Capítulo 32 - Cartaz

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Quinn Fabray e Rachel Berry haviam quebrado completamente as regras básicas dos filmes clichês adolescentes; e elas não hesitavam em achar que a versão delas era demasiada superior do que todas as bobagens que passavam no cinema.

A menina desengonçada de suéter de veado fica com a líder de torcida vadia loira do mal, e o quarterback “gostosão”? Ele estava longe de ser o príncipe encantado que a televisão sempre tentou lhes convencer que poderia existir.

Finn Hudson estava bem mais para sapo do que para galã dos filmes da Disney. O garoto era, na verdade, uma grande e incomodativa pedra no sapato de Faberry, uma pedra que elas deveriam dar um jeito de se livrar... E logo.

Desde que a sessão de carinhos praticamente incessáveis entre as duas jovens havia iniciado elas evitaram pensar muito na bagunça do mundo lá fora. Por algumas gratificantes horas as duas permitiram-se usar as quatro paredes do quarto de Rachel como um escudo para tudo que teriam que resolver quando levantassem.

– É bom que tenha ligado para Lopez avisando que vai dormir aqui hoje. – Rachel disse, assim que notara os olhos da loira abrirem gradativamente. – Apesar de que a senhorita já dormiu demais. – Lembrou.

Quinn procurou os dedos da menor por entre os lençóis e os entrelaçou com certa urgência, enquanto a fitava e abria um sorrisinho extremamente discreto.

– Foi bom? A sua primeira vez e tudo mais. – Perguntou num tom levemente receoso, uma clara ansiedade instalando-se em sua íris cor avelã. – É que... Fiquei com medo que eu pudesse estragar uma experiência desse tipo.

– Você estragaria se não fosse você aqui. – Garantiu, apertando sua mão. – Também fiquei com medo, Q. Você continua sendo Quinn Fabray e isso é meio intimidador. – Confessou, rindo logo em seguida como se houvesse dito uma estupidez. – Desculpa, é só que... Eu nunca pensei que seria tão sortuda.

– Fico feliz que tenha sido com você... E, posso soar ciumenta, mas fico feliz que eu tenha sido sua primeira vez. – Riu, desviando o olhar. – Ficaria realmente frustrada se você escolhesse o saco de batatas; digo, você seria meio burra se fizesse isso. – Falou em tom zombeteiro e deu de ombros em seguida.

– Ei! Isso não é uma competição. – A morena protestou, franzindo o cenho.

Quinn deu um longo suspiro.

– O que quero dizer é que não quero ver a garota que amo cometendo esse tipo de imbecilidade. Aliás, falando no Finnbecil... Você dirá a ele? – Indagou com certa hesitação. – Digo, você precisa contar, certo? Você vai con...

– Quinn, relaxa. – Interrompeu. – Eu vou conversar com ele, calma. Não faz nem um dia que nos acertamos, está bem? Vamos aproveitar que estamos aqui e conversar sobre coisas tolas. Amanhã resolvemos isso.

– Okay. É só que... Eu te amo demais pra suportar ver você agindo como se fosse a princesinha daquele bonecão de posto.

[...]

Após Quinn Fabray chegar ao colégio Rachel esperou dez minutos fora do mesmo, para assegurar que sua sanidade mantivesse o controle – duvidava muito que aguentaria não pegar nas mãos da loira e beijá-la no meio do corredor.

Antes que começasse a gritar aos quatro ventos o quanto amava a garota precisava resolver um problema de 1,92 metros de altura: Finn Hudson. Assim que entrou e começou a caminhar por entre os vários estudantes que ocupavam o local seu olhar começou a buscar pelo quarterback.

– Finn! – Chamou assim que viu aquele rosto familiar rindo de alguma estupidez ao lado de um de seus colegas do time de futebol americano. – Finn! – Repetiu; atraindo, dessa vez, o olhar do rapaz. – Com licença, garotos. Preciso roubar Finn de vocês por alguns minutos...

The Faberry MissionOnde histórias criam vida. Descubra agora