CAPÍTULO 12

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Eu não reajo bem sob pressão, especialmente quando não faço ideia de qual lado da minha consciência escolher

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Eu não reajo bem sob pressão, especialmente quando não faço ideia de qual lado da minha consciência escolher. É como se eu tivesse uma mini Cassidy em cada ombro meu, de um lado uma me diz para me entregar de uma vez e simplesmente sentir, não importa o que for, e do outro uma me diz para encerrar o que quer que esse beijo tenha começado e que a última coisa que devo me preocupar esse ano é com romance, já que a faculdade está cada vez mais perto e eu já tenho problemas o suficiente em casa.

Volto a realidade e sinto o álcool fazer efeito me deixando tonta. Ainda que tenho dificuldade, me afasto de Matthew rapidamente e passo pela porta novamente sumindo entre as pessoas dentro da casa. Ele continua na mesma posição por mais tempo com a confusão estampada em seu rosto enquanto eu ando me apoiando na parede para não cair.

O nervosismo piora minha situação fazendo meu estômago revirar. Para minha sorte, encontro um banheiro não muito longe e ele está vazio. Fecho a porta atrás de mim e corro para a privada.

Essa é a primeira e última vez que eu bebo!

No meio do desespero consigo tirar meu celular do bolso da minha saia e mando uma mensagem para Mackenzie, que não demora a chegar ali. Escuto alguém bater na porta e sua voz avisando ser ela em seguida, então uso as minhas últimas forças para me levantar e abrir para ela.

— Você está bem? — pergunta preocupada fechando a porta atrás de si. Não consigo abrir a boca para lhe responder então apenas assinto com a cabeça. — O que aconteceu?

— Você não me disse que beber é tão horrível assim — resmungo me jogando no chão novamente. Mackenzie segura a risada e me puxa pelos braços para me levantar.

— Ainda precisa vomitar? — Nego com a cabeça. — Melhor assim. Vem — me leva até a pia e abre a torneira para eu lavar a boca enquanto ela procura enxaguante bucal no armário. Ela comemora ao encontrar e coloca um pouco na tampa para eu lavar minha boca. — Como você chegou a essa situação, amiga? — fecha a tampa da privada e senta ali para me observar.

Dou de ombros.

— Eu nunca mais vou beber!

— Disse toda pessoa que insiste em beber em todas as ocasiões — brinca. — Onde você estava? Ouvi dizer que Matthew te levou carregada, achei que tinha ido embora.

— Ele me levou para fora da casa.

Não contar para Mackenzie o que havia acontecido me mata por dentro, mas o medo de ela fazer uma cena comemorando ou me dar bronca por sair sem falar nada é o suficiente para me manter calada.

— Eu quero ir embora — reclamo abaixando a cabeça e fingindo choro como uma criança mimada.

— Aguenta mais um pouquinho, amiga — levanta e caminha até eu. — Vamos invadir a cozinha de Brooklyn para eu fazer um café para você.

Ela mostra o seu melhor sorriso de melhor amiga prestativa e passa meu braço em volta de seu pescoço para me ajudar a andar.

— Melhor? — Mack pergunta me entregando uma terceira xícara de café.

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