44 | Back in Black

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New Harmony, Indiana.

4 meses depois.

Gritos de terror eram ouvidos por ele. Imobilizado dos pés à cabeça, ele mexia apenas os olhos, procurando por alguém ou por qualquer coisa.

Piscou, abriu os olhos e nada. Parecia sozinho, mas tinha certeza de que não era o único que estava ali.

Ele fechou os olhos novamente e quando os abriu, se encontrou no escuro, e as correntes que o imobilizava não estavam mais lá.

Ele tateou o solo. Madeira.

Tateou o corpo e encontrou algo nos bolsos. Era um isqueiro. Tentou uma, duas, na terceira o objeto acendeu.

Ele olhou para os lados, levantou um pouco a cabeça e percebeu que estava num caixão.

Gritou por ajuda, mas ninguém o ouviu.

Tateou a madeira e uma fissura o permitiu partir a tampa. A terra invadiu, dificultando seu acesso ao solo. Ele começou a empurrar a terra com a mão até sentir uma leve brisa passar por entre os dedos. Com toda força que tinha naquele momento, o resto do corpo passou por onde o braço tinha aberto caminho. Com a metade do corpo para fora, ele finalmente pode respirar fundo.

Levantou-se e bateu a terra do seu corpo. Olhou ao redor e tudo que via era uma cruz – sua lápide –, e uma mata densa. Porém, ao redor de seu túmulo, havia árvores derrubadas e plantas caídas. Parecia até que um disco voador havia aterrissado no local.

Aterrissado para trazer Dean Winchester de volta à vida.


...


Após sair da mata, Dean caminhou por uma estrada deserta até encontrar um posto de gasolina vazio. Olhou para a loja de conveniências que parecia abandonada. Bateu na porta e olhou através do vidro, procurando por qualquer sinal de alguém.

– Tem alguém aí? – ele perguntou, mas ninguém respondeu.

Poucos segundos depois, quebrou o vidro da porta e abriu a mesma. Assim que adentrou a loja, foi até a geladeira. Tomou metade de uma garrafa de água e pegou um dos jornais em cima de uma prateleira. Olhou a data e fez as contas. Quatro meses havia se passado. Estranho, porque para ele, parecia que foram anos.

Foi até o banheiro e jogou uma água no rosto. Olhou-se no espelho e ergueu a camisa, a procura de cicatrizes, porem não encontrou nada. Não pode deixar de se surpreender. Ergueu uma manga da camisa e viu a marca de uma mão. A surpresa aumentou. Balançou a cabeça e voltou às prateleiras. Pegou comida, bebida e até mesmo uma revista pornô. Foi até o caixa e pegou o dinheiro que tinha.

Saiu da loja e caminhou até um orelhão. Discou o número de Sam e aguardou.

"Desculpe. Você ligou para um número que foi desligado.".

Balançou a cabeça e ligou para Bobby.

– Alô?

– Bobby?

– É.

– Sou eu.

– Eu, quem?

– Dean.

E então Bobby desligou.

Dean ligou mais uma vez.

– Quem é?

– Bobby, me escuta...

– Não tem graça. Se ligar de novo, eu mato você. – e desligou novamente.

Nights of a Hunter | Supernatural FanficOnde histórias criam vida. Descubra agora