Capítulo 5➡ Gabriel (Revisado)

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---Acho melhor você calar a porra da boca se não quiser que eu deforme seu rosto com um tiro!---Rosno e o Raphael continua com a mesma expressão debochada.

---Eu estou falando serio Gabe, você quase despe a Rebecca com o olhar! ---Justifica.

---Eu já mandei você calar a boca não foi Raphael? ---Bato na mesa nervoso. ---Não me teste.

---Com licença senhores. ---A secretaria do Rapha entra. ---A reuniao com os investidores começará em 10 minutos, a sala já está pronta.

---Obrigado Lily, pode se retirar.---A mulher sai batendo a porta cuidadosamente. ---Enquanto a você Gabriel, não tem para onde correr, você ficou caidinho pela Rebecca e ainda o moleque é a sua cara, tem certeza que você e ela não... ---Faz o gesto com a mão e eu sinto meu sangue ferver.

---Chega Raphael! Já não me basta os assuntos da empresa e do clã,  você ainda vem encher minha cabeça por causa da governanta?Pelo o amor de Dio eu olhei pra ela do mesmo jeito que olho para todas as outras mulheres! ---Digo alto.

---Veremos primo, isso nós veremos!

***

Só pra variar a reuniao na cúpula era sobre o casamento. Nem preciso dizer que ficamos putos, xingamos todos, quase quebramos as mesas e saímos como três furacões catrinas.

---Todos na minha casa?--- Pergunto entrando no carro.

---Ah não! --- O Miguel reclama. ---Eu já aguentei a Franchesca o dia inteiro, eu não vou aguentar o Porrangelo com crise de ego, desculpe-me Cappo, mais vai ficar pra próxima!--- Diz entrando em sua Ferrari branca.

---Figlio della puttana! ---Rosno

---A senhora Stephania  saberá disso...---Reviro os olhos e ele arranca com o carro

---E você Rapha?--- Ele sorri sacana e meu alerta "Merdas do Raphael começa a piscar"

---Você acha que eu vou perder de ver a futura senhora Raphael Ferrari?--- Reviro os olhos.

---Já disse para você ficar longe da minha governanta, não quero ser malvado com você priminho.

---Ciúmes? ---Ergue uma sobrancelha.

---De um merda como você? Nem fodendo...

Bufo, bato a porta com força e saio com o diabo tomando conta do meu corpo.

***

Chego em casa vou direto tomar um banho. A água é a única coisa que me acalma. Encosto a cabeça no mármore preto fechando os olhos. E então um certo par de olhos verdes aparecem como o diabo para me infernizar.

Saio puto do banho antes que eu surte e quebre o box de vidro. Me seco e enrolo a toalha na cintura. Mesmo do meu quarto eu consigo ouvir o tom de voz que Rebecca usa para se comunicar com Raphael, assumo que não gosto de tal proximidade, meu primo não presta, e ela parece ser uma garota legal.

Visto uma box, um shorts de alfaiataria azul e uma camisa de linho branca, passo perfume e desço pacientemente procurando não me estressar com as bobagens do meu primo que parece ter 5 anos de idade.

O jantar foi calmo, tenho que admitir que a Romani tem mãos de fada.

Tudo estava no mais perfeito zen, até o assunto do casamento ser puxado. Surto, grito com o Raphael e para não mata-lo saio da mesa. Subo as escadas como um furacão e desabo na cama jogando um travesseiro na parede para descontar a ira que carrego.

***

O relógio no criado mudo marca três e meia da manhã.

Não consegui tirar a porra de um cochilo!

Qual é Deus, ta tirando uma com a minha cara?

---Cazzo! ---Rosno quando sinto minha barriga praticamente criando pernas e saindo sozinha a procura de comida.

Para não morrer de fome, visto um shorts, ja que tenho o costume--- Feio , segundo minha mãe... ---de dormir pelado.

Desço os lances de escada, e atravesso os corredores pelo o escuro. Mais ao chegar na cozinha vejo as luzes acesas e a Romani sentada pensativa no balcão de mármore enquanto come alguma coisa.

Mais cliché que isso impossível!

Me aproximo mais ela não vê minha presença até eu falar.

---Tem um pouco para mim também? ---Ergo uma sobrancelha cruzando os braços. Seus olhos verdes arregalou-se e ela imediatamente pula do balcão.

---Sen-Senhor... ---Gagueja.

Abro a geladeira pegando várias coisas.

---Achava que apenas eu tinha o velho habito de comer durante a madrugada... ---Digo pegando pão para fazer sanduíche.

---Deixa que eu faço pro senhor. ---Nego com a cabeça.

---Posso fazer um simples sanduíche, não sou aleijado. ---Dou de ombros. ---Bom, já são quase quatro horas da manhã,Porque não esta dormindo?

---Eu... É... Eu, droga!--- Rosna e eu sorrio baixinho. ---Eu estava com fome. ---Completa envergonhada.

---Compreendo Romani.

---Rebecca, me chame de Rebecca senhor. --- Termino de montar o primeiro sanduíche.

---OK Rebecca.... ---Digo experimentando como fica seu nome em minha boca. ---Está sendo muito trabalho pra você? Gostou das suas acomodações?

---Não não senhor!--- Se apressa em falar. ---Eu estou acostumada com o trabalho, e eu adorei as acomodações, eu e Casthiel estamos confortáveis.

---Eu achei que fosse muita coisa pra você sozinha, até porque você cuida de uma criança. ---Monto o segundo e coloco em sua frente.

---O Tito não da trabalho, e eu até ja achei uma creche pra ele.

---O que o menino é seu?---Mordo o meu sanduíche com vontade.

---Filho. ---Me sento com uma expressão surpresa.

---Você não é muito jovem?--- Uno as sobrancelhas falando de boca cheia.

---Sim, Mas eu engravidei muito cedo... --- Sorri sem graça. ---Tenho 21 anos sou jovem mas nem tanto, engravidei aos 18, desde então sou a mulher mais feliz do mundo por ter aquele Serzinho comigo.

---Se ter 21 é ser jovem mais nem, tanto então eu sou praticamente um ancião, afinal carrego o peso dos trinta anos nas costas--- Dou mais uma mordida caprichada enquanto ela gargalha, jogando a cabeça para trás.

---Essa foi boa... ---Diz secando uma lágrima.

---Você é italiana mesmo, ou é imigrante?

---Italiana de verdade. Nasci e me criei em Nápoles. ---Murmuro um hum ja que estou com a boca cheia. ---Aos 17 vim para cá.

---Então você gostou de Roma. ---Concluo e ela assente.

---Roma é incrível! ---Fala empolgada. ---É linda e aconchegante, tudo tem cheirinho de casa...

Suspira e eu sorrio. Ela não perdeu o jeito de menina, e isso é encantador. Seu sorriso é relaxado e em seus olhos está presente o brilho da juventude, esse que eu perdi quando fui mandado para o treinamento mafioso, a muito tempo não conhecia uma mulher como Rebecca, tão forte, corajosa e determinada, é de encher os olhos a forma como é destemida e em seus olhos também posso enxergar que ela é capaz de qualquer coisa pelo filho, e isso me deixa fodidamente interessado em sua história.

***

Senhores Ferrari- Gabriel (Revisado) Onde histórias criam vida. Descubra agora