Capítulo 46 - Endgame?

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Demorei mas estou de volta, e trago comigo o último cap dessa complicada história.

Espero de coração que vocês tenham gostado até aqui e que gostem do final.
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 Quinn navegou pelos olhos de Rachel por mais tempo do que talvez devesse, apertando a carta presa em seus dedos, com medo de abri-la, temendo que não tivesse a mesma coragem que a baixinha tivera em ler a sua.

Alguns minutos atrás ela acolhia Kaitlin em seus braços em um momento bem dramático, agora ela lidava com seu amor, na porta de sua casa, lhe olhando e suplicando por ouvir um “me desculpa” escapar pelos seus lábios, num momento que prometia ter ainda mais carga emocional.

Suspirou.

Rachel fechou os olhos e apertou a mão de Brittany, ainda entrelaçada na sua. A loirinha de olhos azuis cujo coração pertencia à Santana controlou-se para não gemer de dor quando a menor pressionou seus dedos, mordendo o lábio inferior de modo agoniado.

— Eu... Eu vou para o carro. Acho que ouvi Kurt me chamar. – Disse, soltando Rachel, que mostrou certa relutância em lhe largar. Os olhos da cantora se arregalaram, deixando claro o quão atônita se encontrava por ser abandonada por Brittany.

— Kurt não te chamou. – Quinn disse, sem pensar.

— Finn chamou. – A maior sorriu amarelo, dando passos cada vez mais largos em direção ao carro de Hummel, sem olhar para trás.

A ex-capitã das Cheerios engoliu em seco e mexeu a perna com certo desconforto, olhou por cima do topo da cabeça de Berry e espiou o quarterback no banco de passageiro do carro de Kurt Hummel.

— Finn te ajudou com a carta? – Indagou, arqueando as sobrancelhas como uma digna Fabray.

— Sim. Mais ou menos. Não é como se ele ajudasse muito. – Respondeu, morrendo internamento de ansiedade. A ex-namorada ia realmente apelar para rodeios e demorar séculos pra ler as palavras que escrevera?

— Eu não imaginei que ele fosse... Ajudar. Digo, que ele conseguiria...

Rachel estremeceu, sem saber se suas pernas aguentariam o papo furado de Quinn. Ela poderia desabar a qualquer momento, seus membros tremiam; logo ela estaria no chão tendo uma convulsão.

E Lucy Quinn Fabray seria a culpada. Leia a maldita carta!

— Então... Você vai pedir desculpas?

— Rachel... Eu... – Suspirou, pela décima vez dentro de cinco minutos. – Só um minuto. Eu preciso fazer algo... Eu preciso fazer algo antes.

 Quinn sentiu os olhos se encharcarem de lágrimas, sentiu a mente gritar sobre o quão estúpida ela fora por acreditar em Finn Hudson. Ela vira Rachel, centímetros sob ela, com o olhar mais honesto que suas íris podiam expressar.

Ela viu a garota, a única pessoa no mundo que pôde lhe fazer se sentir remotamente bem por ser Quinn Fabray, de mãos atadas, cedendo ao plano de Sue, com uma bandeira branca, querendo desculpas, tendo razão.
E isso fez seu coração quebrar em milhões de pedacinhos, por mais otimistas que suas palavras tenham sido. Algo ainda soava inacabado, algo ainda soava errado.

Ela não queria isso! Ela não queria precisar escrever uma carta, ela não queria precisar ver o olhar piedoso de Rachel Berry. Ela queria estar em sua cama, com a baixinha em seus braços, um filme no DVD e um imenso pote de pipoca apoiado em suas coxas.

The Faberry MissionOnde histórias criam vida. Descubra agora