twenty seven

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Day se arrastou para o lado, tentando lutar contra o corpo dolorido. Sentia como se tivesse o dobro de costelas, e seu pulmão exigia cada vez mais esforço para se manter. O impacto contra o prédio havia detonado com seu esqueleto, e ela sabia que logo iria perder a consciencia.
Se apoiou em uma pedra, aliviando o corpo, a dor não lhe permitia chorar e sua preocupação com Carol dentro da cratera apenas piorava a situação, seu coração batendo acelerado exigindo seus pulmões.
Então viu um vulto se aproximar.
Reconheceu a morena que corria em sua direção: a filha de Rafael.
- é sério isso, Deus? Não tem como piorar as coisas?
As nuvens começaram a se fechar para uma tempestade.
- EU TAVA BRINCANDO - Day gritou ao léu, a plenos pulmões, e tornou a tossir sangue.
-você quer morrer por acaso? - Ana se aproximou agilmente, e Day se debateu para se afastar ao ver as marcas da outra brilhando em tons de água.
- se afasta. - falou com a voz arranhada, mal conseguindo respirar, a garganta chiando.
- quieta.
- não! Prefiro que meu pai me mate, mas você não!
Day incendiou o ambiente, mas Ana apagou com um gesto básico.
A morena de cabelos mais curtos se abaixou próximo a outra.
-fica parada. Confia em mim. - as duas se encararam, olho no olho, e Dayane parou completamente. Entreabriu os lábios para dizer algo, mas desistiu.
Ana respirou fundo e a mediu de alto a baixo.
- Jesus que estrago que fizeram em você. - uma luz começou a emanar de sua mão, e ela mirou no pescoço de Day. Dayane ousou se mover, por instinto, mas não conseguiu.
Sentiu a garganta queimar, e uma dor lacerante envolver seu corpo, a ponto de gritar de dor. Era como se todas suas costelas estivessem se quebrando outra vez.
Depois seu corpo passou a aquecer, e ela conseguiu finalmente puxar o ar, com profundidade, e seus pulmões aceitarem.
Olhou para Ana.
-  por que está me curando?
Ana continuava concentrada na magia, sem olhar para Day. Apenas respondeu de forma baixa.
- acho que temos um problema maior aqui, hm?
Day riu baixinho.
- acho que criar problemas é de família.
Ana sorriu tentando não rir da piada, mas assumiu que era engraçado. 
Dayane ameaçou levantar, mas em um gesto rápido, Ana a colocou no lugar de volta.
-eu preciso ajudar Carol.
- Não se preocupa. Ok? Deixa eu terminar. Você vai precisar.
- como tem tanta certeza?
- até parece que você não me atacou porque eu ando com uma profeta. - Ana virou os olhos. - Kau já deu a profecia. Precisamos de vocês inteiras. Eu tenho só uma pergunta.
- qual?
- você a ama?

Flash back
Day estava de frente a ana, na batalha. A filha de Rafael deu um passo a frente:
- sabe o que me faz continuar lutando com você?
Ana olhou para Kau, e então deu um sorriso sincero:
- porque eu só tenho forças para lutar por quem eu amo.
Fim do flash

- não existe arma mais poderosa, filha de Lucifer. - Ana se levantou e estendeu a mão para Dayane se por de pé. - juntas?
Day encarou a mão estendida a sua frente.

Do outro lado da cratera, Kau e Vitória corriam procurando algum lugar para descer. Lá dentro, Carol e Lucifer batiam as armas uma na outra, com agilidade, um combate ávido.
- Não! - Kau gritou ao ver Lucifer, girando o tridente, arrancar a espada da mão de Carol. Ele lançou Excalibur longe, e começou a investir contra Caroline, que desviava habilmente.
- eu vou descer. - Vitória falou, se prontificando na beirada.
- você é louca? Como? Não tem por onde!
Vitória olhou para a humana por cima do ombro e sorriu:
- Caroline não é a única que tem asas. - abriu os braços e se lançou em queda livre contra o burado. Kau deu um grito e correu até a borda, para contemplar Vitória abrir um par de asas que reluzia em prata, as penas das pontas completamente prateadas. Suas marcas se acenderam em branco e ela girou no ar.
Lucifer havia derrubado Carol, e mirou o tridente contra ela.
- Isso é para sua raça aprender que não se vence um demônio!
- Ah vence sim, tu num pode dizer nunca - Vitória falou se jogando contra ele.
Os dois caíram longe, rolando.
A chuva começou a molhar e o ambiente escureceu.
Lucifer se levantou encarando a filha de Gabriel, que estava em pé, diante dele. Ela o olhou com classe.
- tu é muito do mal educado, visse. Não aprendeu que não pode bater em mulher não?
Ele bufou como um touro, e começou a atacá-la. Lhe atacava com golpes, com fogo, com o que conseguia.
Vitória segua desviando com facilidade, se defendia com as asas, lhe golpeava. Usava seu poder de raízes e plantas contra ele, para segurá-lo.
Ele rompia tudo a força, mas não conseguia a atingir. Se irritou e bateu os cascos no chão, incendiando tudo ao redor.
- osh cê acha que um calorzinho desse me intimida meu amor? - ela sorriu docemente.
- Gabriel nunca deixou de ser infatil, vocês adoram um humorzinho. Mas não vai ficar assim!
Lucifer avançou contra ela, a erguendo no ar com os chifres, mas Vitória se agarrou a eles e deu uma joelhada em sua garganta. O demônio se curvou e ela criou uma fruta, espremendo-a em sua face, antes de se afastar dele com um impulso.
O demonio urrou de dor, levando as mãos ao rosto. A loura olhou a propria mão e sorriu, dando pulinhos:
- Ai eu consegui fazer um limão!
- Uhul! Que? - Kau gritou lá de cima. - Carol, você está bem?
Carol lhe percebeu.
- acho que estou com uma asa quebrada. - respondeu. - Virgo? Cadê a Day?
- Tu conseguiu um limão! - Ana apareceu na beira da cratera.
Carol sorriu ao ver quem surgiu ao seu lado.
- Bem aqui! - Dayane respondeu Carol, e o olhar das duas se encontrou saudoso. - tá tudo bem?
- Sim, graças as meninas. Só estou com uma asa quebrada.
- estou descendo. - Ana respondeu, e com um movimento de mão fez um cano estourado voltar a jorrar água. Ela estourou outros canos, e começou a descer uma "escada" onde cada degrau era um jato. Correu até Carol. - deixa eu ver isso.

Lucifer se levantou, os olhos vermelhos, bufava.
- Ótimo. Agora eu mato as cinco!
- Por cima do meu cadáver - Vitória respondeu, se colocando entre ele e onde estavam Ana e Carol.
- começo por você. - ele bufou, correndo em direção a ela.

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Meu chapéu
Isso ta muito foda

Até o próximo capitulo

Beijos da vó

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