– Já falou ao seu pai o que aconteceu? – Sam perguntou à Lanie.
– E incomodá-lo? Não, ele não iria acreditar em mim. Ele ia me mandar pra terapia.
– Então, o que sua mãe disse?
– Disse que queria me ver. No inicio, eu pensei que era pra eu ir até o cemitério.
– E você foi?
– Nada aconteceu... Mas aí ela começou a me pedir pra fazer outras coisas.
– Que tipo de coisas?
– Coisas ruins.
– Pode ser mais especifica? – Rachell pediu.
Lanie deu as costas, estava nervosa e não queria falar.
– Lanie, por favor. – Sam pediu. – Nos conte o que aconteceu. É muito importante.
Lanie se virou chorando.
– Mamãe me mandou abrir o armário de remédios do papai.
– E? – Rachell perguntou.
– Me mandou tomar os soníferos dele. Tomar todos os soníferos dele.
– Ela queria que você se matasse?
A menina assentiu.
– Por que ela ia querer que eu fizesse isso?
– Eu não sei. – Sam respondeu.
– Pra que eu fosse me encontrar com ela?
E então Sam ligou os pontos.
– O que você disse?
– Ela queria que eu fosse até ela.
– Não, não, não. Como ela disse exatamente? – Sam perguntou. Rachell o olhou sem entender onde ele queria chegar.
– "Vem pra mim". Um milhão de vezes.
– Lanie... Essa não é sua mãe. – ele saiu para o corredor. As duas o seguiam. – Escute-me. Não atenda o telefone, não use o computador, não faça nada a não ser que eu mande, entendeu?
A menina não respondeu. Olhava para o quarto vazio do irmãozinho.
– Lanie? – Rachell a chamou.
– Cadê o Simon?
– Droga! – Sam resmungou e desceu as escadas. Foi para o lado de fora da casa enquanto Rachell e Lanie o procuravam pela casa. Correram para o lado de fora quando ouviram a freada de um caminhão e suspiraram aliviadas quando viram Sam e Simon sentados no gramado no outro lado da rua.
– Tudo bem, Lanie. Fique com seu irmão dentro de casa. Não saiam por nada. – Sam pediu assim que voltou com o menino para a casa.
A menina assentiu e Sam e Rachell voltaram para o Camaro.
– Se não era a mãe da Lanie, nem a Linda falando com Ben, não era o seu pai no telefone. – Rachell comentou. – Acho melhor alertar o seu irmão.
– É, eu sei. – pegou o celular, mas o mesmo tocou. Era Dean. – Alô, Dean. Não é o papai.
– E o que é então?
– Um Crocotta.
– O que é isso? Um sanduíche?
– Uma espécie de carniceiro. Imita entes queridos, sussurra "vem pra mim" e atrai a pessoa à escuridão e suga a alma dela.
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Nights of a Hunter | Supernatural Fanfic
FanfictionDuas irmãs. Dois irmãos. Você acredita em destino? O que muda na vida de quatro caçadores quando a estrada os leva para o mesmo caminho? Uma coisa é certa: a incerteza do que o futuro lhes reserva. E o que eles têm em comum? Eles caçam coisas, salv...