6º Capitulo- Droga?

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Verifiquem se leram o capítulo interior visto que houve um erro no wattpad, e este ontem não apareceu. Música opcional em quase todos os capitulos :D

Neste capitulo a música é dirigida mais para o final ;)

Estávamos a caminhar mas apesar das diversas tentativas para Bill me anunciar o local a que nos dirigíamos, o maior segredo era feito por parte do mesmo.

Entramos numa avenida muito movimentada e uma música alta e barulhenta deu-me a confirmação que nos encontrávamos perto de uma discoteca. Ao entrarmos, peguei no braço de Bill, quando observei a quantidade de pessoas que se encontravam naquele local. O moreno sorriu com o meu gesto e encaminhou-nos para o balcão.

- Uma bebida? – Perguntou-me, ao qual eu acenei, começando a familizar me ao ambiente.

- Já que aqui estamos- respondi-lhe. Gostava desta sensação de perigo, como se nunca tivesse sentido tanta adrenalina antes. Dançara durante toda a noite deixando todo o meu corpo movimentar-se pela música. Bebi um primeiro shot oferecido pelo moreno, sentindo o álcool a queimar-me a garganta. Uma sensação totalmente nova, que demorou algum tempo a recuperar. Dancei com ele durante 3 músicas seguidas até dirigir-me novamente ao bar e pedir um cocktail. Olhei a volta, depois de pedir, e viu como cada vez mais pessoas entravam. Senti-me tonta depois de o beber, e desequilibrei-me esperando embater no chão mas ao invés cair nuns braços fortes. Consegui ver Bill a olhar-me e levantar-me do chão, encaminhando-me para a saída da discoteca. Não era assim que esperava que a noite terminasse. Não queria que Bill tivesse saído da discoteca tão rapidamente, e de certo modo, não queria ter-lhe arruinado a noite. O efeito da droga era mais fraco a medida que caminhávamos pela rua de Londres.

- Bill…- a minha voz saiu um sussurro desesperado, em vez de um pedido convincente.- Podes pousar-me no chão… Não… tens…

- Soph… deixa-me cuidar de ti sim?- Sabia que os braços dele deveriam estar cansados mas mesmo assim ele transportava-me carinhosamente. Senti o meu corpo a ficar no ombro do moreno e em segundos encontrávamo-nos no meu quarto. Como é que este gesto tinha sido realizado?

O meu corpo foi poisado sobre a cama suavemente e o corpo de Bill encontrava-se atrás de mim. As suas pernas estavam abertas, permitindo assim suportar o meu peso no seu tronco.

- Será que precisas de alguma coisa?- sussurrou, achando provavelmente que eu já me encontrava a dormir.- Devo tapar-te? Dar-te água? Eu não sei o que fazer Sophie…

- Podes ir eu fico bem…

- Não… Eu quero estar aqui para se algo acontecer… Dorme… Eu vou estar aqui.- encostei-me no seu peito, sentindo o seu batimento cardíaco contra o meu ouvido e lembro-me dos seus braços rodearem o meu corpo num gesto protector.

Acordei na manhã seguinte, sentindo-me vagamente tonta e demorando até identificar precisamente o que tinha acontecido…Discoteca ,droga ,casa, Bill. Observei a maneira pacifica como o meu salvador (?) dormia e só conseguia sorrir ao imaginar o que se tinha passado na noite passada. Ele dera-me uma noite, um pedaço de vida e alegria e depois quando achei que se iria tudo desmoronar, ele pegou nesse pedaço partido e

colou os seus cacos. Só posso agradecer por isso…mesmo…

- Hey- sussurrei, afastando um pouco do cabelo que lhe caia pela face e ao chegar-me para cima para o fazer, deixei a mão cair sobre o seu tronco, sentindo uma grande dor de cabeça- Acorda…- Bill mexeu-se de seguida, abrindo os olhos devagar, demasiado devagar.

- Como estás? Como te sentes?- este perguntou-me de seguida, dando-me uma suave festa no cabelo.

- Não me lembro de nada- as possibilidades de ter feito acções embaraçosas a frente do único rapaz que lhe dera alguma atenção  estavam a perturbar o meu pequeno cérebro, talvez com a mesma intensidade que a dor de cabeça- Estou assustada…- E então instantaneamente, o moreno contou a noite toda, relatando pormenores insignificantes como se tivesse a contar uma história para uma criança adormecer, dizendo de seguida que gostaria de apanhar o sacana que me fizera aquilo.- Fizeste isso tudo por mim?

- Eu faria qualquer coisa por ti…- acrescentou ele, obrigando-me a esconder a face no seu tronco.- Olha para mim Sophie.

Acenti ao seu pedido, era o mínimo que poderia fazer e passaram-se momentos com o meu olhar preso no dele e em toda a sua face, demasiado assustada para fazer qualquer tipo de momento, e num ato de desespero, os lábios de Bill colidiram com os meus. Lentamente e preguiçosamente. Afastamo-nos e mordi o meu lábio inferior olhando para baixo.

- Estou exausto- ele pronunciou com a sua voz calma e de certo modo, sexy.

- Dorme, eu vou estar aqui.- Ambos sorrimos e aconcheguei-me mais no seu peito com o cheiro a baunilha a invadir toda a divisão e um braço forte repousado nas minhas costas.

Não recebi mais nenhum tipo de contacto de Harry, ou qualquer um deles depois daquele telefonema e não sabia como reagir a isso. Afinal, eles devem quer conhecer-me certo? Devo ser eu a ligar-lhe a pedir justificações de algo tão incerto como uma simples chamada telefónica? Não, eu duvido muito.

Depois daquela noite com Bill , o ambiente mudou radicalmente. Não consigo perceber se fiz algo de errado, algo que tenha afastado o moreno de mim e não tenho nenhuma justificação possível para o comportamento que ele anda a ter. Começo a achar que ele está arrependido de me ter dado uma segunda oportunidade quando na verdade eu é que lhe dei uma segunda oportunidade a ele. Por isso, deixei ele vir falar comigo quando sentisse que o devia e escolhi não o pressionar de maneira alguma e por isso, com o casaco vestido e a mala na mão, preparada para ir para o estúdio, bati duas vezes a porta do seu quarto, não obtendo resposta. Confusa, dirigi-me a casa de banho e antes de bater ouvi “ Não, tu não estás a perceber. Foi uma perda de tempo”, com a voz suave que sempre me chamara a atenção. Balancei negativamente a cabeça e quando me preparava novamente para bater, ouvi ,algo que me deixou ainda mais curiosa.

- Não, não aconteceu nada dessa noite. Só um mero beijo. Pensava que depois do que fiz ela iria quer ir para a cama como todas querem mas isso não aconteceu.- Sustive a respiração ao reflectir como ele era capaz de pensar que eu era uma oferecida como as cabras todas lá da escola.- Sim, iria ficar extremamente agradecida e… Não… Evita-la o que te parece? Não quero problemas…

Virei costas, abanei a cabeça despedi-me de Sra. James com as lágrimas a ameaçarem cair a qualquer momento, e caminhei em direcção a porta, para seguir para o estúdio de seguida enquanto murmurava para mim mesma:

- Eu não quero ser um fardo para mais ninguém

I just haven't met you yetOnde histórias criam vida. Descubra agora