Capítulo 22

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Bem, nossa viagem de aniversário de casamento se iniciou há cinco dias. No primeiro dia dentro do navio a empolgação não cabia dentro de nós. A partir do segundo dia, eu comecei a sentir a maresia e a troca de ambiente, o que de fato nunca me fez mal, porém aqui, exatamente aqui no navio me deixou absurdamente enjoada e com tontura. E bom, no quinto dia me fez ficar de cama tentando me controlar para não colocar tudo que eu tenho e o que eu não tenho para fora. De brinde, ganhei o William no meu pé ligando desesperadamente para a mãe dele para ela me dá um pré diagnostico. Helow! Eu só preciso dormir e sair desse navio. Nada de mais.

Aparentemente, para minha sogra não é apenas um enjoo qualquer, já que fez o William comprar dois testes de gravidez para eu fazer. E bom, eles não iriam me deixar em paz enquanto eu não fizesse, mesmo comigo explicando que não havia nada de diferente no meu corpo e que o meu ciclo menstrual estava perfeito eles não sossegaram e aqui estava eu, sentada no chão do vaso sanitário esperando o teste aparecer negativo, para que as duas criaturas me deem outro diagnostico.

Suspirei e fechei os olhos, parece uma eternidade quando você precisa que dez minutos passe de forma rápida.

— E aí amor? Já?

William me esperava ao lado de fora do banheiro com a mãe em chamada de vídeo. Suspirei. Um pontinho não gravida, dois pontinhos gravida.

Ah, é importante ressaltar que eu estava de costas para os dois testes, pois, mesmo tendo a certeza da minha não gravidez, eu não queria ficar ansiosa nesse meio tempo ( embora eu esteja, é claro)

Me virei para encarar os testes, os dois com as duas listas vermelhas no pequeno painel. Meu coração acelerou, espera, dois pontinhos é positivo ou negativo?

— Amor? Está tudo bem?

Está? Eu estou gravida? Tem a possibilidade do falso positivo? Eu vou surtar, preciso de agua, ar puro, estou tremula, estou gravida. Que? Eu estou gravida? Eu não posso confiar nesses pequenos objetos, claro que não, e se eles se enganaram?

—MELISSA!!

William se desesperou atras da porta e me tirou do meu transe momentâneo, respirei fundo e me levantei pegando os testes. Abrir a porta e o encarei.

—Duas listas, em ambos.

Provavelmente eu estava pálida e sem nenhuma concentração, nem ao menos para ver a gritaria e comemoração do William com a mãe. Ok. Deve ser positivo então.

— Ô minha linda, você está gravida! Que felicidade!_ dona Nice melancolicamente falou pela tela do celular.

William pulou exageradamente feliz e o meu mundo parou, grávida? Grávida? GRÁVIDA? COMO ASSIM GRÁVIDA? EU REALMENTE ESTOU GRAVIDA?

—Espera... Qual a porcentagem de autenticidade desse teste?_ peguei o celular da mão do William que me olhava embasbacado.

—98% de certeza. O teste só reage positivo com a presença do HCG que é um hormônio que só aparece na gestação. Mas se acalme ok? Sei que é novo, mas respira você está pálida!

Suspirei. 98% não são 100%. Ok, ainda tinha 2% de chance de não estar.

Mas espera e se eu estiver? Eu vou ter um filho? Eu não tenho preparação psicológica para um bebê de verdade sob minha total responsabilidade. Eu até acho linda a ideia é claro, mas, é um BEBÊ DE VERDADE! Como que essa criança vai sair de dentro de mim quando estiver no tempo? Eu estou com medo, mas calma, ainda tem 2% de chance de não está. Vou me apegar a esse número mini, eu não estou gravida. Esse teste deve ter se confundido, claro! Eu devo ser a um em milhão

— Amor vamos ter um bebê! Eu amo você, garota! Eu.. eu.. eu te amo tanto. _me girou no ar.

Ele não deveria ter feito isso afinal, meu mundo ainda está girando.

—Para... para eu vou vomitar. Não me gira! Ainda tem 2% de chance de não ser verdade.

Ele me colocou no chão e me abraçou.

— Tem noção que vamos ter um bebê? 98% são maiores que 2%. Isso explica o que você estava sentindo. Não acredito que não pensamentos nessa hipótese. Não acredito, pai!!

Me sentei na cama e tentei controlar minha respiração, além de ter que lidar com essa nova noticia da minha realidade maternal, teria que aguentar o William assustadoramente empolgado sobre sua nova realidade paternal.

— Tem noção que eu estou assustadoramente tremula? Eq eu vou ficar parecendo uma melancia rolando pelos cantos? _Sorrir trêmula. Eu estava com medo, mas não podia ignorar a possibilidade da minha vida virar de ponta cabeça. Talvez mais tarde a ficha caía. São 98% de chance, eu queria chorar.

Eu sabia que essa gravidez era tudo que o William queria, ele sempre abria brechas sobre o quanto era incrível a possibilidade de termos um filho e o quanto esse era o seu maior sonho, toda vez eu dava um jeito de escapar desse papo e acabava o enrolando, aparentemente agora eu caí no conto do vigário e estou gravida. Ele me pegou no colo.

—Mel, eu estou explodindo de felicidade, você sabe o quanto eu amo crianças e o quanto e queria ser pai. Acho que esse é o meu maior sonho! Ter um filho com você está além de tudo que eu imaginei. Eu a amo, ele vai ser tão lindo. Droga, eu quero contar para todo mundo, o tamanho da minha felicidade.

—Talvez tenhamos um mini baby em nossas vidas de presente de aniversário de casamento _sorrir_ Dá para acreditar?

Não dava, pelo menos eu não queria acreditar ainda.

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