Capítulo 20

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HELENA

Depois de Leandro me deixar em casa, eu me arrumo e espero meu irmão chegar. Hoje eu tenho que ir até a delegacia dele, registrar queixa, eu queria ir sozinha e encontrar ele lá, mas ele insiste em vir me buscar. Meu celular vibra, e uma mensagem do meu irmão aprece, me pedindo pra descer. Pego todo o necessário e desço, cumprimentando seu José no caminho, quando não é ele na portaria, é o seu Juca.

- Oi maninha.

- Oi vida.

Ele me entrega o capacete e eu subo na moto. Meu irmão acelera, eu sei que ele está mais nervoso que eu com tudo isso, todo o trauma e tudo que eu passei ele esteve ao meu lado, em parte por se culpar, e por outro lado, por seu meu irmão. Sempre fomos assim, ligados, quando um se machucava, o outro acabava se machucando também, mamãe diz que por mais estranho que seja, por termos dois anos de diferença, parecemos gêmeos as vezes, sempre sabemos quando um precisa do outro, e na maior parte do tempo sou eu que tomo conta dele, não ele de mim. Mas se eu disser isso pra ele, ele se revolta. Mal percebo quando chegamos, ele já estacionou a moto.

- Não vai descer não?

- Desculpe.

- Tudo bem, eu imagino como está sua cabeça, tendo que passar por isso de novo.

- Não se preocupe.

- impossível, vamos?

- Sim.

Desço da moto, e penduro o capacete no braço. Entramos na delegacia e alguns rapazes me cumprimentam.

- Minha grandona favorita!! Ouço uma voz familiar, e não consigo segurar o sorriso.

- Como se você não fosse alto! Rebato me virando, e recebendo um grande abraço de urso, que literalmente me tira do chão.

- Você me abandonou! Reclama ele, quando me coloca novamente no chão.

- Eu? Você que não vai mais me ver. Faço biquinho

- O chato do seu irmão não me dá mais folga!

- Ei, não fala assim dele não!

- Ele você defende, e eu aqui? Como fico?

- Também te defendo se alguém falar mal de você, afinal você é meu irmão do coração!

- Ah, desse jeito eu me derreto! Eu rio da cara que ele faz. 

- Porem eu continuo sendo o favorito! Max diz, enquanto nos leva pra sua sala.

- Não se engane, sou eu. Luca diz

Os dois saem na frente discutindo quem seria o meu preferido, e eu não ouso me meter. Conheço o Luca, do tempo em que ele e meu irmão faziam o ginásio juntos, o ensino médio foi vendo eles tentarem me pôr numa bolha de plástico, onde nada pudesse me tocar. Ele é loiro, dos olhos castanhos claros, alto, forte, músculos definidos, mas nada exagerado, cabelo perfeitamente arrumado, com um toque sexy, e um sorriso que sempre derrete as meninas, na verdade eu tinha tudo pra me apaixonar por ele, mas seria tão estranho, já que sempre fomos família. Ele estava no meu resgate, junto do meu irmão há cinco anos, ele quase foi suspenso por espancar o Juan, quando ele foi detido, o Max falou que quando chegaram na cela que o Juan estava, Luca tinha quebrado dois dentes dele, e o nariz, não foi pior pois não deixaram, quando meu irmão não podia ficar em casa comigo, era ele que estava lá por mim.

Vai fazer um ano que ele voltou pra cá, como braço direito do meu irmão, tinha ido fazer treinamento fora, e nos vimos pouco até então, mas toda reunião de família, ele está lá, datas importantes e reuniões.

Inesperada PaixãoOnde histórias criam vida. Descubra agora