Capítulo 4➡Rebecca (Revisado)

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Depois de desligar a ligação da Chesca, eu vou buscar meu pequenininho e nossas coisas.

Alguns minutos depois já estou de frente para a casa da minha amiga. Ela vive uma vida luxuosa, seus pais moram no Brasil e ela sozinha aqui na Itália fez fortuna trabalhando como braço direito de Miguel Ferrari, o todo poderoso número dois.

Ela faz questão de todos os dias confirmar o quanto odeia o bonitão, mais no fundo, no fundo, bem no fundo mesmo... Isso é uma paixão avassaladora que quando vier a tona novamente assustará a todos.

Não conheço Gabriel, agora meu chefe, pessoalmente. Lembro-me apenas de uma vez ter visto uma foto dele, a Franchesca sempre achou que o Arcanjo tem algumas semelhanças com meu ex marido Uriel. Ela é louca de pedra, mas, nesse quesito eu tenho que concordar, por foto os dois parecem muito.

---Onde está o Tito?--- Pergunto assim que minha amiga abre a porta.

---Está dormindo ainda... Tive pena de acordá-lo. ---Da de ombros.

---Então eu mesmo vou ter que fazer isso. ---Digo e olho para a sua roupa. ---Você vai trabalhar? Não está atrasada? Pode ir agora, cuidarei de Casthiel.

Solto minha bolsa no sofá e subo as escadas rapidamente abrindo a porta devagar.

---É que eu vou fazer uma viagem com o Porrangelo, mais a noite ja estarei de volta. ---Diz sem emoção referindo-se ao seu chefe.

---Viagem para onde?--- Ergo uma sobrancelha enquanto descubro o Casthiel.

---Vaticano, acredite se quiser, eles tem negócios até na terra do papa! ---Senta-se na cama enquanto eu desperto meu pequeno.

---Aproveita e pede perdão a Cristo por desejar o chefe!---Digo e ela me ataca com um travesseiro.

---Eu não desejo o Porrangelo! Isso é uma calunia!--- Reviro os olhos e dou um beijo de bom dia no Casthiel que continua grogue.---Ta bom, confesso que tenho sonhos eróticos com o desgraçado... Mais o que posso fazer se o homem exala sexo pelos poros? Sinto falta das caricias daquele homem--- Fala chorosa.

---Realmente, o Miguel é um deus! ---Respondo apertando meu bebê em um abraço sufocante. Ele se esperneia.

---Você diz isso até conhecer o Gabriel... ---Ela fica pensativa. ---Eu não conseguiria morar na mesma casa daquele homem sem poder dar umas boas cavalgadas... ---Sua mão vai para o peito. --- Dio que perdona-me !---Suspira e eu reviro os olhos.

---Cuidado com o que fala, o Casthiel está escutando. Não é amor?--- Digo tirando seus cabelos negros dos olhos.

---É serio, esse garoto parece demais com o Gabriel!--- Ela pega o Casthiel no colo. ---Olha só, igualzinho! Tem certeza que não foi para a cama com o chefão?

---Titi ta bonita! --- Meu filho diz olhando para a Franchesca totalmente descabelada e ainda com roupas de dormir.

---Isso é coisa da sua cabeça Franchesca.

---Nós veremos, se é coisa da minha cabeça, nós veremos! Espere só até conhecer o Gabriel, e você mesmo tomará suas próprias decisões.

***

No caminho de volta para casa, passo na creche e faço a matricula do Casthiel. De início, falaram que não tinham vaga, mais foi só tocar no sobrenome dos Ferrari, que instantaneamente abriram uma vaga.

É, esse nome faz milagre...

Faço nosso almoço, e por horas tento dar a comida para o Casthiel, que apenas fez birra.

É a fase, crianças quando estão de dois a quatro anos, fazem birra por tudo!

---Por favor Casthiel, coma!--- Choramingo e ele tampa a boca com as mãos enquanto balança a cabeça negativamente.

Senhores Ferrari- Gabriel (Revisado) Onde histórias criam vida. Descubra agora