– Não acredito que você me convenceu a vir aqui. – Disse Michelle, reparando o corredor que levava a cripta onde ficava os corpos dos padres.
Em sua opinião, o lugar era gelado e sombrio.
– Para de ser medrosa. Nem parece minha irmã. – Brincou, caminhando até a porta de entrada. – Vamos?
Michelle parou e observou. Sempre se perguntava qual era a necessidade de manter um corpo lá. Aquele lugar era gelado, tenso, além de ser estranho e esquisito.
Ela não sabia explicar exatamente o porquê, mas tinha que admitir. Era cagona demais para entrar.
– Ei, vamos.
– Eu... Eu... Não vou, não.
– Mas por quê? Você chegou até aqui.
– Eu sei, mas aqui é a minha deixa.
– Vamos Michelle. – Insistiu manhosa.
– Vai você, já que faz tanta questão.
– Vai amarelar mesmo?
– Eu não vou. É demais pra minha capacidade.
– Aff, que ridículo. Você entra em cada buraco quando a gente tá trabalhando.
– Mas nesses casos eu sou obrigada... Vai lá.
Rachell sorriu e olhou para a porta. A verdade é que ela também não era a das mais corajosas. Mas ao contrario da irmã, ela não queria sair com a fama de arregona.
– Ray? Não vai me dizer que tá com medo.
– O quê? Eu? Não.
– Não é o que parece.
– Não é isso. Mas não tem graça ir sozinha.
– Não tem graça nem indo acompanhada, mas enfim. Olha, eu sei que você é corajosa e tal. – mentiu. – Mas se você não quiser ir, tudo bem.
– Não. Eu não vim até aqui à toa. Eu vou lá.
– Vai mesmo?
– Mas é claro.
– Então vai em frente. Eu espero aqui.
Rachell assentiu, olhou para a porta, engoliu em seco e entrou. Michelle olhou mais uma vez para o corredor vazio, ela nem havia percebido as varias estatuas – que em sua opinião não pareciam com nada – nas paredes. Ela cruzou os braços, estava com a sensação de que a temperatura tinha caído mais.
Olhando mais uma vez ao redor para as estatuas, teve a impressão de que uma das estatua se mexeu. Curiosa, ela se aproximou e teve a certeza de que estava mesmo se mexendo.
Sem pensar duas vezes, Michelle caminhou até a porta por onde a irmã tinha passado. Foi aí que ela notou que uma luz forte surgiu atrás dela.
Michelle espreitou os olhos tentando ver o que estava dentro da luz, mas tudo pareceu se apagar de repente.
– Então querem se juntar a paróquia? – Perguntou o padre. – É, a gente não se sente bem se não for a missa todo o domingo, sabe? Onde moravam antes mesmo?
– Fremont, Texas. – Dean respondeu.
– É mesmo? Bela cidade. Paróquia de Santa Tereza. Devem conhece o padre de lá.
– Claro, a gente conhece, padre O'Malley.
– Eu conheço o padre Shaughnessy.
– Shaughnessy, exato. – ele enrolou. – Foi o que eu disse, não foi?
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Nights of a Hunter | Supernatural Fanfic
FanficDuas irmãs. Dois irmãos. Você acredita em destino? O que muda na vida de quatro caçadores quando a estrada os leva para o mesmo caminho? Uma coisa é certa: a incerteza do que o futuro lhes reserva. E o que eles têm em comum? Eles caçam coisas, salv...