20º Capítulo- Não... Não acredito..

226 13 5
                                    

O sol é algo raro, em Londres, mas quando este brilha, a cidade ganha uma nova prespectiva e beleza. Eu gostava realmente deste sitio, havia uma certa tranquilidade, por mais pequena que ela fosse, em todas as construções e estética deste local. Para muitos, era uma cidade agitada, para mim uma cidade viva.

Entrei no Nandos e Taylor, John e Mary já se encontravam presentes, cada um com um hambúrguer a frente e aparentemente, um tabuleiro também para mim. Sentei-me, colocando a mala a meu lado e olhei para todos que esperavam uma reação da minha parte.

- Boa tarde...- disse eu com um sorriso. A verdade é que depois de um banho relaxante, e uma longa conversa com Sra. James, eu não me sentia saturada emocionalmente e exausta fisicamente. Pelo contrário, sentia-me com uma nova energia. Eu acho que finalmente começei a perceber o que sinto por Niall, e é tão bom. Acho que posso finalmente dizer que estou apaixonada. Sim, eu estou apaixonada por ele. Pelo seu cabelo loiro, os seus olhos azuis e o seu sorriso contagiante. Pela maneira querida como ele me trata e o facto de estar sempre preocupado com os outros. Pelo modo brincalhão como leva a vida e a maneira descontraída como encara o dia a dia. Pelos seus beijos na testa, e os abraços no momento certo. Por tudo aquilo que eu não sei e ainda vou descobrir. Eu espero.

- Soph?- John chamou-me, estalando os dedos perto da minha face e eu pisquei várias vezes até perceber que estavam todos a encarar-me, á um tempo inderteminado.

- Pessoal, eu estou bem a sério...- disse pegando no hambúrguer- Quer dizer eu estou, se vocês não tiverem envenenado isto- dei uma trinca no mesmo e fiz um som de satisfação.- Está muito bom na realidade.

- Fui eu que prôpos.- Mary gabou-se dando uma dentada no dela, enquanto os dois rapazes pareciam ter visto um fantasma atrás de mim.

- Não sejas convencida, eu é que escolhi.- Taylor ripostou e eu revirei os olhos perante a sua atitude.- Mas, Sophie, a sério que está tudo bem? Estavas num estado...

- Esta tudo óptimo...- disse eu sorrindo e lembrando-me da conversa que tivera com a senhora mais amorosa deste mundo.- Acho que não podia estar melhor...

- Espera ai...- John intreferiu- Eu sou um perito neste tipo de situações e algo me diz que não é esse hambúrguer maravilhoso, já agora boa escolha mano...

- Obrigado- Taylor chocou o seu punho com o do jovem loiro enquanto sorria.

-... que te está a por com esse sorriso na cara...

- Aquela camisola de manhã não era tua certo?- Não Mary... Não...

- Eu...

- O que andaste a fazer sem o nosso concentimento?- Taylor dramatizou, interrompendo-me bruscamente.

- Nada..- disse eu bebendo um golo de ... Pepsi? Hum... Pepsi, que saudades.- Eu... Ontem o Harry...

- O Harry dos One Direction?!

- Sim...- Esta gente adora interromper-me...- Bom, prosseguindo..- mandei um olhar a Mary que fez um sinal com a mão em direção a boca como se estivesse a fecha-la, relembrando-me os meus tempos de infância.- O Harry não estava muito bem- olhei para John e Taylor que apenas com um acentir da cabeça me confirmaram que Mary não sabia de nada e era melhor mesmo manter-se na ignorância,visto que não era um assunto meu.- E eles pediram-me que fosse com eles, e eu não recusei, não me senti em posição de faze-lo.

- E a camisola era do...?- John questionou, dando uma dentada naquele hambúrguer cheio de molhos, que de certo, eu não seria capaz de escolher.

- Do Niall...- disse baixando o olhar e sorrindo, ao lembrar-me do mesmo com a camisola e as calças de fato de treino nas mãos. Por momentos, ningúem falou e eu não sentia necessidade de quebrar o silêncio. Era um silêncio confotável. Mas Taylor, cruzou as pernas e pousou o hambúrguer, cruzando os braços no peito.

- Eu sempre soube...- ele disse.

- Então como , oh Senhor-eu-sei-sempre-tudo?- As conversas destes dois vão de mal a pior.

- Então era tão obvio a maneira como eles olhavam um para um outro...- eu engasgei-me mal ouvi aquelas palavras e Mary deu-me leves pancadas nas costas.- Oh va lá. Não me vais dizer que sorris sempre que olhas para mim ou para o John?- Não respondi... Não podia, parecia tão obvío para todos os que nos vinham mas não para mim. Parecia que agora finalmente percebia o grande fogo que corria dentro de mim sempre que o via, pensava nele ou falava por mais pequena que fosse a frase. Ficava tão nervosa, tão assustada com a possibilidade de dizer algo de errado.

- Então, foi por isso que tu estavas a sorrir hoje de manhã!- A ruiva guinchou e eu gargalhei com a sua reação. Sim, secalhar foi.

- O que é que estás á espera?- John preguntou, devorrando uma batata uma a uma.

- Á espera?- preguntei totalmente a nora. – Estou a espera de uma conversa normal, entre nós- disse apontando para toda a mesa.- É disso que estou a espera.

- Eu acho que devias dizer-lhe aquilo que sentes... Quem sabe não és correspondida...- E eu decidi admitir tudo o que sentia para os meus dois melhores amigos, e Mary. Já não aguentava guardar tudo cá dentro.

- Eu não sei se estou pronta para entrar numa relação. Não sei se consigo aguentar tudo o que está cá dentro sabem?- brinquei com as minhas mãos no meu colo, não querendo de nenhuma maneira, observar os seus olhares enquanto me expunha desta maneira.- Ele é espectacular, é mesmo... E eu sinto-me estranha quando estou com ele. Mas uma maneira estranha um tanto agradável. É como se os dias não tivessem horas suficientes, e as horas não tivessem minutos suficientes.- Suspirei.- Mas eu não quero magoa-lo. Tenho tanto medo de o magoar e de não ser o suficiente. Mas... Parece tão certo e tão errado ao mesmo tempo. Certo porque as nossas mãos..- parei de súbito pois sabia que isto era algo demasiado pessoal e havia certos momentos que deveria deixar na minha mente.- E tão errado porque ele é tão especial. A sério que é. E eu apenas tenho medo de não ser especial o suficiente. Especial o suficiente para ele. Porque ele é tudo o que eu procurei num rapaz, e mais. Mais qualidades que eu não exijia mas de certo modo fazem parte dele. E...- Suspirei- Eu não sei...

- Sabes...- John falou de subito obrigando-me a encara-lo com uma certa curiosidade.- Tu sabes... Não deixes o medo comandar a tua vida. Esta pode ser a pessoa ideal para ti e tu vais deixa-la ir por medo do que possa acontecer?- Observou o jovem moreno a seu lado.- Nós não vamos deixar-te fazer isso.

John puxou a minha mala que se encontrava a meus pés e colocou-a no colo.

- O teu telemóvel?- ele perguntou, olhando-me bastante sério.

- O que?!- exclamei.

- O telemóvel – ele repetiu, e eu apontei para a bolsa pequena, trocando um breve olhar com Mary, que me encolheu os ombros em total confusão. Ele retirou o mesmo e após um momento de suspanse, o telemóvel foi colocado no seu ouvido.

- Niall...- ele disse, e eu congelei.- Vai ao parque. Tens uma pessoa a tua espera.

I just haven't met you yetOnde histórias criam vida. Descubra agora