As duas atacaram o demônio. Batalhavam com todas as forças, mas mal conseguiam se aproximar dele com os golpes.
Kau olhou para Dayane:
- Desce ajudar!
- eu não posso.
- por quê? Olha eu sei que ele é seu pai mas...
- eu não tenho asas. - Dayane interrompeu, se encolhendo nos ombros como se quisesse ser uma tartaruga se escondendo no casco.
Kauany a fitou de alto a baixo.
- é sério que você não sabe? - se levantou correndo na direção dela.
- não sei o que?
- sua capacidade. - A garota dos olhos claros ja estava ao seu lado. - me perdoe.
- por...? - Dayane deu um grito ao sentir-se desequilibrar. A virgo havia jogado ela para dentro da cratera, e tudo o que sentiu foi seu coração na boca. Fechou os olhos com força, esperando a morte, mas seu corpo girou no ar.O demônio golpeou Vitória, a jogando para trás. A filha de Gabriel caiu encolhida, um braço sobre o estômago, tremendo de dor.
A ruiva viu a cena e se voltou contra Lucifer. Se lançou de tal forma contra ele, que ele tinha dificuldade em segurar seus golpes de espada. Excalibur atingia a pele do demônio, fogo contra fogo, e brasas estouravam, chiando com a tempestade.
Em um golpe de espada de Carol, Lucifer segurou a lâmina. As marcas da Ruiva brilharam mais intensamente, e ela girou o corpo, arrancando a lâmina flamejante das garras do monstro. Carol chutou-lhe o centro de equilíbrio e Lucifer caiu para trás.
Em um salto, Carol caiu sobre o peito do monstro, cravando a espada em seu coração.
Lucifer arregalou os olhos, espantado, e tossiu um sangue negro. Sem hesitar, Carol cravou a espada mais a fundo, em um brado de força, rompendo o chão abaixo dos dois em uma nova cratera, esta menor, e uma lufada de ar vinda do impacto cessou a tempestade.
Carol ofegava, cansada, tentando retomar o fôlego. Ainda estava apoiada na espada, seus músculos tremiam de exaustão, e ela fitou o monstro imóvel sob seus pés.
Em sua mente, passava um filme de memórias de tudo que havia passado até chegar ali.
Como avistou Day pela primeira vez.
Como entrou na gangue.
Os treinos.
As marcas. As festas. As noites quentes.
Se lembrou do combate com as meninas.
Os dias com Vitão.
Miguel.
Quando algo parecia estranho.
Ouviu um grito que reconheceu ser de Dayane, e se virou para trás: sua namorada caía de cima da cratera.
Caroline tentou se mover para resgatá-la, porém o chão se moveu sob seus pés. Ou melhor, não o chão, mas o demônio.
Lucifer, mais que ágil, agarrou Caroline pelo pescoço e se pôs em pé com dificuldade, a levantando a sua frente.
Dolorosamente arrancou excalibur do peito, lançando para o lado, e encarou a filha de Miguel nos olhos, seu hálito quente no rosto da menina lhe fez armar uma expressão de desgosto em uma careta, enquanto se debatia para se soltar.Day sentiu o corpo girar no ar. Quando se deu conta, havia estabilizado.
Abriu os olhos sem sentir o chão sob os pés. Havia ela morrido?
Olhou para baixo. Flutuava no ar.
Então sentiu um comichão engraçado em suas costas. Olhou para o lado, sentindo uma pequena onda de ar, para perceber um par de asas que lhe mantinham no lugar, empurrando o ar pesadamente.
Elas tinham o reflexo em tons amarelados, beges, mas as penas das pontas eram douradas.
Se admirou por alguns segundos. Sempre acreditara que suas asas, se tivesse, seriam vampiricas como as de lucifer, e não possuiriam penas.
Mas estava errada. Sentiu a energia fluir por seu corpo, tomando controle de suas asas, e olhou para cima, de onde Kau havia a empurrado.
A humana sorria com um polegar para cima. Day não conseguiu não sorrir.Mas seu sorriso sumiu. Sentiu algo ruim e virou para o lado outra vez, na direção de Lucifer e Carol.
Lucifer pendia Carol no ar, pela garganta, e ria malicioso, sádico.
Day viu Carol fechar os olhos devagar, enquanto sufocava, e mesmo voando na direção deles, estava longe:
Lucifer soltou o corpo desfalecido de Carol ao chão e sorriu para day.
- ups. - Riu irônico.
- NÃO! CAROL!-------
Curto
Mas atualizaçãoBeijos da vó
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RISE
FanfictionQuando somos crianças, acreditamos na existência de anjos, demônios, vampiros, espíritos e todas as criações das nossas mais profundas crenças. Crescemos e passamos a desacreditar nessas coisas. Bom, foi o que eu fiz.....Mas e se eu te dissesse que...