeteria, eu nunca pude ir nem nas simples que tinha no meu bairro, por conta do preço alto que eram cobrados por cada copinho simples de café, ou pedaço de doce, ali então, deviam cobrar o preço de um rim.

Ele segurou em minha mão quando nós entramos na cafeteria, eu não esperava por essa atitude, me assuntei um pouco. Será que ele poderia ouvir o meu coração palpitando descontroladamente? Ou pior, será que ele poderia sentir a minha mão tremendo? Estava com tanta vergonha, sem jeito, um misto de sensações com simples toque, que para ele parecia tão comum.

As pessoas que estavam ali a maioria eram adultas, estilo executivo, pela roupa social e aparentemente cara que vestiam. Eu olhei para minha roupa e me senti mal. Baekhyun falava com a balconista do local, até que ele se virou para mim.

— Essa Cafeteria faz a melhor torta de chocolate de toda Seul — ele falou animado pelo seu sorriso, perfeito por sinal, eu poderia passar horas admirando o seu sorriso. Até me alegrou um pouco a sua animação, ele apertou minha mão, me fazendo encolher os ombros.

— Chanyeol, está tudo bem? — ele perguntou meio sussurrado, com olhos me fitando com tanto afinco, como se quisesse ler os meus pensamentos. Desviei o olhar um pouco acanhado, como falaria que estava me achando desarrumado por está em um ambiente como aquele?

— Baekhyun, esse lugar...É muito chique, e eu...— antes que eu terminasse a minha fala, Baekhyun desfez o entrelaçar de nossas mãos e fez um carinho em minha bochecha, deslizando sua mão sobre ela, com sorriso sutil nos lábios.

Queria fechar os olhos para aproveitar mais daquele carinho, entretanto, estava em lugar público e seria vergonhoso. Estava tão frágil aos seus toques. Kyungsoo comentou uma vez que, quando estamos próximo dos dezoito anos, período em que ocorre o primeiro cio, nós ômegas ficamos sensíveis aos toques do nosso alfa. Eu não acreditei, porém, agora acredito.

— Chanyeol, não precisa ter vergonha de nada. Está bem! Eu escolhi a melhor cafeteria de Seul porque quero te dá do bom e o melhor — ele voltou a segurar a minha mão ainda me fitando com atenção — Mas se estiver muito desconfortável podemos sair e ir em outra que você queria, só quero que se sinta bem.

Eu vi em seus olhos a preocupação. Eu fui muito fresco em falar aquilo, ele estava querendo me tratar bem, e eu fico com esse charminho. Consigo até imaginar uma almofada voando em minha direção, sendo arremessada com toda força pela minha mãe, que gritaria comigo por está fazendo desfeita com a atenção que o meu alfa estava tendo comigo. Suspirei, e desviei de seu olhar.

— N-não precisa ir a outro lugar, podemos ficar aqui. — gaguejei feio, ele ainda me fitava preocupado. Porém a garçonete interrompeu o clima, falando que a mesa estava pronta.

Seguimos a moça pelas escadas. O andar de cima estava vazio, e garçonete nos levou para uma mesa que ficava ao lado de uma grande janela, ela estava forrada com uma tolha azul clara, com vários doces nos pratos. Notei que eram os meus doces preferidos. Sorri que nem uma criança. Olhei para Baekhyun ao meu lado, que me fitava com sorriso de lado nos lábios.

A mulher se retirou. Sentamos-nos um de frente para outro. Não sabia o que fazer, estava com vontade de atacar aqueles doces, mas precisaria de permissão? Ele come primeiro, ou eu? Esqueci a etiqueta que minha mãe me ensinou. Arh!

— Chanyeol, não precisa esperá, pode comer— ele disse, me deixando aliviado para comer aqueles doces nos pratos.

Era um doce melhor que o outro, poderia rir de tanta alegria. Baekhyun olhava para mim uma hora ou outra, enquanto bebericava calmamente o café que a garçonete havia trago há alguns minutos atrás. Foi quando me toquei, o andar não estava vazio á toa, será que ele alugou todas as mesas do andar só para que eu me sentisse a vontade?

Meu coração deu pulo no peito, parei de comer, me sentindo meio bobo. Minhas bochechas estavam ardendo, ele havia pensado nesse detalhe. Baekhyun, sem dúvida faz o tipo alfa gentil, tenho que agradecer aos Deuses por isso.

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Depois de alguns dez doces ingeridos, foi quando eu me toquei do mico que eu paguei, pareci um morto de fome, Arh! Socorro, cadê um poço para me jogar nele!

— Chanyeol, quais são os seus filmes preferidos?— Baekhyun me perguntou cortando os meus pensamentos. E por um momento o vi sem graça. Sabe, quando se está muito tempo em silêncio, fica difícil sair dessa zona de conforto para puxar assunto.

Eu respondi quais eram os meus filmes preferidos, perguntei os dele também. Foi um início de conversa simples que se estendeu por longos minutos, ele era bem humorado apesar da feição indiferente na maioria do tempo. Notei a sua timidez pelas respostas curtas, como se pensasse muito no que iria responder. Baekhyun se mostrava uma pessoa simples, mesmo que fosse um dos coreanos mais ricos do país, eu havia criado tantos pré-julgamentos sobre ele, que agora sinto vergonha de mim, de como eu pude ser tão rude.

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As horas haviam se passado rapidamente, já eram seis da tarde quando olhei para o relógio na parede da cafeteria, antes de sair da mesma.

Esperava Baekhyun pagar a conta. Eu disse que tinha trago dinheiro e que poderia pagar a minha, mas ele insistiu em pagar, acabei deixando quando vi que o dinheiro que tinha não dava nem para pagar as duas tortas que havia comido. Vou confessar, o fato dele ser muito rico me incomoda um pouco. Porque eu não sei lidar com a vergonha de não ter muita condição financeira.

Chutei a pedrinha que estava na calçada, encostado no carro de Baekhyun, relembrando os micos que havia pagado dentro da cafeteria. Um deles foi ter comidos os doces de forma afoita. E a maneira informal que tinha conversado com Baekhyun, ele é mais velho que eu. Devia ter sido mais formal!

Estava nesse ciclo de pensamentos, quando e questão de minutos eu vi o Baekhyun sair da cafeteria com uma sacola na mão, sua feição de tranquilidade passou para uma assustada, não entendia o motivo.

Ele correu até mim, um barulho de motor de carro estava cada vez mais alto, um puxão foi dado por ele, me jogando com força no chão, senti uma trombada no meu braço, antes da minha cabeça bater força na calçada.

Tudo ficou embaçado, me sentia muito tonto, não entendia o quê estava acontecendo. Baekhyun falava alguma coisa comigo, que eu não entendia, seu olhar parecia apavorado, olhei para o lado vi a parte traseira do seu carro toda amassada bem próxima a mim, e outro carro dentro da cafeteria e os pedaços da parede espalhados em volta dele.

Olhei para o outro lado e vi muitas pessoas olhando para mim, foi quando Baekhyun passou na frente da minha visão, falando alguma coisa, mas eu ainda não conseguia entender, a minha vista começou a ficar escura, até não conseguir ver mais nada.

(...)

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bjuXX 

MEU ALFA - CHANBAEK | ABO - CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora