CAPÍTULO 26

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Devido aos últimos acontecimentos, eu sei que não fui muito bem nas entrevistas com John Hopkins e UC Davis e, por mais que eu tente acreditar em um milagre ou que não fui tão mal assim, eu também já aceitei o fato de que muito provavelmente a car...

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Devido aos últimos acontecimentos, eu sei que não fui muito bem nas entrevistas com John Hopkins e UC Davis e, por mais que eu tente acreditar em um milagre ou que não fui tão mal assim, eu também já aceitei o fato de que muito provavelmente a carta que vou receber não vai ser a de aceitação.

— Cateto oposto sobre a hipotenusa, certo?

— Certo, se você quisesse calcular o seno e o exercício pede a tangente — respondo para Matthew.

— Obrigada por tentar, Caissy, mas eu desisto — ele se joga para trás em sua cama com o caderno em sua cara, resmungando.

— Quanto drama — reviro os olhos. — Você só precisa prestar atenção e deixar de ser preguiçoso. Você foi tão bem no simulado que fizemos semana passada!

— E parece que eu só fiquei mais burro desde então. É como se meu cérebro tivesse um limite de armazenamento e eu já o atingi — não consigo segurar a gargalhada enquanto ele se ajeita para sentar na cama novamente. — Isso, ri mesmo — cruza os braços irritado. — Você sabe que nunca vai passar por isso, não é?

— Ter preguiça de estudar? Não mesmo — dou de ombros. — Agora chega de falar e vamos terminar esses exercícios.

Matthew revira os olhos e bufa, mas volta a prestar atenção em seu caderno.

Mais alguns minutos depois, eu escuto o barulho de notificação do meu celular que vibra incansavelmente.

Olho para a tela do aparelho jogado pela cama e deixo escapar uma risada com a insistência de Wesley em saber se já terminei os estudos para poder sair comigo.

Wes é um palhaço. Ele veio parar em Oakdale porque teve um problema na cidade em que morava e seus pais acharam melhor mandá-lo para morar com os avós, que coincidentemente são daqui. Ele não quis me contar com detalhes e eu não forcei que ele o fizesse, ele sabe que quando se sentir confortável o bastante, pode conversar comigo.

Não sei se eu já tê-lo conhecido facilitou, mas nossa amizade se fortaleceu rapidamente. Principalmente quando estava com raiva de Matthew e triste, ele me distraia até eu chorar de rir com as besteiras que fala.

Matthew olha na direção do celular em minha não enquanto digito a resposta, mas não faz nenhum comentário apesar da feição óbvia de quem não gostou do que viu.

Ninguém mandou curiar a conversa alheia!

— Eu tenho uma surpresa pra você — ele deixa o caderno de lado antes de se levantar.

Não consigo esconder a minha cara confusa e, por isso, ele dá risada enquanto caminha até sua cômoda.

— O que foi? Pra que tanto mistério? Quer me matar de ansiedade? — Reclamo enquanto me levanto para ir atrás dele, deixando meu celular de lado.

Jones continua a rir de mim e abre sua gaveta. Tento olhar por cima de seu ombro para ver o que é, mas ele não deixa.

— Calma! — Matthew se vira ainda rindo, segurando algo atrás de seu corpo, e é quando eu percebo que estamos perto demais um do outro que recuo alguns passos. — Antes de eu te dar, quero falar algumas coisas — reviro os olhos. — Você já foi mais legal, Cassidy! — Cruzo meus braços na frente do meu peito com as sobrancelhas levantadas e o sorriso sacana continua a brincar em seus lábios.

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