O que eu amo em você

Capítulo 26

Sete meses e meio de gestação e até agora o meu bebê não quis se revelar para nós. Em partes eu fiquei frustrada, putz! Eu nem montei o meu enxoval ainda, o quarto do meu bebê é lilás, mas poxa! Eu queria decidir o nome, queria colocar detalhes personalizados em roupas, lembrancinhas, bolsas e em todas essas coisas que as mães fazem para os filhos.

Nesse momento, William e eu estávamos sentados na sala de espera aguardando chegar a nossa vez para que possamos fazer a ultrassom. William se mostra bem satisfeito, já que tem a plena certeza de que o bebê é menino e bom, eu não tenho um palpite formado, mas claro que o contrariei. Disse que era menina e que tinha certeza disso, obvio que eu não tenho né. Nem mesmo um palpite incerto, uma intuição, sentimento, sei lá. Péssima mãe, não é?

— Preparada para ver o nosso meninão?

William segurou minha mão e a beijou.

— Preparado para ver a nossa garota e ficar os primeiros quatro meses com os cuidados pela madrugada?_ sorrir.

Apostamos é claro, se for menino o William escolhe o nome e se for menina ele vai ficar os quatros primeiros meses em trabalho intensivo  pela madrugada. Pelo que aquelas mães falaram naquelas aulas sobre bebês que o bobão do William nos inscreveu, os quatro primeiros meses serão os mais difíceis. Espero que não, mas se rolar, os cuidados serão por conta do William, se for menina é claro! Bem, eu estou ansiosa e esperançosa, talvez hoje seja o dia.

Bem, eu estava assim nas últimas ultrassons e não deu em nada, não é? Talvez eu não tenha isso de intuição.

A médica abriu a porta e nos avisou  que era a nossa vez, calmamente me acomodei na maca e levantei a minha blusa para que fosse realizados o procedimento.

Doutora Norah Hozier  calmamente se preparava para realizar o procedimento de ultrassom obstétrico, ela passou um gel em minha barriga e com a ajuda do transdutor começou  a deslizar sobre minha barriga. Logo o delicioso som do coraçãozinho do bebê tomou conta do ambiente.

Olhei para o William que estava embasbacado olhando para a pequena tela ao nosso lado, abobado ele nem piscava para não perder nem um milésimo de segundo sobre a informação do nosso bebê. Ele segurou a minha mão, sem tirar os olhos do bebê que aparecia na telinha. Era maravilhoso esse som, esse bebê e esse William.

Era maravilhoso parar e imaginar o quão incrível será ter um bebê, cuidar de um bebê e amar um bebê só nosso. Será maravilhoso estar presente quando ele fizer as primeiras descobertas e ter o primeiro contato com o mundo exterior, eu estava ansiosa por isso, eu queria muito ter logo o meu bebê para cuidar e me apaixonar juntamente com William sobre o novo pedacinho de gente que em alguns meses faria parte de nossa vida para todo o sempre, eu estava extasiada apenas de imaginar isso.

— Está prestando atenção no nosso meninão, amor? Olha como ele é lindo!_ William falou e eu me virei bruscamente para a doutora.

Ela sorriu juntamente com o William.

— Nada disso ainda, apenas estava informando o quão saudável o bebê está._ ela sorriu.

O William gargalhou feliz da vida, que idiota, conseguiu me enganar.

— Acho que o bebê não vai querer se mostrar para gente de novo!_ bufei.

A doutora sorriu.

— Bem, aparentemente hoje o bebê de vocês estar de muito bom humor e resolveu de fato se revelar sendo ...

William se levantou com os olhos arregalados, o pequeno suspense que a médica fez por um momento fez  meu coração errar as batidas.

— O que?_ a olhei estatizada.

Ela sorriu e olhou para o William apavorado ao seu lado, ele nem sabia o que estava na tela, mas eu tenho quase toda certeza do mundo que ele não estava pronto para receber a notícia.

— Uma menina! Uma bela de uma menina, grande, saudável e aparentemente muito feliz!

Ela falou eu gargalhei, olhei para o William  ainda atônico com a informação

— Aí os refrescos das quartas pela manhã._ gargalhei me levantando da cama.

O William aparentemente teve sua alma de volta ao corpo e conseguiu sibilar algumas palavras.

— É real?  Eu vou  ser pai de menina! Eu estou extasiado!_ me abraçou e me deu um selinho.

Ele olhava abobado para o monitor da sala e para a médica. Sorrir, De fato, agora ele sentiu o peso da informação, esboçava um enorme sorriso e não parava de olhar para a tela do computador.

— Pode ter certeza, inclusive, em meus vinte e dois anos de profissão, eu nunca errei uma ultrassonografia! Parabéns pela garotinha!

Ela nos abraçou cordialmente.  Os despedimos e saímos da sala, William agarrou a minha mão a beijando em seguida.

— Preparado para os quatro meses acordado pela madrugada?_ falei enquanto ele se acomodava no carro.

Sorriu colocando seu cinto.

— Eu estou absurdamente feliz, nem ligo de ficar acordado pela madrugada. Eu vou ser pai de menina!_ me beijou.

*

William enlouqueceu, saímos do centro médico direto para uma loja de bebês. Ele estava extasiado, queria comprar absolutamente tudo de menina que via pela frente. O parei quando ele completou dois carrinhos cheios. Helow, eu não quero criar um bebê consumista não, já basta os pais.

Eu estava no caixa passando as coisas enquanto ele estava perdido em algum corredor da enorme loja. Até agora a moça já havia passado 43 peças de roupas infantil, o meu marido surtou e eu não tenho nenhum pingo de dúvida.

— Mô, peguei esse hidratante para você! Li que é muito bom para a barriga. Pensei em pegar alguns sutiãs ou alguma coisa que grávida precisa e embora eu já tenha apertado os seus peitos, eu fiquei em dúvida entre o M e o G. então vai lá pegar!

Ele chegou colocando mais uma cesta de coisas no caixa. O olhei atônica.

— Também não precisa sair falando por aí que já apertou meus peitos!

Ele e a vendedora sorriram.

— Vai lá, escuta o conselho do maridão!_ a moça que passava nossas coisas falou.

William sorriu.

— Eu não...

— Vai logo sua gostosa!_ William me deu um tapa de leve na bunda e eu lhe mostrei meu dedo do meio como forma de protesto.

Mãe de menina e com um marido absurdamente surtado, eu não poderia estar mais feliz.