CAPÍTULO 22

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Depois que cheguei em meu quarto e joguei-me na minha cama, eu chorei

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Depois que cheguei em meu quarto e joguei-me na minha cama, eu chorei. Chorei pela minha burrice, pela situação em casa e de saudades da minha irmã. Parece que todas as coisas que tinham para dar errado estão dando.

Eu chorei tanto que só parei quando dormi e só acordei já no fim da noite, por volta das onze, com alguém batendo na porta do meu quarto.

— Caissy! Tem alguém aqui pra você! — Escuto a voz de meu pai.

— Diz que eu não estou — grito de volta e me arrependo amargamente quando sinto a pontada forte em minha cabeça.

Coloco a mão no local em uma tentativa de diminuir a dor e começo a me levantar, para fazer tudo o que deveria ter feito antes de cair no sono.

— Que falta de educação, minha irmã — ouço a voz de Catherine quando a porta do quarto é aberta, iluminando um pouco o local.

Levanto meu olhar e preciso piscar algumas vezes para ter certeza que não estou alucinando.

Catherine abre os braços entrando em meu quarto e eu não perco tempo em correr para abraçá-la.

— O que aconteceu com você? — Ela se afasta de mim apenas para segurar em meu rosto e analisá-lo.

Olho para os meus pais atrás dela, que entendem o recado e logo saem e fecham a porta, nos deixando sozinhas.

Eu contei tudo para Catherine e depois chorei enquanto ela fazia cafuné em mim e eu me xingava mais um pouco.

— Você não é idiota, Caissy, não foi você quem enganou alguém pelos últimos meses. Eu sei que não está fácil agora, mas vai passar. Você é forte. Eu tô aqui e pode ter certeza que antes de eu ir embora você mal vai lembrar o nome desse idiota — solto um riso fraco com o xingamento e Cat encara isso como uma pequena vitória, me fazendo levantar logo em seguida para ajudá-la com as malas.

Parece que meus pais queriam fingir para Catherine que estava tudo mil maravilhas em casa. Não que eu esteja reclamando, já que tive alguns dias de paz e a ceia de Natal foi aturável, mas é ridículo ver o teatrinho.

Como Cat havia prometido, ela não me deixou pensar em Matthew um segundo sequer. Mesmo que eu não quisesse sair de casa, ela sempre inventa algo para fazermos. Seja bagunça na cozinha ao tentar uma receita, um jogo ou uma série nova, além de convidar o Joey e a Mack para se juntar à nós.

— Então, qual é a boa? O que vamos fazer no Ano Novo?

Joey, Mack e eu nos entreolhamos e demos risada.

— É Oakdale, o que tem pra fazer além de ficar em casa com nossos pais e assistir a contagem regressiva na televisão?

— Minha nossa, vocês são desanimados, hein! Que horror! — Revira os olhos e tira o seu celular do bolso. — Espera aí que eu vou resolver isso agora mesmo — nós continuamos a encarando com as sobrancelhas juntas em confusão.

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