Há nove meses, eu me arrisquei em um trabalho voluntário por influência do Jeremy. Na verdade, ele iniciou o trabalho de reformar o lar de idosos e foi convidado para a festa de reinauguração e me levou com ele. Conhecemos várias pessoas e a diretora pelo lar nos apresentou os projetos que estavam em andamento, um deles era o apadrinhamento de idosos. Cada pessoa poderia escolher um idoso para apadrinhar, Jeremy e eu nos empolgamos e acabamos apadrinhando 8 idosos. Na verdade, apadrinhamos todos. Eu amo aquele lugar, eu nem sabia que a essa altura do campeonato o que eu precisava na minha vida era um trabalho voluntario com um monte de idosos me contando sobre sua visão de mundo. Eu amo! Todos os sábados, meu compromisso pela manhã é com eles e amanhã não poderia ser diferente. Aliás, amanhã é a festa de comemoração da dona Máslova. Ela é absurdamente o meu amor, carinhosa, dedicada e carismática. Ela falou que me conhecer foi a válvula de escape que ela precisava, mas na verdade ela nem sabe que eu que precisava conhecê-la.
William e a Kate, estavam sentados tomando café.
—Bom dia Heli, Bom dia Will e Kate. _ Helena serviu o meu café.
Me sentei ao lado do William.
—Bom dia amor! _Will me deu um beijo na bochecha.
—Bom dia cunhadinha.
Helena fechou a garrafa e sorriu.
—Bom dia Mel, o Doutor Henrique consultou o meu pai e você acredita que nem vai mais precisar de fazer a cirurgia? Nossa foi um alívio para nós, o que vocês fizeram! Muito, muito obrigada!
Ela sorriu, seus olhos brilhavam, estou muito feliz por ela.
—Sério? Nossa, estou muito feliz por vocês!
Me levantei e a abracei.
—E nós então?! São 14 mil dólares a menos!! Ele vai precisar só se consultar de dois em dois anos e tomar o remédio que o Doutor Henrique passou para ele. Ele foi tão gentil conosco, eu estou muito grata a vocês!
—Ainda bem que ele não vai precisar passar pelo procedimento cirúrgico. Em senhores de idade a cicatrização é bem mais demorada. Que bom que deu tudo certo! _William falou.
—Sim, muito obrigada!! Com licença.
Helena sorriu e saiu da cozinha. William tomava seu café olhando para a Katherine, provavelmente pensando quais as novas ordens que ele deixaria para a Kate cumprir e quais as ordens Kate decidiria ignorar.
—Kate, quando eu fui te chamar para o café, o seu quarto estava uma zona. Sabe que você vai arrumar, não é? _William calmamente alertou Kate.
Ela não iria cumprir nada. Tenho certeza. Katherine não sabe arrumar nem a própria cama.
—É... eu acho que nem toda a coragem do mundo faria eu deixar aquele quarto arrumado! Helena faz isso bem melhor que eu e com muito menos tempo.
Kate era uma bagunceira nata e isso ninguém tinha um pingo de dúvidas. Quando ela vem aqui para casa, o William se empenha em fazer ela arrumar a própria bagunça. Sempre falha totalmente em sua nobre missão e sempre sobra para a Helena arrumar a bagunça dela.
—Não sei como você vai fazer, só sei que na hora do almoço eu aconselho você a já estar com o quarto arrumado.
O olhei. Em que mundo paralelo eu estou vivendo que o William Grant vem para o almoço cinco dias seguidos?
—Mel, não vai falar nada? _Kate me olhou me retirando do meu transe momentâneo.
Modéstia parte, eu não me atreveria a refutar os argumentos do William. São validos e inquestionáveis e fora que aquilo lá está uma zona e a Katherine precisa aprender algo sobre limites e organização. Quem sabe arrumando a própria bagunça não é o começo?
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O que eu amo em você
RomanceTodo mundo quer acreditar no amor eterno. Ela mesma havia acreditado, quando tinha 18 anos. Mas sabia que o amor era difícil, assim como a vida. Sofria reviravoltas impossíveis de ser previstas ou mesmo entendidas, e deixava um longo rastro de arrep...