nineteen

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Dayane acelerou a moto, reconhecendo melhor a imagem vista: a virgo e as duas meninas que andavam com ela. Sorriu com triunfo e as cercou com o veículo, dando um susto nas três.
Viu a morena empurrar a virgo para trás de si e riu sozinha, pensando como se aquela menina miúda pudesse fazer algo.
Desceu da moto com Carol, e sorriu sádicamente:
- você vem comigo. - apontou para Kauany.
Ana se posicionou agressivamente:
- por cima do meu cadáver - rosnou.
Dayane arqueou as sobrancelhas.
- que ousadia. Vai mesmo proteger uma humana com sua vida?
- com minha vida, e com meu amor. - A morena menor acendeu as próprias marcas, fluindo em azul, e Dayane bufou, a encarando e acendendo as suas, em vermelho.
Dayane lançou um golpe de fogo contra Ana, que em um gesto levantou uma parede de água barrando o ataque. A parede se dissipou e ela se lançou contra a vampira, rolando com ela para o meio da rua.
- Kau a gente tem que sair daqui. Vem! - Vitória a puxou em direção a esquina, mas Carol se colocou no caminho.
- nem pensar.
- Caroline, você está do lado errado. - Vitoria fez gesto de calma, ainda mantendo a outra afastada de Kauany.
A ruiva franziu a testa em um gesto de confusão. Como poderia aquela menina saber seu nome? Agitou a cabeça para afastar o pensamento e a encarou.
- eu estou do meu lado disso tudo.
- Carol você tem que acreditar em mim!
Caroline deu um passo a frente.
- Não me chama de Carol não somos íntimas!

Do outro lado, Dayane se levantava sobre Ana que estava caída no chão. Fuligem sujava as vestes da caída, e ela ja tinha uma pequena escoriação no rosto.
- patético. Você sequer sabe lutar. É fraca. - Day acendeu labaredas nas mãos, os olhos brilhavam em vermelho.
Ana se levantou, com dificuldade, e fluiu a luz colorida por seu corpo.
Day a fitou de alto a baixo, surpresa. A menina estava intacta e curada.
Ana sorriu.
- deixa eu lhe explicar a diferença entre força e resiliência. - respirou fundo e ajeitou a pose. - a resiliência é a capacidade de voltar a sua forma original. Cair e se reerguer. força destrói. Mas um material forte e duro pode ser quebrado. Eu não vou desistir de quebrar você. - Ana extendeu as mãos para o lado, e a terra começou a tremer. O asfalto rachou, e, dele, jatos d'água explodiam, vindo das tubulações da cidade. Colunas de água se formaram em torno de Ana, e ela lançava uma a uma contra Dayane.
Day desviou das primeiras, mas logo foi atingida por uma e lançada contra um carro estacionado. Se levantou tossindo do impacto, olhando com ódio para a outra.
- ódio não te leva a nada. - Ana murmurou, indo em sua direção. A cada passo que dava, mais jatos de agua explodiam das tubulações, umedecendo o ambiente cada vez mais.
- o que sabe sobre o ódio? É pura! Leva uma vida de madame! - Dayane gritou e uma onda de calor se lançou através dela, evaporando a água e secando seu torno. Ana hesitou o passo.
Day seguiu em direção a mesma, lançando ataques e chamas conta a outra, que se defendia com paredes d'água. Ambas se moviam pela rua, uma atacando a outra, cada vez mais rápidas e ataques mais poderosos, sem se preocupar com todo o estrago que causavam nos prédios, asfalto e veículos. Seguiam em uma batalha intensa e equilibrada.

Ao mesmo tempo, Carol atacava Vitória, se se limitava a se defender e desviar os ataques. Carol tinha as marcas em âmbar, enquanto Vitória acendia em branco e reluzes verdes, fazendo brotar plantas para se defender. Carol usava o que podia: quebrava troncos com canos, arrancava cipós com as próprias mãos, mas não conseguia se aproximar de Kauany.
- parem com isso! - a humana gritava, mas ninguem ouvia.
- Caroline, filha de Miguel. Me escuta! Você está do lado errado. A pessoa que você ama não é quem você pensa que é!
- quem é você para me dizer isso?! Vai se foder!
Vitória suspirou e desistiu de usar a natureza. Esperou Carol se aproximar e no primeiro golpe de Caroline (um soco) segurou sua mão com força e fechou os olhos.
Carol se viu cegada por um flash de luz e seus ouvidos zuniram. Se sentiu fora do corpo, ouvia vozes e sua visão estava estranha, com as "bordas" agitadas.
Então ela viu Dayane a frente de um homem de boa aparência. Ele olhou por cima do ombro, como se olhasse em direção a Carol, e deu um sorriso demoníaco.
"Lucifer!" Carol pensou. Como Day não podia ver que era o proprio mal a sua frente?
Ele tornou a olhar para a morena.
pegou um fruto em uma arvore, pegou a mão de Dayane e lhe sorriu, colocando em sua mão uma maçã, dourada.
- esse é o fruto da sabedoria, o fruto da discórdia. Eu estou te dando como prova de minha confiança em ti, minha pequena. Você saberá usar.
O Adversário então se aproximou de seu ouvido e falou baixinho.
- é o nosso segredo. Traga a virgo pra mim, filha. E o mundo é seu.
Carol retornou a si, e percebeu que tudo aquilo não durara um segundo. Olhou surpresa para Vitória, que a fitou com... preocupação?
- o que você viu?
- como assim o que eu vi?
Vitória a soltou.
-Eu não posso ver. Não tenho visões. Eu só tenho o poder de passar recados reais aos outros. - Os lábios de Vitória tremeram e seu olhar era sincero. Ela realmente parecia preocupada com a feição de Carol.
Caroline apenas colocou a mão na testa, sentindo o mundo girar e o estômago contorcer.
Filha de Lucifer? Dayane estava usando todos pelo propósito do pai? Pelo propósito do inimigo de SEU pai? Será que Miguel só estava tentando lhe proteger?
Não pode ser.
- você está me enganando! - deu um afastão de Vitória.
- Eu não tenho por que mentir para você. Eu não sei o que você viu, mas é verdade. Você pode perguntar para ela. - Vitória apontou Dayane.

Novamente Ana estava no chão, agora com mais dificuldade de se levantar. Day não lhe dava oportunidade de se curar, e ela estava começando a ficar em desvantagem.
Então a mestiça da noite levou a mão ao bolso.
Retirou de lá um pequeno fruto dourado, e o fitou com interesse.
- uma mordida, e eu posso destruir essa cidade.
- DAY! - Carol grita, e quando a morena se vira para ela, empalidece ao ver o fruto em sua mão. Era real. - eu... eu não acredito. Você... você mentiu pra mim! Desde quando você sabe? Desde... desde  quando você é filha... dele? - falou com nojo. - você me escondeu esse tempo todo?
Dayane congelou, sem entender como a ruiva descobrira.
- Não, Carol! Me entenda! Eu nunca quis esconder isso de você!
Ana aproveita a distração para se concentrar em se curar.
- ah é? E quando ia me falar? Ah, Carol, sabe teu sogro? Ele ODEIA seu PAI e todo MUNDO!
- Meu pai não é assim como todas vocês pensam! - Dayane cresceu em ódio, suas marcas brilhavam mais intensamente. Apertou o fruto com força, e este começou a brilhar. - Eu ia contar, só não sei quando!
- talvez depois que eu não fosse mais util para você. Ia me usar de quê? ISCA para Miguel, sabendo que ele tá atrás de mim?
- Carol não é assim que funciona! Cala a boca se você não sabe! Eu te quero ao meu lado. Caralho eu te amo!
- amor? O que você sabe sobre o amor? - Ana estava de pé. Tinha toda uma aura azul ao seu redor, e a brisa dançava  luz em torno de seu corpo. Sorriu com descontento: - como voce disse para mim? O que eu sei sobre odio? Que sou pura. Ah, e madame. Então...
Ela deu um passo:
- o que você sabe sobre amor? É impura! Leva uma vida de merda. Eu sinto pena de você. Acha que a coisa mais poderosa do universo é o ódio?
Dayane não se intimidou e trincou os dentes, se armando em direção a Ana. Fervia em ódio, seus olhos com as iris mais vermelhas que nunca, a respiração pesada.
- sabe o que me faz continuar lutando com você?
Ana olhou para Kau, e então deu um sorriso sincero:
- porque eu só tenho forças para lutar por quem eu amo.
- sem tempo para ladainha! - Dayane pisou contra o chão erguendo a coluna de fogo mais poderosa que já havia feito. 
Ana fez o mesmo gesto, erguendo, então, uma coluna de água. As duas se lançaram e se chocarem uma contra a outra, levantando um vapor de cegar em torno, o calor abafado tirando as forças dos pulmões de quem assistia.
O chão crepitava com a força dos poderes, e o asfalto rachava e levantava em placas.
Uma explosão de água e fogo se fez, lançando todos para longe.
Carol se levantou, tentando enxergar através da névoa que se dissipava.
Vitória levantou com a ajuda de Kauany, que disparou para a rua gritando por Ana.
A névoa se dissipou.
Ana permanescia em pé, respirando com dificuldade, encarando um ponto fixo.
Aliviou a feição ao ver Kau correr para ela e a Abraçar, e então amoleceu, fraca, sorrindo de leve, cochichando com a outra que a segurava com cuidado.
- Ana você está bem? Você pirou? Podia se matar desse jeito.
- por você vale a pena.
Kau a fitou fundo nos olhos, arrumando seu cabelo atrás da orelha, e sorriu, lhe beijando, um beijo inocente, mas carinhoso.
- vamos para casa. - Vitória se aproximou delas, as guiando ao caminho. Então parou e se virou para Carol.
- você também deveria ir.
- que casa? - Carol perguntou, o coração partido, disparado.
- você vai saber encontrar.

O trio se afastou. Carol olhou nervosa para o outro lado, onde viu alguns carros arrastados e amassados.
Dayane se levantou devagarinho, limpando o sangue do rosto. Parecia bem ferida, derrotada e exausta. Ela encarou Carol, com ódio. Ajeitou a roupa, que estava bem detonada, e caminhou, trôpega, até a moto. Deu a partida e saiu dali, deixando a ruiva para trás.
Carol sentiu o vazio do peito aumentar. As pernas falsearam e ela chorou. Chorou de gritar de frustração, se prostrando sobre o chão, dando socos contra o asfalto.
Se sentia traída, usada, e abandonada. Chorou copiosamente, de ódio, de dor, de culpa e dúvida.
Chorou de sentir ânsia e de cada parte de seu corpo estremecer. Sentiu não ter mais nada... quando uma mão lhe tocou o ombro.
- ei, Carol? Eu... sinto muito. Vem. A gente pode começar de novo... Vamos para casa...

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E aí pessoal, anjos e mestiços

Vocês esperavam por essa surra da Dayane? Pois eu aposto que não.
E aí?
Voces sao team fire ou tem aqua?
Kkkkkk
Duvidas, criticas, sugestões... temos os comentarios, meu tt e até o curiouscat, todos @senhorajersey! Chama lá!

Até o proximo capitulo

Beijos da

RISEOnde histórias criam vida. Descubra agora