sixteen

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O quarteto terminou de comer. Day levantou e, por conta própria, ajudou Vitão a tirar a mesa e lavar a louça, deixando os súditos curiosos.
- o que foi? - ela olhou por cima do ombro para Inveja e Luxúria.
- não estou acostumado a ver você fazendo esse tipo de coisa.
- falou como se eu fosse uma vagabunda - ela riu - vocês dois precisam descansar, só isso. Quero vocês recuperados. Mas se for por falta de ordem, Dreicon, ligue para os outros membros e verifique se todos estão bem. Nós retornamos em três dias.
- por que tanto tempo? - Carol franziu o cenho.
- vocês não estão em condições.
- eu estou bem. - Ela ameaçou de levantar, mas seu corpo a colocou sentada de volta. Os músculos lhe doíam e a cabeça quis lhe provocar um desmaio. Bufou, cruzando os braços.
Dayane lhe sorriu com carinho, terminando a louça que lavava e enxugando os pratos. Dreicon havia levantado e ido para fora, fazer as ligações, enquanto o segundo rapaz também havia desaparecido dali. A morena se aproximou da ruiva e lhe deu a mão para levantar.
- vem. Vou te levar dormir mais um pouco.
- você anda muito boazinha.
- acho que o amor despertou o que há de melhor em mim.
Carol sorriu e aceitou a ajuda, respirando fundo para não desmaiar outra vez. Day a levou de volta ao quarto e ela se enroscou nos lençóis, sentindo um alivio quase instantâneo. Precisava dormir, não podia negar.
- fica comigo? - pediu para a morena.
- eu preciso ajudar Vitão, baby...
- tudo bem... mas quando tiver livre, vem...
Day assentiu, roubando um selinho de sua ruiva. Acariciou seus cabelos, se despedindo com o olhar, e seguiu para fora. Carol fechou os olhos devagar, dando um sorriso suave, antes de pegar no sono.

***

Dayane não estava acostumada com os serviços que Vitão arranjara. Lidar com horta, pomar? Ela queria mesmo era tacar fogo em tudo.
- olha, por que não busca um pouco de lenha, então? - o rapaz lhe sorriu. Vitão era bonito, bonito até demais. O sol da manhã iluminava sua pele bronzeada, sob uma roupa "de praia". Antes que você torre minhas mangas.
- desculpe - Day sorriu sem jeito. - eu vou então...
- então, tem um pouco de lenha cortada descendo a trilha para perto da cachoeira. Qualquer coisa é só chamar.
A morena assentiu e seguiu para a trilha atras da casa. Gostava muito da cidade grande, mas aquele frescor das arvores lhe faziam bem. Continuou seguindo a trilha, vendo a mata ficar mais densa e fechada.
Os pássaros se calaram, e o sol se escondeu atras das nuvens. Day franziu o cenho e continuou seguindo, mas seu corpo começou a pesar.
Algo estava estranho.

***

- e aí, o que vamos almoçar?
- Ana, tu só pensa em comida!
- me conhece a tanto tempo já, Vitoria! Claro que só penso em comida - a morena riu, carregava o violão nas costas. Kau olhava a rua em silencio, ouvindo tudo com um sorriso, e subitamente a tomou pela mão, o que fez a pequena sorrir.
- vamos ter que ir para casa fazer algo. - Vitória falou um tanto quanto séria. Ana a olhou, mas não questionou. Sabia que a amiga sentia algo, e era melhor evitar.
- tudo bem... casa então.

De longe, um membro da gangue, colado contra a parede, a pele acizentada, sorriu prazeirosamente.
Pegou o celular a discou um numero, que foi atendido no seguindo toque.
- Inveja, meu amigo! O que faz com o celular da Dayane? Bom, foda-se. Você não faz ideia de quem eu achei...

***

Dayane seguia a trilha, quando parou de súbito. Os galhos de arvores emaranhados com pequenos arbustos se agitavam.
Ela viu um vulto deslizar pelo seu lado.
Depois outro.
Tentou forçar a visão, praguejando sua condição de miopia. Cerrou os punhos, olhando em torno, tentando ouvir o que quer que fosse.
Começou a acender as marcas, quando viu um pequeno lagarto passar correndo proximo a ela.
O silencio voltou.
Dayane aliviou, rindo de si mesma.
- como você pode ter medo de um lagartinho, Dayane? - riu consigo, apagando as marcas e aliviando os ombros.
Quando sentiu um pequeno arrepio a sua nuca. Virou de súbito, arregalando os olhos: uma serpente pendurada na árvore, pendia a cabeça a centimetros do rosto da morena.
Seus olhos lhe hipnotizaram e Dayane sentiu seu corpo congelar.
- olá.
Day piscou com força. A cobra havia falado com ela?!
Não deu tempo de questionar. O ultimo relance que a vampira teve foi um bote, e tudo ficou escuro.

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E aiii galeraa, um capitulo curtinho pra nao ficar sem atualizar.
Amo vocês

Beijos da

RISEOnde histórias criam vida. Descubra agora