Capítulo 39 - Slushie

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— Treinadora Sylvester? – Santana Lopez estava apoiada no batente da porta de seu escritório, com um claro nervosismo estampado em seu rosto. Ela tamborilava com aflição no vidro enquanto a mulher loira de cabelos curtos notava sua presença.

— Lopez, o que a senhorita deseja? ­– Indagou, mas a interrompeu antes que ela pudesse pensar em responder. – Não, Quinn não falou comigo. Desde que ela saiu de sua casa ela vem me evitando e, logo, eu não sei nada sobre Faberry. – Sue prontificou-se ao falar e deu um longo suspiro, desapontada em constatar aquilo novamente.

Quando Quinn Fabray e Rachel Berry finalmente se acertaram a Cheerio decidiu manter-se quieta sobre o namoro, sem nem ao menos citar para a amiga latina e para a treinadora maluca – ainda que elas fossem a causa para aquilo se tornar realidade.

Ela limitava-se a conversas amenas com Santana e ignorava as tentativas de Sue em arrancar algo dela, constantemente mudando de assunto ou inventando desculpas.

— Eu sei sobre Faberry. – Desembuchou a morena para a mulher mais velha sentada em sua frente, adentrando no escritório e sentando-se em uma das cadeiras.

Sylvester sentiu cada célula de seu corpo estremecer, enquanto seu coração batia forte. Após quase um mês sem nenhum tipo de informação sobre seu casal favorito do McKinley High e falhas tentativas de fazer com Quinn revelasse se havia ou não conseguido conquistar o coração da estrela do clube do coral ela finalmente teria algo, finalmente saberia de alguma coisa.

Respirou fundo, tentando não afobar-se com a possibilidade de notícias boas.

— Sue Sylvester, – a latina proferiu, em alto e bom som, com toda a determinação em seu peito – alguns meses atrás a senhora me convocou para ajudar-lhe no plano Faberry. Na missão de fazer com que essas duas perdedoras que eu tanto amo se pegassem, em troca do posto de capitã das Cheerios. No inicio, tudo que importava era isso: minha posição no time. Mas... Eu me apeguei as duas e...

— Eu sei o que eu fiz, Santana. Eu estava lá quando formamos essa aliança. Lembra? – Bufou impaciente. – Vá direto ao ponto. Faberry é ou não real? O que você sabe?

Lopez tomou fôlego, resgatando todo o oxigênio que seu pulmão conseguia aguentar e, segundos depois, ela soltou todo ar e preparou-se para abrir a boca finalmente.

— É. Faberry é real. – Disse, fazendo com que os lábios de Sue abrissem um largo e genuíno sorriso. Tão incomum para ela, que costumava estar sempre séria e estressada. – Mas...

O sorriso foi para os ares. Desapareceu numa fração de segundo. Odiava aquele maldito “mas” que sempre aparecia inconvenientemente para destruir novidades positivas e fazer com que seu estômago embrulhasse.

— Mas? – Seus imensos e intimidadores olhos azuis estavam arregalados e Santana sentiu o ímpeto de dar um passo para trás e desistir daquela ideia de envolver Sue naquilo tudo, mas não o fez.

Os métodos de Sylvester eram, de fato, problemáticos... Porém às vezes necessários.

—...Mas elas estão com problemas. – Completou. – E dessa vez, sou eu que te convoco a me ajudar a consertar essa bagunça. Missão Faberry 2.0? – Lopez estendeu a mão, expressando que queria selar um acordo.

E, sem delongas, ela foi correspondida.

Em seguida ela foi bombardeada de perguntas ansiosas da treinadora das Cheerios, perguntas cheias de preocupação que serviriam para a mente ligeiramente insana de Sue encontrar uma forma de dar mais um novo empurrãozinho em Faberry.

Bom, e Santana não poupou nenhum mísero segundo no relatório completo que fizera à Sylvester.

Algumas horas atrás.

The Faberry MissionOnde histórias criam vida. Descubra agora