Nights of a Hunter | Supernatural Fanfic

45 | Você Tem Um Amigo

Sioux Falls, Dakota do Sul.

– Planos? Que planos Deus poderia ter pra você? – Bobby perguntou por fim.

– Sei lá, tô tão perdido quanto você... Vamos ter que esperar o Castiel dar as caras.

– E até lá?

– Bom... Sei lá, eu sigo normal com a minha vida.

Bobby se limitou a balançar a cabeça.

– O telefone do Sam está mudo... Ele não...

– Ele está bem. Trocou de número.

– Ótimo. – suspirou aliviado.

– Continua caçando com a Rachell. A gente não se fala com muita frequência, mas da última vez que falei com eles, eles estavam começando a trabalhar num caso em Nebraska... Eu vou passar por aquela região, se quiser ir...

– Com certeza.

Depois de colocarem o papo em dia, Bobby arrumou as coisas e partiu com Dean até Nebraska. Dean não pode deixar de se emocionar quando viu o Impala esperando por ele.

Stratton, Nebraska.

Depois de chamarem a policia, Sam e Rachell não tiveram muito que fazer. Não tinham mais testemunhas, não podiam investigar a casa enquanto a mesma estava sendo preservada e também não adiantaria dar só um pulinho até lá, já que de nada valeria o EMF.

– Quanto tempo acha que a casa vai ficar preservada? – Rachell perguntou.

Os dois estavam no motel e enquanto Sam pesquisava no laptop, Rachell mexia no celular.

– Não sei, vai depender da polícia.

– Vamos ficar aqui e esperar?

– Bom, não temos muito que fazer, então não vejo problema.

– É, mas também não é uma prioridade. Sabe, eram só os dois e agora a casa vai ficar vazia.

– Mas, logo, logo ela vai à venda e aí a gente teria que voltar aqui depois.

– Hm... Verdade... Eu tava pensando em ligar pra Michelle.

– Deveríamos ir vê-la.

– Deveríamos, mas na primeira oportunidade que tiver, ela vai se livrar da gente. Acho melhor esperarmos ela vir até nós.

– E acha que ela vem?

– Não sei... Quem sabe?

Owensboro, Kentucky.

Fazia pouco mais de três meses que Michelle trabalhava como garçonete numa lanchonete. Odiava atender pessoas, mas pelo menos não era num bar cheio de bêbados atrevidos.

– Não, Rachel! – ela ouviu uma cliente chamar a atenção da filha.

Desviou o olhar das duas e se dirigiu ao balcão. Pegou uma embalagem de álcool em gel e um pano. Caminhou até uma mesa há pouco desocupada, e começou a limpar a mesma, tentando evitar os pensamentos que vira e mexe, apareciam em sua mente.

Rachell.

Michelle sentia saudades da irmã e morria de vontade de ligar para ela, mas não ligava. Não queria ouvir aquele papo de "você está bem?" como se ela fosse uma pobre coitada. Também não queria mais saber de caçadas, e ela sabia muito bem que Sam e Rachell ainda caçavam. Então preferia ficar sem falar com a irmã. Na verdade, com ninguém.