twenty eight

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Lucifer sorriu sadicamente.
- então vai ser sobre você. - se agitou na direção de Vitória. Ela produziu um cajado de galhos, contorcido e bonito, e melhorou a base de luta, ajeitando os pés, descalços.
Ana desceu até Carol. Lhe sorriu avaliando suas asas.
- quebrou só uma. Deixa eu resolvo. Confia em mim.
- nunca duvidei. - Carol falou, fechando os olhos enquanto a outra lhe curava a asa. Se ajeitou, alongando as costas. - bem melhor. Obrigada. - olhou em torno. - Excalibur. Preciso achar ela. -saiu voando baixo, procurando a espada.
Ana se voltou para a batalha.
Vitória batalhava corpo a corpo contra o demônio, e mantinha gestos singelos e ágeis. Ana sorriu, com orgulho.
Vitória, em um movimenti incrível, alçou vôo e desceu o cajado sobre a cabeça do diabo, que foi direto ao chão. O impacto rachou o solo. A filha de Gabriel pousou a sua frente, respirando fundo. Quando, de súbito, o monstro se levantou e a puxou pelo próprio cajado.
Lucifer sorriu.
- o quê? - Vitória arregalou os olhos, percebendo algo errado. O cajado incendiou e explodiu em uma cortina de fumaça.
- VITÓRIA! - Ana gritou. Se posicionou, o corpo ligeramente inclinado para frente, os pés ben fixados ao chão, os joelhos suavemente dobrados. Suas marcas brilharam mais intensamente, e uma cortina de ar dançou em torno dela. Um par de asas que reluziam em azul armaram de suas costas, as penas das pontas das azas pareciam feitas de lápis-lazuli. Seus olhos brilharam e a chuva passou a cair mais forte, se tornando uma tempestade.
Uma lufada de ar dissipou a fumaça negra. Ana sabia que aquilo era coisa de Vitória, mas a cena vista não era a esperada:
O demônio erguera a loura pelo pescoço, e ela agitava as asas e os pés para se soltar.
- Solta ela! - Ana gritou.
Ele rosnou para Ana, e neste momento Vitória tocou em sua mão. Lucifer colapsou, como se tivesse tido uma visão, e lançou Vitória contra a parede. Ofegante, olhou para as próprias mãos.
- Vitória! - Ana ousou se mover, mas antea disso, viu o olhar do demônio se voltar para Kau. Ouviu o sussurrar de seus lábios, dizendo "você", e pediu perdão a si mesma, e à Vitoria, mas havia urgência.
O demônio galopou pelos escombros, usando as mãos e as patas, e abriu as asas, pronto para atacar a humana.
-Nem pensar! - Ana gritou e se lançou a seu encontro.
O choque entre os dois foi imenso. O impacto de poderes iluminou o ambiente em raios, e um trovão soou de origem do impacto. Os dois se afastaram, se encarando. Lucifer pareceu hesitar.
- você não vai encostar UMA garra nela.
- quanta ousadiada filha de Rafael. Você era tão exemplar! Como pôde se jogar ao chão por amor...? - ele sorriu. Ana estremeceu, mas se posicionou outra vez.
- Cale a boca. Amor nunca será ruim.
- Ah não? Me diz um ascendido que pôde amar na vida terrena. - Ele provocou.
Ana riu. Riu e deu alguns passos adiante, tranquila.
- você quer um nome? Eu te dou um nome. Talvez você tenha esquecido que amor não é só o amor romântico. Então, deixa eu te lembrar alguém. - ela abriu as mãos ao lado do corpo, suas marcas brilhavam mais forte, iluminando toda a chuva que caía. - o nome dele... O rei dos Judeus. O filho de Deus salvador. ELE! YESHUA!
A expressão de Lucifer desapareceu. Ele teve um relance de luz atrás de Ana, e viu o rapaz que tanto temia. Ana ergueu as mãos, e atrás dos dois ergueu-se uma onda, que crescia, crescia acima da própria profundidade da cratera. Um tsunami.
Lucifer deu um passo atrás.
- Por ELE e pelo poder do AMOR, não há nada mais PODEROSO.
Ana bradou com força, lançando as mãos em direção ao diabo.
A onda passou por ela e se quebrou sobre o mesmo, batendo contra a parede da cratera, e o chão tremeu. A parede foi demolida, e um novo prédio implodiu, desmoronando sobre onde ele e a onda estavam.
Tudo silenciou. Em torno, apenas o som da chuva.
Vitória e Carol se levantaram uma de cada lado da cratera.
Ana apagou e caiu de joelhos, ofegante.
Os segundos passavam e pareciam eternos.
- é isso? - Dayane olhava para baixo. - Acabou? - algo a fez levantar o olhar.
Kau estava a sua frente. Os olhos estalados, parecia apavorada. Ela abriu a boca para dizer algo, mas foi impedida.
O chão voltou a tremer, e com um estrondo os escombros sobre Lucifer foram lançados ao redor.
De lá, saiu uma criatura medonha, nem um pouco humana. Sua pele parecia brasa, com aspecto negro e branco, e suas marcas fluiam como lava. O monstro ela três vezes maior que um humano normal, musculoso. A cabeça alongada lembrava um bode misturado com um javali, mas ainda havia algo humanoide ali. Os dentes e garras afiados pareciam podres, os chifres enormes pendiam em sua cabeça. Orelhas pontiagudas e rasgadas, as asas escamosas, alguns poucos tufos de pêlos perdidos pelo corpo, e a cauda comprida com uma ponta estranha e pontiaguda. Ele bateu os cascos no chão e se pôs de pé. Bufafa tão quente que expelia vapor de encontro com a tempestade.
Um raio caiu ao longe, iluminando a criatura de forma mais ameaçadora.
- droga! - Ana se colocou de pé, mas a criatura foi mais rápida.
Lucifer a golpeou com força, a lançando contra a parede. Ana caiu para um dos vãos da cratera, no meio da escuridão.
- Ana, não! - Vitória correu contra o montro.
- Vitoria! - Carol ergueu a espada e tambem foi contra o demônio, que se erguia em uma gargalhada ruidosa.

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Ficou curto e não ficou como eu queria.
Mas eu precisava atualizar.

Me perdoem o sumiço e provavelmente eu ainda demore a postar esta semana. Estou passando por situações nao muito boas e eu quero escrever com qualidade para vocês, e não só jogar as coisas, o que está demandando o triplo de esforço e por isso a demora.
Espero que entendam e eu volto logo pra vocês.

Amo vocês.
Fiquem vivos. Vale a pena.

Beijos da vó.

RISEOnde histórias criam vida. Descubra agora