Quando eu ouvir Miller Kepler Windsor, confessar o crime que cometeu com tamanha exuberância e de forma tão plena, eu entrei em êxtase. É claro que eu tinha em mente fazê-la confessar, mas não esperava que fosse de forma tão perfeita. Brooke foi inocentada e além disso, eu ganhei a aposta. 15 dias sem trabalho e sem Julian. Presenciar a cara do Jordan ao ver que o caso que ele bateu o pé dizendo que eu não iria ganhar, estava ganho, foi de uma felicidade sem tamanho. Eu estava eufórica, me gabei ontem quando a audiência terminou, me gabei quando dei as entrevistas, me gabei até para o meu chefe, que de alguma forma sabia que Brooke era inocente.
Eu ganhei quinze dias de folga, porém, só irei tirá-los depois que eu chegar do Grants Weekend. Terei que viajar para a Florida amanhã, para substituir o Salles na empresa do William. Óbvio que eu recusei, visto que eu teria que trabalhar com o William por um mês em outro estado, não estamos nem nos falando, seria muito óbvio que não daria certo essa parceria de poucos dias. Mas, o senhor Marlboro me intimou a ir, Salles está de licença paternidade, acompanhando o primeiro mês de vida do seu bebê que nasceu na semana passada. Eu não tive escolha, amanhã eu embarco para a Florida com o meu novo chefe e ex-marido, conhecido como William panaca Grant.
Senhor Marlboro me liberou na parte da tarde para arrumar minhas coisas para a viagem e eu teria pouco tempo para fazer todo o processo de arrumas malas, documentos e claro, me preparar psicologicamente para agir como profissional . A parte "boa" de eu pegar as minhas folgas depois que chegar é que eu já vou estar divorciada e vou ter tempo para organizar minha vida e sei lá, minha nova casa também. Além disso, depois que eu chegar da Florida, eu terei que ir direto para a casa da mãe do William, para o "Grant's Weekend", pois, prometi para a dona Nice que iria para esse encontro dos Grant's. Ela não sabe, mas na verdade essa é a nossa despedida.
Helena estava concentrada em arrumar os livros milimetricamente justos e por ordem alfabética na estante da sala. Segundo ela, uma estante de livros arrumada, traz uma paz para a visão do ambiente. Helena trabalha com Grant desde antes de namorarmos, segundo ela, quando ele completou a maioridade, decidiu morar sozinho, daí a mãe dele deu um carro, aliás, trocou o carro dele e o pai dele deu um apartamento. A Helena foi contratada para trabalhar nesse apartamento. Inclusive o apelido "Heli" foi eu que dei a ela.
—Helena! Come alguma coisa comigo? Estou com saudades de fazer bolo de chocolate, nunca mais eu aprontei nessa cozinha.
Ela sorriu e desceu da escada.
—Saudades de quando você e William emporcalhava a minha cozinha, fazendo as vossas maluquices!
Era verdade, William ama cozinhar e sabe fazer muito bem, por sinal. Parece que eu me casei com aqueles carinhas de fic adolescente do Wattpad. Bonito, bem-humorado, carinhoso e que sabe cozinhar? WOW perfeito! Perfeito nada, me deu de presente um maravilhoso par de chifres. Pelo menos a Candece é bonita, se isso serve de consolo. (Serve?)
Sorrir.
—Fazíamos mesmo não era? Ainda lembro de você expulsando a gente daqui.
Balancei a cabeça. Esses pensamentos não podem voltar e não vão voltar. Agora era um novo tempo e seria irresponsabilidade da minha parte iludir a Helena.
— Pior era quando vocês tentavam limpar, para segundo você, não apanhar da Helli. _ Helena gargalhou, um sorriso alto e contagiante que me fez sorrir junto.
Nunca tratamos Helena como uma funcionária. Claro que não, ela é mais que isso. Helena faz parte da nossa história. São dez anos, dois de namoro e oito de casados e ela sempre nos acompanhando. Ela é perfeita.
— É, tempos passados. Enfim, resolveu as burocracia da escola da Beck? _Peguei os ingredientes do bolo.
Ela suspirou e entendeu que falar do William não era o melhor nesse momento. Ela sabia que eu vinha o evitando a mais de quinze dias e não concordava com isso é claro, mas respeitava e era o melhor.
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O que eu amo em você
RomanceTodo mundo quer acreditar no amor eterno. Ela mesma havia acreditado, quando tinha 18 anos. Mas sabia que o amor era difícil, assim como a vida. Sofria reviravoltas impossíveis de ser previstas ou mesmo entendidas, e deixava um longo rastro de arrep...