Nights of a Hunter | Supernatural Fanfic

1 | O Começo

Owensboro, Kentucky.

— Michelle, acabei de pesquisar alguns presságios e têm nuvens de cigarras e plantações ruins em Nebraska — Rachell comentou enquanto entrava na cozinha. — Quer ir?

— Hoje? — perguntou a que estava sentada à mesa, tomando café.

— É — respondeu como se fosse óbvio.

— Mas hoje a gente combinou de fazer a maratona do Johnny Depp, você tá me devendo há semanas.

— A gente faz isso todo mês. — Ela se sentou à mesa. — E na maioria das vezes são os mesmos filmes.

— E cada vez é uma emoção diferente.

— Caramba, você é vidrada nesse homem. Morar na mesma cidade que ele nasceu, ter todos os filmes e pôsteres espalhados pelo quarto não é o suficiente? Precisa mesmo assistir toda vez os mesmos filmes?

— Esse é meu jeito de amar, me deixa!

— A gente pode adiar isso. Qual é, esse pode ser nosso primeiro caso desde que o Portão do Inferno foi aberto. A gente precisa dessa aventura.

Michelle se levantou e parou no batente da porta. Pensou por alguns instantes.

— Tudo bem. — Ela suspirou. — Vamos arrumar as coisas.

Em algum lugar de Iowa.

O Impala corria a mil pela estrada deserta. Era noite e Dean tinha acabado de se divertir com uma mulher. A segunda da noite.

— Me empresta a sua faca? — Sam perguntou para o irmão.

— Pra quê? — Dean perguntou sem entender.

— Pra eu poder arrancar os meus olhos.

Após Bobby ter ligado e falado sobre um possível caso, Sam tinha ido atrás de Dean e acabou vendo o que não precisava.

Dean riu.

— Foi um ato natural e bonito, Sammy.

— É uma parte sua que eu nunca fiz questão de ver.

Dean riu novamente e bateu na perna do irmão, que parecia traumatizado.

— Foi legal você me deixar passar um tempinho com as gêmeas gostosinhas.

— Sem problema.

— Sério? — Ele e o irmão se olharam. — Eu esperava um olhar de desgosto ou sei lá, uma coisa parecida.

— Não, que isso. Você merece um pouco de diversão.

— É, concordo inteiramente com você. — Ele riu. — E o que o Bobby achou?

— Não muito. Falhas na plantação e uma nuvem de cigarras em Lincoln, Nebraska. Podem ser sinais do demônio...

— Ou safra ruim e praga de insetos.

— Mas são nossa única pista.

— Sem mortes estranhas?

— Bobby não achou nada. Ainda não.

— Estranho, na noite em que o portão do diabo se abriu, nuvens pesadas de tempestade em quantas cidades?

— 17.

— 17. Parecia que ia ser o Apocalipse Agora. Já se passaram cinco dias e nada... O que os demônios estão esperando?

— Eu sei lá.