CAPÍTULO 9

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Na manhã de quinta-feira, eu preferia ter acordado com o barulho irritante do meu despertador ao invés de mais uma discussão de meus pais

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Na manhã de quinta-feira, eu preferia ter acordado com o barulho irritante do meu despertador ao invés de mais uma discussão de meus pais. Céus, o que pode ser tão sério que não permite essa briga de acabar?

Para ajudar, já se passaram alguns dias e eu não estou nem perto de descobrir o que Sawyer disse. Até passou pela minha cabeça seguir o conselho dos garotos e deixar isso para lá, mas eu sou curiosa demais para isso.

Me levanto e cambaleio até o banheiro para fazer minhas necessidades e tomar banho. O dia gelado me obrigou a vestir uma calça preta de cintura alta, uma blusa de manga comprida listrada em branco, preto e vinho e para combinar um Converse All-Star branco nos pés. Enquanto secava meu cabelo com o ar quente para não sair de cabelo molhado na rua, os gritos de minha mãe conseguiram sobressair o barulho do secador. Desliguei ele para escutar melhor o que estava acontecendo e o que ouvi em seguida foi apenas o barulho da porta de entrada batendo. Ao mesmo tempo, Joey avisa por mensagem que já está na rua da minha casa.

Visto uma jaqueta jeans por cima da minha blusa, pego minha bolsa e desço correndo. Vou até a cozinha pegar algo para eu comer no caminho e encontro meu pai sentado na mesa olhando para baixo com a mão em sua testa.

— O que está acontecendo? — Pergunto de uma vez por todas.

— Nada — responde seco sem olhar para mim.

— Pai, eu não sou surda. O que aconteceu? — Insisto.

— Cassidy! — Bate a mão na mesa bravo me fazendo pular levemente com o susto. Ele levanta o olhar para mim e continua. — Preocupe-se sobre seus problemas de adolescente e deixe os adultos se preocuparem com os problemas de adultos.

Abro a boca em busca de uma resposta para lhe dar, mas não consigo. Meu pai quase nunca falava assim comigo. Na verdade, nunca falava. Rio pelo nariz e arrumo a alça da minha bolsa em meu ombro.

— Eu não sei o que está acontecendo com vocês dois, mas com certeza eu não tenho nada a ver com isso. Então, por favor, não desconte em mim quando tudo o que eu estou tentando fazer é ajudar — viro as costas para ele e ando com passos largos até a porta para sair.

Entro no carro de Joey respirando fundo para não desabar ali mesmo e acabo batendo sua porta.

— Ei! — Reclama.

— Desculpa — peço.

— O que houve? — Pergunta preocupado antes de dar partida no carro.

— Meus pais estão me deixando louca — desabafo. — Mas eu não quero falar disso agora — olho para cima segurando minhas lágrimas.

— Vovô King de novo?

— Provavelmente — respondo. — Eu nem sei qual é o problema, mas sei que essa briga está durando muito tempo.

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