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~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~Quinn estava tentando achar uma solução para sua vida. Ela estava entre o certo a se fazer e o mais fácil a fazer, e os dois eram bizarramente difíceis de optar. Talvez devesse logo admitir para si mesma que gostava de Rachel de um jeito diferente, de um jeito romântico.
Às vezes começava a dizer para si mesma que devia lutar por ela e jogar tudo para o alto. Mas e o resto? E os que as pessoas diriam? Além do mais, não poderia decepcionar Sue, isso seria como assinar um pacto com o diabo, quase como dar total liberdade para ter sua vida tornada em um inferno.
E se Rachel realmente não gostasse dela? Afinal, nunca tiveram a confirmação de que Berry era lésbica, sempre andaram nessa incerteza. Ela não podia controlar os sentimentos da baixinha. Quinn mal conseguia controlar os seus próprios!
Queria confessar logo para alguém maduro tudo que estava acontecendo em sua vida, mas ninguém parecia ser compreensivo o suficiente. Sem Rachel ela via-se sem amigos, num beco escuro e aterrorizante.
E doía estar sozinha.
– Quinnie? – LeRoy chamou, aquele tom ameno e amigável como o usual. – Está tão diferente, tristinha, parece. O que houve? – Perguntou, preocupado.
Quinn deu um suspiro de exaustão. E tal cansaço nem era causado pelos exagerados treinos das Cheerios, ou pela caminhada até em casa. Era algo bem maior e mais intenso que isso.
– Você sabe que pode contar sempre comigo, não é, Quinnie? Você é como se fosse uma filha para nós. – Garantiu o homem.
– Como eu posso explicar isso, Sr. Berry? Tem coisas que não podem ser contadas.
– Eu juro segredo e compreensão. – O homem sorriu e segurou sua mão num ato que lhe passava confiança. A loira respirou fundo, sentindo toda aquela confusão machucando e espetando seu peito. - Me conta o que aconteceu, vai.
– Tudo bem.
[...]
Suspirou.
Ela sentia-se tão errada por estar saindo com Finn Hudson, por estar claramente vivendo uma mentira. Sempre que pensava o quão desonesta estava sendo consigo mesma e com o pobre garoto começava a lembrar de Quinn, lembrar-se das palavras doces que lhe dissera mais cedo.
Droga! Por que não conseguia tirá-la de sua cabeça por um segundo?
Queria sentir algo por Hudson, queria ao menos ter paciência para fingir isso. Queria ao menos tentar tal coisa. Mas as piadas estúpidas do rapaz não lhe tiravam gargalhadas, seus beijos não eram bons e não lhe faziam formigar, não significavam nada. Ele era o garoto perfeito caso quisesse construir uma imagem boa para o McKinley - que era o que ela queria há algum tempo -, e ao mesmo tempo, ele era completamente errado para ela.
Nem os pãezinhos do Breadstix estavam fazendo a noite valer a pena, pareciam ter perdido o encanto, diria. E mesmo sabendo disso Rachel preferiu fingir que teria estômago para dar-lhe uma chance – aos pãezinhos e à Finn.
– Então, Rachel... Minha mãe não estará em casa hoje e... – O garoto parecia ansioso e entusiasmado. Aquilo soou ridículo e patético aos olhos de Rachel, que ponderou e tentou não falar algo muito "ácido".
– Finn. Não, por favor. Vamos com calma. – Pediu. – Eu estou tão confusa ultimamente, as coisas andam uma bagunça. – Desabafou com um semblante de cansaço estampado em seu rosto moreno.
– Desculpe. É que eu realmente gosto de você, Rachel. – Deu um sorriso discreto, de lado, até bonitinho.
– Finn. – Ela mordeu o lábio inferior, franziu o cenho e tentou ser o mais delicada possível. – Vamos com calma.
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The Faberry Mission
ФанфикA vida de Quinn Fabray durante o Ensino Médio soa perfeita, ela não só é a garota mais popular como a mais desejada do William McKinley High School. Por outro lado, Rachel Berry é o seu oposto - e é o suficiente para abalar sua sanidade. Enquanto as...