Capítulo 27 - Invasão

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O plano mirabolante de Rachel Berry era invadir o escritório de Sue Sylvester à noite e achar em seu computador ou em meio às suas papeladas sua lista de músicas preferidas, ou então qualquer outra coisa que denunciasse suas preferências e seus gostos. Se o clube do coral cantasse algo que lhe agradasse talvez a treinadora, e então jurada, não lhes deixasse como último lugar – talvez ela até começasse a simpatizar com eles, ou então os odiasse ainda mais.

No entanto, a baixinha claramente não entendia muito de invasões, sempre sendo um desastre quando arriscava tal coisa. Tina Cohen-Chang servira como uma luva em sua missão, e com a ajudinha da asiática Rachel seria vista como a salvadora do ND, uma líder de verdade – bem mais do que Quinn Fabray.

Já não bastava esconder seu amor pela loira, agora chegara a um ponto que tornara aquilo tudo em uma competição – sem imaginar que a Cheerio só estava engajada nos cupcakes para lhe mostrar o quão melhor do que Finn ela era.

Fabray não queria tirar Rachel da liderança do clube, mas sim Finn. O orgulho e o egoísmo da morena, entretanto, não conseguiam enxergar isso.

Passavam das nove da noite quando a asiática e Berry se encontraram no portão de entrada do colégio, próximo ao estacionamento. Mais quinze minutos e o guarda que cuidava do WMHS durante aquele turno sairia para comer seus donuts em uma lanchonete no centro da cidade, lhes dando cerca de meia hora de vantagem.

– Trouxe as cordas? – Rachel Berry perguntou assim que se agachou para se esconder atrás de um arbusto junto com Tina.

– Sim... E t-t-trouxe uma ajudinha e-extra também. – Disse, mexendo a cabeça como se estivesse fazendo um sinal para alguém. De repente a sombra de uma terceira pessoa apareceu de modo sorrateiro ao lado das duas.

A pessoa em questão tirou o capuz e denunciou Noah Puckerman animadíssimo para invadir o próprio colégio.

– Ele? Sério, T? Essa missão era nossa. – Protestou Berry, irritada. Não estava incomodada porque a missão era “delas”, mas sim porque Puck era aliado de Quinn e ele com certeza lhe avisaria sobre seu plano. – Noah, pode ir pra casa. Eu e Tina conseguimos daqui.

– P-por que? Ele é b-b-bom com essas c-coisas também. Rela-laxe, Rach. – Assegurou Tina, sem fazer ideia dos reais propósitos da baixinha, que permanecia emburrada.

– Desencana, anã. Eu vim pra somar. – Ele deu uma piscadinha marota e permaneceu no local.

Os minutos se passaram e logo os três puderam ver o carro com o logo da Lima Security saindo em direção à rua que ia para o centro da cidade, deixando o William McKinley completamente abandonado.

Puck correu todo o estacionamento até conseguir achar um caixote enorme que lhes possibilitava entrar pelas janelas da sala do coral. Os jovens usavam máscara que haviam comprado numa loja barata de fantasias, porém, quando entraram, o badboy do grupo tratou de cobrir as câmeras de segurança com uma fita crepe marrom.

– Precisamos ser rápidos. – Decretou o garoto enquanto Rachel e Tina corriam em direção ao gabinete de Sue Sylvester. A asiática tirou tudo o que precisava para destrancar a porta do mesmo e Rachel a guiava com a lanterna.

A fechadura era diferente da maioria que Tina já lidara e por isso a garota de mechas azuis demorava tanto para conseguir abri-la. Os segundos e os minutos se passavam com uma rapidez quase absurda.

– O segurança. Ele está voltando. – Puck avisou aos sussurros. – Não vai dar tempo, T. – Insistiu, deixando a garota ainda mais aflita do que já estava. – Ele vai voltar pra fazer a ronda dentro da escola, ele sempre faz isso depois que volta do Dunkin’ Donuts.

The Faberry MissionOnde histórias criam vida. Descubra agora