Leve indecisão

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Lauren: Nada justo, você sabe que sou péssima em batalha naval. – Ela ficou tão revoltada que pegou a folha em que estávamos brincado, rasgou e jogou no chão.

Camila: Ah... Lauren, que saco! – Cruzei os braços.

Lauren: É a terceira vez que me vence, não aguento mais tanta humilhação. – Insuportável.

Camila: Você não consegue ser uma pessoa normal e aceitar perder? – Levei um tapa... E que tapa. – Seus tapas doem! – Sempre essa palhaçada!

Lauren: Por isso mesmo que dou tapas em você. – Escorei minhas costas na cabeceira da cama. Observei a galega esticar os braços. – Não foi viável sentar nessa posição, minha coluna não aprovou isso. Por isso que eu perdi, não estava confortável. – Soltei uma gargalhada alta.

Camila: Seus pais sabem que você está no meu quarto? – Dei uma risada de deboche.

Lauren: Não, eles não precisam. – Mordi os lábios.

Camila: Então a gente pode fazer uma coisa interessante. – Me aproximei da garota, levei minha boca até o ouvido dela. – Segura essa, amada! – Peguei a almofada que estava na cama e joguei na cara dela.

Lauren: Quantos anos você tem?! – Joguei mais uma almofada.

Camila: Cala a boca e corre, ou vai levar mais almofadada. – Peguei todas as almofadas da cama. – Monopolizei tudo, é tudo meu. – Arremessei todas com uma força descomunal.

Lauren: Que droga, Camila. – A garota estava caída no chão. Finalmente ela entrou para a briga, pegou todas as almofadas e começou a arremessar. Uma foi parar dentro do banheiro, que estava com a porta aberta, outra bateu na lâmpada do quarto e a última foi no meu pé.

Camila: Você está com a visão turva, só pode. Mira direito! – Corri atrás de todas almofadas, consegui quase todas, só faltou uma, essa única foi pêga pela garota. – Joga! – gritei. Ela até que tentou, mas errou de novo. – Já chega, vamos parar com a brincadeira, isso para mim é uma ofensa. Você não acertou uma! - Haha!

Lauren: Vou descer para pegar água, vai querer?

Camila: Não é uma má ideia. – E ela simplesmente vazou, haha. Me joguei na enorme cama, poucos minutos brincando e estou aqui toda acabada. A porta do quarto estava aberta, mesmo assim estava abafado. Me sentei na cama e aguardei Lauren, acabei sendo surpreendida por Clara na porta.

Clara: Uma bagunça dessas não se vê todo dia. – A dona entrou e se sentou na cama. Eu abri um largo sorriso.

Camila: Noite de pijama, quer participar? – Clara fechou os olhos e sorriu. Deve estar se recordando de algo, tenho certeza.

Clara: Adoraria matar a saudade. – Ela deu um sorriso tímido.

Camila: Então veio para o bonde certo. Vamos para uma noite de karaokê, todo mundo gosta.

Clara: Eu vou recusar dessa vez. – Ah fala sério!

Camila: Eu deixo você escolher a música, juro! NSYNC, Backstreet boys, qualquer uma, vamos.

Clara: Tá legal, só porque vai deixar eu escolher a música. – Saltei de alegria.

Camila: Rá! Eu sabia. – Eu e a mãezona, descemos as escadas até a sala, ligamos aquela enorme TV e fizemos todos os preparatórios.

Lauren: Karaokê? – Recebi o copo de água.

Camila: É, eu e sua mãe. – Bebi um gole da água.

Lauren: Vou ficar de fora? – Clara me olhou, eu apenas pisquei para ela.

Camila: É que... Só tem 2 microfones, sabe? E... Sua mãe teve a ideia, não quero deixar ela de fora. – Tomei mais um gole, enquanto isso encarei Laur...

Eu odeio a minha chefeOnde histórias criam vida. Descubra agora