LEANDRO
Abro os olhos e sorrio feliz e satisfeito, nunca me senti assim antes, tão completo tendo Helena ao meu lado.
Já estou me acostumando com essa cena, acordar assim, com ela toda em cima de mim é perfeito.
Ah morena, hoje quem vai fazer o café sou eu!
Aproveito que ela se mexeu e levanto, me alongando e dando uma passada no banheiro antes de descer.
Já na cozinha eu resolvo fazer minha especialidade panquecas, pelo menos de café da manhã é o que eu faço e dá certo.
Em pouco tempo essa mulher mudou minha vida de uma forma tão inesperada, que me pego fazendo o que nunca pensei, café da manhã pra ela, eu me pego sorrindo só de pensar nela, e agora aquele pensamento de casar e ter filhos, me parece muito bom.
Imagina só, uma moreninha correndo pela casa com meus olhos, que ela tanto ama, e os cabelos cacheados que nem os dela que eu amo, ou um moreninho também com meus olhos, correndo pela casa, mas todos com a personalidades da mãe, esse jeito doce e forte dela, que me cativaram tanto.
Droga, ela me pegou de jeito, e me tem de uma forma tão intensa.
Viro as panquecas, que estão quase prontas e pego duas canecas, pondo suco de laranja nelas, ponho as panquecas nos pratos, ponho tudo numa bandeja e deixo em cima da bancada.
Abro a porta de vidro, que me dá acesso ao quintal e pode parecer brega o que eu vou fazer, mas tudo em mim diz que devo fazer isso, meu lado romântico quer muito agrada-lá.
Pego uma rosa em uma das duas roseiras que tenho na parte mais afastada do quintal, tiro os espinhos com um alicate e entro em casa, colocando na bandeja e levando para o quarto.
Entro e vejo o amor da minha vida toda esparramada na cama de barriga pra cima, os cabelos desgrenhados, minha camisa perfeita em seu corpo.
A visão que eu quero ter todas as manhãs.
Ponho a bandeja na mesinha e vou até a cama, enchendo ela de beijos, deixo vários selinhos em seus lábios macios.
- Amor, acorda, hora do café da manhã - beijo novamente sua boca
- Humm
Ela murmura de forma rabugenta.
- Vem, eu fiz o café.
- Você fez? ela fala devagar, abrindo um olho.
- Sim, vem.
Ela se espreguiça, sorri lentamente e abre os os dois olhos, me encarando
- Bom dia moreno
- Bom dia - Lhe dou outro selinho
- Me dá um pouco do suco, estou com muita sede.
Me levanto enquanto ela se senta na cama e recosta na cabeceira, pego a caneca e lhe entrego, ela dá uma boa golada no suco e me olha.
- Está gelado e docinho.
- Então eu acertei.
- Sim - Ela ri
Ponho o prato de panquecas no seu colo e ela começa a comer.
- Então,
- Sim?
- O aniversário da sua mãe, não era pra já ter acontecido?
- Não, ainda não chegou a data.
- Mas você deu tanta pressa e marcou até a data naquele dia.
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Inesperada Paixão
RomansaConfiança. Amor. Palavras que sozinhas deveriam ser inofensivas, mas elas sempre andam acompanhadas e infelizmente na vida de Helena, elas trouxeram dor. Seu passado, não é a melhor lembrança que tem, o mais próximo que possui de um relacionamento...