Capítulo 15

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Seis horas e quinze minutos da manhã, seis  fuck horas da manhã o William ordenou que eu estivesse na empresa, reitero, às seis da manhã! Ele queria um encontro comigo para checar o contrato da empresa, antes da reunião com o CEO da Philborg P. A empresa tem as melhores modelos da Flórida e William já queria deixar o acordo firmando antes de voltar para Los Angeles. Então o William estava fazendo até o impossível para sair tudo perfeito.

Além disso, é o nosso último dia aqui na Flórida, custava ele deixar eu ter o dia de folga para me despedir das pessoas e encontrar os amigos que eu fiz aqui? Não, é claro que o meu querido chefe não me daria o último dia de folga e muito menos deixaria que eu chegasse a sua tão renomada empresa ao menos até as 10:00hrs. O sol ainda nem nasceu! Puta que pariu William!

— Aí olha, ser funcionária do William não está dando para mim não. Bom dia, Carol! _passei pela Caroline que assumia uma postura impecável sentada em sua cadeira, com alguns papeis ao seu lado e um copo térmico enorme com certeza cheio de café.  Caraca são seis da manhã, só tem nós e os seguranças lá embaixo. William me paga.

Ela sorriu.

— Bom dia, esse horário é novo para mim também. É só bater e entrar.

Dei dois toques na porta e entrei.

William estava vestido em uma calça social preta e abotoando sua camisa.

— Bom dia CEO.

— Mel!_ se virou para me olhar_ está atrasada.

— Qual é? Você ainda está se vestindo.

— Mas já estou aqui a 15 minutos!

Revirei os olhos.

— Certo, podemos começar?

— Devemos.

Fixei meu olhar nele e comecei a falar sobre o contrato. Ele abotoou toda a sua camisa e colocou uma gravata preta, enfiou os dedos entre os cabelos e os ajeitava frente aos vidros de sua sala.

Poderia muitíssimo bem ir até o espelho de seu banheiro, eu acho um absurdo ele ter um banheiro enorme só para ele e claro, não posso esquecer do elevador presidencial. Ele também tem essas regalias lá em Los Angeles. Estou seriamente pensando em conversar com o senhor Marlboro, sobre a possibilidade de eu ter essas regalias lá na Marlboro também.

Sério que o William e eu nos divorciamos? Os papeis já estão prontos e só faltam ser assinados, claro quando acabar esse acordo bobo de darmos um tempo para o nosso casamento, daí William e eu finalmente não seriamos mais um casal. Isso chega a soar estranho.

— Certo. E quanto aos benefícios que a GP levaria?

Suspirei. Eu ainda estava falando sobre os contratos? Essa era a parte boa e profissional que existia em mim.

— Ah só um momento. _folheei pausadamente as folhas em minhas mãos, eu sabia, mas precisaria revisar para expor com veracidade.

— A GP ficaria com cerca de 65% dos lucros, entorno de 1 a 2 milhões a mais no contrato.

— Certo. _ele se levantou.

— E pelo que Salles me passou, é uma exigência do Luiggi a Alanna na campanha, ele te falou não foi?

Ah isso com certeza ele já estava sabendo, se Luiggi não contou, certamente Terry fez as honras, sinto que meu digníssimo cunhado tem algum plano macabro de introduzir Alanna de volta ao convívio dos Grants  a todo custo, eu não tive coragem o suficiente para perguntar se nesses dias, ao reencontra-la ele reacendeu alguns dos sentimentos por ela, eu não saberia lidar com a resposta longe da minha bolha, depois de amanhã se cumprirá o final do tempo em que dermos para nós, e ao que tudo indica, nós dois iremos mesmo nos divorciar. Balancei a cabeça para tentar desviar esses pensamento, eu precisava do foco e por enquanto eu ainda estava no meu local de trabalho.

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