twenty three

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Dayane acordou dolorida. A luz do dia lhe ardia os olhos, e ela se viu nua sob os lençóis. Olhou em volta sem entender onde estava.
Olhou para o lado e Carol dormia cono um anjo. A ruiva estava inteira marcada da noite de sexo selvagem, e Day imaginou também estar. Respirou fundo e sorriu, dando beijos na outra até que esta acordasse.
- bom dia - sussurrou. - o que acha de irmos para casa tomar um banho, sairmos tomar um café e depois uma volta no parque? Eu... queria te esclarecer as coisas que eu fiz.
Carol se enroscou preguiçosamente em seu pescoço, e em um murmúrio, assentiu a ideia, pedindo mais cinco minutos de sono.
Day se enrolou com sua garota, entre beijos, até a preguiça passar e as duas levantarem.
Se vestiram e seguiram tranquilas para casa. A gangue havia saído, provavelmente em ordem de Dreicon, e day viu apenas Preguiça dormindo no sofá.
Elas tomaram banho juntas e saíram tomar café da manhã.
Caminharam para o parque, e sentaram em uma árvore sobre um lago.
- Carol...
- Oi...?
- Me perdoe ter escondido de você sobre eu ser filha de Lucifer. Eu caí nas tentações dele e... sei lá. Eu não devia ter ficado do lado dele.
- Day... está tudo bem. Me perdoa surtar. Eu também devo ter errado ficando ao lado de Miguel. Ele... é fanático por guerra e derramamento de sangue. Como eu disse, os dois são loucos.
- farinha do mesmo saco.
- literalmente.
- então... estamos bem?
- claro que estamos. - a ruiva sorriu. Day se aproximou para lhe beijar, quando palmas solitárias se fizeram ouvir.

-ora ora ora, quem eu encontrei aqui. Como o amor é lindo, não é mesmo? - sua voz exalava deboche, e o homem de terno impecável se aproximou das duas.
- Vai embora, Pai. - Day desceu da árvore,  a frente de Carol. - nós ja resolvemos tudo o que tínhamos a resolver. Você não pode só nos deixar em paz?
- ah minha querida filha, como você sabe ser ingênua as vezes. Puxou sua mãe. - ele rosnou. - ela foi inteligente o bastante para te esconder e te proteger de mim com o amor dela, mas agora não tem mais como você fugir...
- do que está falando? - ela se preparou para lutar, enquanto Lucifer se aproximava.
- você acha mesmo que eu queria a profetiza para nós? Ah não. Aquela profetiza tinha sim algo especial, mas não o que você imaginava. Sabe o que aconteceu? Eu ia matá-la, antes que ela pudesse profetizar, mas vejam só que o destino nos guarda, hm? Ela já profetizou pela sua incompetência.
Day acendeu em raiva, e Carol a segurou.
- isso mesmo, filhota de Miguel. Segure sua namoradinha... enquanto vocês ainda estão vivas. Mas deixa eu esclarecer. DEUS enviou uma profecia contra mim. Pois é. Que eu seria morto por uma filha. Desde sempre eu venho matando toda menina que eu fazia, mas você, Dayane, por infortúnio, viveu. Mas não por muito tempo... - ele bateu a bengala no chão. - e sabe o melhor? Você me trouxe um prêmio... vou matar, além de você, a queridinha  do meu magnífico irmão. -apontou com a mão espalmada para Carol - Mais uma para a coleção... - ele acendeu uma bola de fogo em mãos, mas um estrondo soou no céu.
O chão estremeceu com o impacto, e Carol deu um gritinho ao reconhecer as asas com reflexo bronze.
- pai! - exclamou.
Miguel lhe sorriu e voltou-se para Lucifer, lhe apontando a espada.
- Irmão, essa briga é entre nós. Meninas, saiam daqui. Agora.
- mas...
- Sem mas. Saiam daqui. Agora. É uma ordem. Deixa que dele eu cuido. - ele ordenou mais firme.
Lucifer armou asas, brancas com reflexos dourados, e se lançou contra Miguel. A espada se chocou contra a bengala e os dois se lançaram para trás.
- Caroline é uma ordem!
A ruiva estremeceu e baixou o olhar. Day a puxou:
- Carol, vamos. Agora! Temos que achar a virgo para entender a profecia. É o jeito de acabar com isso.
Ela assentiu, olhando para Miguel.
-pai, me desculpa. Eu amo você. - correu atrás de Dayane.

- ah, que fofo. - Lucifer caçoou.
- deixe seu deboche para quando excalibur estiver atravessada em seu peito, Irmão.
O demônio urrou e os dois se avançavam.
A batalha seguia intensa, equilibrada, em golpes pesados.
Os dois batalhavam incansáveis.
- Lucifer, desista. Volte atrás e pede perdão, o seu fim já está profetizado.
- Nunca. Eu vou impedir a profecia antes que ela aconteça. - riu.
- irmão!
- Cala-te!
Uma sombra arrancou a espada de Miguel. A mesma força o lançou contra o lago.
Quando ele saiu da água, olhou em torno, espantado.
- Mas o que?
- você decidiu batalhar sozinho, meu caro irmão. Mas eu preciso lhe contar algumas coisas. - lucifer caminhava em torno do lago, os olhos brilhavam em vermelho.
As asas molhadas de Miguel o pesaram, e ele pousou com dificuldade.
Lucifer prosseguiu:
- você já percebeu o desastre que são os irmãos na bíblia? Caim e Abel, por exemplo. Um matando o outro. Mas não é sobre Caim e Abel que quero comentar com você.
- você não presta, Lucifer. Não passa de um invejoso. - Miguel tentava esticar os músculos doloridos da luta com o irmão arcanjo.
- Deixa eu terminar, interromper a fala do outro é muito mal educado da sua parte. - ele gargalhou - já ouviu falar do filho pródigo? É claro que ja ouviu. É o filho que sai das asas do pai e depois retorna. Eu achei que Dayane seria um filho pródigo, mas ela preferiu ficar do lado da sua cria ruiva.
Miguel o encarou, a energia da sombra continuava a golpea-lo, mas ele não conseguia se defender da sombra e de Lucifer ao mesmo tempo.
- Mas concluindo... O filho prodigo tinha um irmão. Um irmão fiel ao pai. Que fazia tudo a agradá-lo. Um filho decente, diferente da ovelha desgarrada que é a Dayane.
Miguel chegou a perder a cor.
A sombra se materializou a sua frente, um rapaz de olhos claros e sorriso sádico.
- oi. - sussurrou a frente de Miguel, que já estav caído.
-Dreicon! - Lucifer sorriu. - eis aí meu menino. Meu filho fiel. Não é a toa que a Inveja sempre foi meu pecado favorito. Eu o encontrei na mesma floresta onde encontrei Dayane, veja só. Lá na casa do seu filho, aquele... Vitor. Veja só, Miguel. Um arcanjo não pode matar o outro. Mas assim como Day queimou Gabriel... um mestiço pode te ferir. - Miguel ergueu o olhar para Lucifer.
- você vai ter o que merece, seu filho duma...
- mate. - Lucifer fechou a feição, seus olhos ficaram mais vermelhos. O céu fechou de repente, enquanto Dreicon levantava o fruto proibido a sua frente.
O mestiço olhou para o arcanjo das guerras com desdém, e sorriu maravilhado com o poder que fluía em suas marcas.

- pai? - Carol olhou para trás, sentindo o céu fechar para uma tempestade. - Day tem algo errado.
- o que?
- ele precisa da gente. - Carol disparou a correr em direção ao parque, com Dayane logo atras, gritando por seu nome.
-Carol!

Uma explosão de luz se fez, um estrondo tão forte que atingiu as duas. A explosão de luz cresceu, e as meninas se viram fora de si: cegadas e sem conseguir ouvir nada além do ouvido zunindo.
Tudo ficou branco.

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AAAAAAA
Eu avisei que as coisas iam pesar

E aí? Quem já esperava Dreicon meio irmao de Day, traíra e filho do Diabo?

Fiquem ligadas para os próximos capítulos

Beijos da

RISEOnde histórias criam vida. Descubra agora