two

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- eu tentei te avisar Ana! Por que você nunca confia no meu sexto sentido? E agora, o que a gente faz com essa carnal? - Vitória dava voltas no asfalto, preocupada.
- Tudo bem, eu sei, mas a gente não pode deixar ela aqui e sumir. Vão tomar ela por louca. - Ana respondeu, se levantando.
Kau sentou no asfalto, prendendo o cabelo para trás:
- olha, meninas... eu ainda estou aqui
Poderiam parar de falar como se eu não tivesse? Dois, tomada por louca eu já sou. Três, vocês existem mesmo? E quatro, como não estão com frio? Opa, Olha, uma flor em pleno inverno - olhava para o lado.
- você tem desvio de atenção? - Ana levantou a sobrancelha.
A garota riu e assentiu, depois voltou a atenção para elas.
- Vocês poderiam me explicar o que está acontecendo. Prometo que eu deixo vocês em paz depois disso. Só não quero precisar pensar que a nova moda é implantar led debaixo da pele. - ela levantou batendo a poeira da roupa.
Vitória suspirou se dando por vencida.
- Ana, a responsabilidade é sua. - sorriu para a humana. - meu nome é Vitória.
- Ana Clara - a morena sorriu sem jeito abaixando o olhar. - prazer em conhecer.
- todo meu. Kau. Kauany. - deu um sorriso iluminado. - vocês querem ir para algum lugar? Tem uma cafeteria 24h em um posto de gasolina aqui perto - ela apontou com o polegar por cima do ombro.
- Deus me perdoe mas nem parece que morreu e ressucitou feito Jesus - Vitória sussurrou entredentes.
- o que? - Kau franziu o cenho.
- Nada, podemos ir? Acho que... eu preciso esclarecer muita coisa para você. - colocou a mão na nuca, desconfortável, sorrindo sem jeito.
Kau deu com os ombros, percebendo o desconforto da outra.
- vocês tem certeza? Eu posso desistir da ideia e deixar vocês em paz...
- Nem pensar. Ana tem que aprender a lidar com as consequências de suas atitudes. - Vitória riu suavemente e puxou as duas pelos pulsos - Andem, estou louca por um pedaço de doce.

***

Dayane subiu as escadas e deu de frente com um rapaz no centro da pista. Ele tinha os cabelos negros, era alto e magro, e os olhos negros como a noite. Usava uma camisa branca, assim como sua bermuda, e sapatos caqui. Seus braços e pernas eram cobertos por  desenhos vermelhos. Estava com outros rapazes, que também usavam branco e tinham tatuagens. Eles estavam em volta de uma garota que pedia socorro com o olhar.
- Carlos quantas vezes eu preciso te colocar para fora do MEU dominio?
- Dayaninha - ele sorriu abrindo os braços - seu dominio? - deu um sorriso debochado.
- você não quer resolver isso agora, não é? - ela rosnou e os companheiros dela, Dreicon e os outros, se posicionaram atrás dela.
O sorriso de Carlos sumiu. Ele se ajeitou olhando para Day.
- e vai fazer isso como com tudo isso de gente aqui?
- assim. - ela respondeu e estalou os dedos. Uma chama subiu em direção ao detector de incêndio, que disparou o alarme e acionou os dispersores.
As pessoas começaram a gritar e correr para fora. Ate a menina que estava ali conseguiu correr. Dayane sorriu vitoriosa.

Enquanto isso, Carol observava de longe, escondida atrás de uma pilastra. Viu as pessoas fugindo mas sabia não haver necessidade. Continuava olhando as duas gangues a se encarar. Principalmente para a morena.

O rapaz de branco cruzou os braços.
- você me fez perder  minha presa.
- meu domínio não é lugar de caça de demônio, filho da puta.
- não sou eu quem não sei quem é meu pai. - ele sorriu e Dayane cerrou os punhos. Dreicon deu um passo a frente. Ela apenas estendeu a mão para que ele não fizesse.
Os companheiros de branco riram.
- Dayane, minha querida, esquece isso. Olha pra você. Como vai usar seu fogo se está tudo molhado?
Ela balançou a cabeça.
- eu não preciso do fogo para acabar com você.
Deu sinal. A gangue toda avançou contra o grupo de branco, e as lutas eram intensas. Carol viu o uso de correntes, socos ingleses e com certeza mais coisas, inclusive... dentes.
Quando metade da gangue de Carlos estava ao chão e a outra metade implorava por piedade, Day mandou os colegas pararem. Sangue escorria sendo lavado pelos dispersores.
Day se aproximou de Carlos,o olhando de cima. Ele tremia ao chão, pedindo compaixão.
- se recolham e voltem nunca mais. - ordenou. Assentiram em puxavam os companheiros desacordados, correndo para fora o mais rápido que conseguiam.

Dayane suspirou olhando para cima, deixando a água molhar e escorrer. Carol olhou a silhueta de seu corpo abaixo da blusa e da calça colada pelo tecido molhado, e se deixou morder os lábios. Por que aquela mulher lhe era tão tentadora? Carol nem era de gostar de mulheres, nem de ninguém. Hesitou em sair dali.
Foi quando o olhar de Dayane desceu em sua direção. Carol sentiu o perigo ao ser vista, a ponto de esquecer como respira. Não era hora de papear. Deu um impulso para sair correndo.
Dreicon se aproximou de Dayane, por trás, olhando em direção a Carol.
Sem tirar os olhos da ruiva, Day apena falou, baixo e determinada como ordem:
-peguem.
Os vultos se lançaram em direção a onde a garota havia corrido.

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Acharam que eu ia demorar, né? Pessoal aí esta o segundo capitulo dessa fic que eu estou amando fazer.
O que estão achando?

Boa semana a todos e beijos da vó!

RISEOnde histórias criam vida. Descubra agora