Capítulo 29

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BÔNUS WILLIAM

A visão era tonteante, Melissa agora estava olhando fixo para a sua paixão de adolescente. Dá onde esse homem surgiu? Porque ele tinha que estar aqui, falando sobre alguns assunto os quais eu não conseguir prestar atenção, ele interagia com todos, Jeremy e Sadie parecia super familiar para ele.

— Você foi embora igual a um desvairado, terminou com a Mel e nem se despediu da gente. Aí aparece anos depois dizendo que agora tem uma família, filhos! Caraca que saudades, a gente tentou contato tantas vezes_Jerry o abraçou.

Melissa espontaneamente segurou minha mão e sorriu. Eu queria saber o que se passa na cabeça dela nesse exato momento, queria saber também qual o motivo de ela ter surtado de manhã.

—Eu... Foi rápido, não é? Aconteceu tudo muito rápido, vocês... Vocês continuam os mesmos, mais bonitos, mas os mesmos! _Ele sorriu desajeitado e olhou de relance para a Melissa.

Lawrence, era o homem que divertia a todos aqui, nesse momento. Minha mão agora agarrada a da Melissa estava formigando. Eu estava com ciúmes de um simples encontro? Simples? Não, não era simples. A paixão de infância, o antigo melhor amigo da minha esposa estava aqui, conversando alegremente com todos. E se... Para William! O que é isso? Aos 45 do segundo tempo?

— Foi um prazer revê-lo Lawr, mas eu preciso ir. Dias de grávida, entende? Vamos amor? _Se soltou do meu braço e se despediu de todos.

Me despedi deles e o Lawrence segurou a mão da Mel.

— Você palmitou legal hein, Melissa! _Ele gargalhou e a abraçou como se fosse muito engraçado e provavelmente era, todos riram. Por que eu não sabia o que era palmitar? Estou me sentido um leigo.

Ela me olhou e como se analisasse todas as minhas feições sorriu.

— Eu palmitei legal, não é? Paguei minha língua felina! _Ela sorriu.

— Foi um prazer William, felicidades a família!_ pegou na minha mão, bem adulto da parte dele até, será que o infantil sou eu?

— Obrigado! Boa tarde a todos. _Nos despedimos de todos e saímos do restaurante.

Estava inquieto, precisava confrontá-la. Palmitar? Aliás, ela palmitou? O que é palmitar

— O que é palmitar? _Coloquei o cinto e ela se ajeitou no banco colocando a bolsa atrás e retirando os pequenos saltos.

Ela sorriu e bebeu água.

— Ah, nada demais. Eu falei que nunca iria me casar com... nunca iria me casar com branco.

A olhei. Não iria? E se casou?

— Ué e se casou por quê? _A olhei de relance.

Ela sorriu.

— Amor está com ciúmes? Para de bobeira! _Alisou minhas bochechas.

— Ciúmes? Estou é puto da vida. Talvez a gente tenha que conversar sobre a gente, não é? Afinal você palmitou. Foi por isso que surtou na minha sala? Aquelas perguntas em noção alguma? E DO NADA! Que saco meu! Que saco!

Ela abriu o vidro.

— Besteira William, não tem nenhum motivo para isso.

Revirei os olhos. Eu estava com raiva, imaginá-lo com ela me dava raiva, soquei o volante. Amigos, amigos porra nenhuma.

— Qual é? Você chega na minha sala, me despeja perguntas sem noção alguma, foge de mim e aí vamos almoçar E OLHA SÓ QUEM APARECE, "LAWR"! Você nem queria que fosse almoçar com vocês, não é?

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