Nights of a Hunter | Supernatural Fanfic

94 | Porta Para o Armagedom

Em algum lugar, dois dias depois.

– Sam? – Ruby o chamou. Os dois estavam escondidos em uma casa abandonada no meio do nada. – Posso saber em que tá pensando? – ela insistiu.

– Eu tô bem. – Sam respondeu olhando para o nada. – Vamos.

– Você tá bem?

Sam se virou para ela.

– Eu já disse que tô.

– Olha, eu sei que isso não faz o meu gênero, mesmo assim o Dean errou falando aquelas coisas pra você.

– Não! Ele estava certo. E eu não o culpo depois de tudo que fiz.

– Tá. Depois que tudo acabar, vocês fazem as pazes, você volta com a Rachell e fica tudo bem.

– Você fala como se eu tivesse um depois.

– Não fala assim.

– Olha, eu sinto dentro de mim, Ruby... Eu mudei... Pra sempre. E agora já não tem mais volta.

– Sam...

– Olha... Sei o que tenho que fazer. Tá tudo bem, eu só acho que é melhor eles ficarem longe de mim. Isso é o certo... Enfim, não importa. Vamos acabar logo com isso.

Os dois entraram no carro e partiram.

Sioux Falls, Dakota do Sul.

– Dean? – Bobby o chamou. Mas Dean não ouviu. Estava perdido em seus próprios pensamentos. – Dean! Você ouviu alguma coisa que eu disse?

Os três estavam reunidos no escritório de Bobby. Dean estava distraído olhando para janela, com a cara fechada, enquanto Bobby conversava com ele, e Michelle apenas ouvia.

– Sim, eu ouvi. E eu não vou ligar pra ele.

– Não me faça pegar minha arma, rapaz.

– A gente tá na porta para o Armagedom. – Dean se virou para Bobby. – Por acaso você não percebeu que temos coisa melhor a fazer?

– Eu sei que você tá furioso, Dean. – Michelle se envolveu. – E eu não tô desculpando o que ele fez , mas ele é seu...

– Sangue? Ele é meu sangue? É o que ia dizer?

– Ele é seu irmão. E está se afundando.

– Michelle, eu tentei ajudá-lo. Eu tentei. Mas olha o que aconteceu.

– Então tenta de novo. – Bobby respondeu.

– É tarde demais. – respondeu. Sua voz era carregada e se notava de longe que ele não estava bem.

– Nunca é tarde demais.

– Não, droga! – ele fez uma pausa e balançou a cabeça. – Não. Temos que encarar os fatos. O Sam nunca quis fazer parte dessa família. Desde pequeno ele odiava essa vida. Fugiu pra Stanford na primeira oportunidade que teve. Agora tá acontecendo tudo de novo. E eu já tô cheio de ficar correndo atrás dele. – ele se sentou, cansado. – Que se dane. Ele pode fazer o que quiser.

– Você não pode estar falando sério.

– Eu tô sim, Bobby. O Sam já era. Acabou. Eu nem sei mais se ele ainda é meu irmão... Se é que algum dia foi.

Bobby olhou para Michelle, inconformado e se levantou. Se virou para a mesa, se apoiou na mesma, e num impulso, jogou tudo o que estava na mesa no chão.