twenty six

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Dayane ergueu os olhos com dificuldade.  Seus pulmões ardiam pedindo ar, e ela respirava pesado. Reconheceu Caroline, andando firmemente na direção de Lucifer, a espada abaixada arrastava a ponta no asfalto. O vento agitava em torno dela, e suas marcas brilhavam como nunca. Sua postura era igual a de Miguel.
- olha só. - Lucifer se ergueu do outro lado da rua e a encarou. - o cocker de Miguel acha que pode me matar com uma espada.
- respeito. Ela tem nome. E é Excalibur! - Carol agitou a espada a sua frente, como um golpe. O ar se tornou uma lâmina de vento, em direção a Lucifer, que desviou do primeiro ataque. A lâmina de ar cortou o pequeno prédio atrás dele, que começou a implodir e desmoronar. Lucifer rolou para longe do estrago, assustado, e olhou novamente para Carol.
- mas o que..?!
Ela não hesitou. Começou a golpear o ar mais vezes na direção dele, e ele esquivava cada vez com mais dificuldade devido a frequência que ela o atacava. Caroline continuava andando na direção dele, com raiva.
Uma das lâminas de ar atingiu a asa do demônio, rasgando sua membrana. Ele urrou de dor e se encolheu. Lançou ataques de fogo contra ela, mas Carol simplesmente desviava ou defendia com a espada, cujo fogo apenas aumentava a medida que era atingida e dissipava os ataques do homem.
Lucifer saltou para trás e rolou entre Carol e Dayane.
- ataque de novo, e você vai partir sua namorada em dois. - ele ameaçou.
- Carol! - Dayane gritou com as forças que tinha.
- sem neura. - Carol respondeu com um sorriso confiante. Estava a poucos metros do diabo.
Ela olhou para a espada, que crepitou de outra forma. Assentiu, como se a arma conversasse com ela.
Girou a lâmina por trás de si como se a espada mal tivesse peso, e quando a lâmina passou sobre seu ombro, Carol agarrou o cabo da arma com as duas mãos e com toda força que tinha, a ponto de se abaixar, fincou a lâmina contra o solo, em um brado.
O som do impacto foi estrondoso. Do ponto onde a espada fincou, uma espécie de explosão de ar e solo se lançou a todos os lados, formando uma cratera em todo o chão, que crescia. O chão rompia e cedia como se houvesse caído un meteoro, afundando rapidamente em direção ao homem, que sem poder voar, foi engolido pela cratera.
O impacto cessou a poucos centímetros dos pés de Day, e ela olhou assustada para baixo, para dentro da cratera que engolia os escombros da rua e das construções em torno, atingidas pela impacto do poder de devastação de Carol com a espada.
Seu coração disparava.
Mas Carol se levantou sem nenhum arranhão.
Ela caminhou na direção do Diabo, que se levantava com dificuldade.
- eu te subestimei. - ele sorriy divertido - você é mais forte que seu próprio pai. Foi tão fácil matá-lo.
O homem, que antes era bem apessoado, tinha apenas restos dos tecidos de suas vestes. O cabelo estava liso e comprido, caído por seu rosto e ombros, alguns sujos de sangue. Suas pernas já não eram mais humanas: um par de pernas de bode, de pêlo grosso e frizado, escuro, o sustentavam em pé.
Carol estremeceu de raiva.
- não ouse falar de Miguel.
- ou você vai fazer o que?
Carol fechou os olhos. Excalibur se agitou em sua mão, e suas marcas brilharam com mais força.
De suas costas, nasceram um par de asas, belos e puros, grossos, as penas brancas de brilho acobreado, as penas das pontas pareciam serem feitas de cobre e reluziam o brilho de suas marcas.
- eu vou vingar sua morte. - ela respondeu firme.
Se lançou contra o diabo, que ergueu o tridente, os dois se golpeando em uma luta de armas intensa.

- droga! - Dayane praguejou lá de cima, olhando em torno procurando uma saída.

***

Ana levantou a cabeça, ouvindo as sirenes que passavam pela rua. Encarou Vitória, que também parecia apreensiva.
Kau olhou em torno na lanchonete, e então apontou para a TV.
O noticiário urgente acendeu, chamando a atenção dos clientes, que, por sorte, silenciaram.

Ataque terrorista na avenida dos Vereadores, agora as 11h. Explosão de carro bomba implode solo já desgasto pela erosão, e parte da rua foi engolida pela cratera. Área de risco está sendo evacuada. Ainda não há o numero de feridos.

- avenida dos vereadores? É aqui perto. - Kau falou.
- E isso não é ataque terrorista nem aqui nem na china. - Ana levantou as pressas. - Anda logo, a gente tem que ir lá.
- você acha que são elas?
- eu tenho certeza. - Ana saiu correndo, seguida por Kau. Vitória jogou algumas notas na mesa e saiu correndo atrás.
- ai gente me espera, Deus abençoa que isso!

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Soltei antes pq nao aguento é isto

Mais curtinho mas importante hahaha

Gente eu to mt nervosa com essa batalha

Até o próximo
Beijos da vó!

RISEOnde histórias criam vida. Descubra agora