13 - Satisfações

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Três semanas depois

Eu nunca imaginei que mudanças fossem tão cansativas.

Após uma semana de muita discussão e cansaço, o nosso apartamento estava finalmente pronto. Já estava tudo mobiliado e possuía metade da decoração, coisa que decidimos fazer aos poucos.

Durante todas as noites dessa semana, Zabdiel marcava presença trazendo o nosso jantar e prolongando a sua estadia até tarde da noite.

Eu não ficava cem por cento de vela, Cecília não era daquelas garotas melosas com o namorado. Mas obviamente, eu sempre subia para o meu quarto e os deixava passar um bom tempo juntos. Sabia que pelo olhar da minha amiga, que em pouco tempo, Zabdiel já estava conseguindo deixar uma grande marca na brasileira.

Hoje era sábado e seria a festa de "boas vindas" que Christopher daria para nós duas. Na realidade, eu sabia que eu e Ceci éramos apenas o impulso para que Chris realmente fizesse a festa. Já que os garotos eram os nossos únicos conhecidos na cidade e com certeza haveria muito mais gente no apartamento do equatoriano.

No momento, eu esperava por Cecília enquanto estava jogada no sofá e mexendo no celular. E não demorou mais que cinco minutos para que a garota descesse as escadas fazendo os seus saltos ecoarem pelo apartamento inteiro.

- Zabdi e Richard chegaram. - ela avisa, indo de encontro com a porta. Eu uno as sobrancelhas ao me levantar. - O carro dele quebrou e por isso está de carona. - minha amiga diz, como se pudesse ler todas as minhas dúvidas internas repentinas.

- Ah. - é tudo o que eu digo e com isso a sigo para fora da nossa casa.

- Eu espero muito que eu consiga me controlar para poder me lembrar da transa com o Zabdiel no final da noite. - meus olhos se arregalam ao ouvir as palavras da loira, que foram soltas em um tom nem um pouco discreto e no meio do corredor.

Depois de nossa conversa na praia, Cecília tirou a limpo com Zabdiel sobre a noite deles e a brasileira chegou aliviada me contando que o mesmo também não se lembrava de cem por cento dos acontecimentos.

- Cecília! - eu tento a repreender, mas ela só me olha com uma careta enquanto chamava o elevador.

- Credo Sophia, assim até parece que você nunca dormiu com Pete, né. - ela ressalta e com isso eu reviro os olhos entrando na caixa metálica. - Ai meu anjo, não precisa me dar uma amostra de como você reage quando ele te toca, mostra só para o idiota mesmo.

Eu ameaço a xingar de todos os palavrões existentes na língua espanhola e inglesa, mas a entrada de um senhor dois andares abaixo do nosso faz com que eu me cale mordendo fortemente o lábio.

Cecília ri, sabendo que havia me atingido.

Quando saímos do elevador, ela corre. Mesmo usando saltos. Pois a mesma sabia que receberia tapas meus. E como ela mesma diz, meus tapas não são nem um pouco carinhosos.

Eu não corro atrás da mesma, apenas respiro fundo e tento manter a classe enquanto ouvia os saltos das minhas botas sendo desferidos no hall do prédio.

Até parece que eu tenho classe.

O shorts jeans, o top preto e a camisa aberta que eu vestia diziam muito isso.

Zabdiel nos esperava em frente ao prédio e em questão de minutos já estavamos percorrendo as ruas de Miami em direção ao apartamento do equatoriano.

Como usual, Richard e Zabdiel conseguiram me fazer rir em menos de dez minutos de viagem e quando finalmente chegamos, a minha barriga já doía de ter rido tanto.

Sólo YoOnde histórias criam vida. Descubra agora