32º Capítulo- Uma boa/má notícia...

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As nossas mãos permaneciam celadas e eu apertava a sua pele gelada como se de algum modo isso lhe transmitisse a força que ele necessitava para acordar. Deveria ter passado aproximadamente uma hora desde que eu aqui estava. Os meus olhos encontravam-se fechados, e a cabeça apoiada no braço que se encontrava estendido na direção de Taylor. Só esperava algum tipo de sinal que me transmitisse que iria ficar tudo bem. Um simples movimento ou uma palavra poderia ser o suficiente para o salvar mas nada... Observei o seu rosto uma última vez até decidir que estava na altura de voltar para a sala de espera e deixar mais alguém vir ver o jovem debilitado que se encontrava deitado nesta cama de hospital. Fiz-lhe uma pequena festa e com cuidado, para não colocar o meu peso sobre o seu corpo, estendi os meus lábios na direção da sua testa e depositei um beijo prelongado lá.

Quando me preparava para retirar a minha mão da sua, senti um ligeiro aperto e a máquina alternou o numero de “bips” que produzia.

- Um médico!- gritei o mais rápido que conseguia enquanto me dirigia a porta e olhava novamente para ele com lágrimas nos olhos.- Um médico por favor!

Vários qualificados em medecina apareceram rapidamente no quarto e com umas ligeiras palavras dirigidas a minha pessoa no âmbito de aguardar na sala de espera, entraram no quarto, e fecharam a porta não me premetindo nenhum tipo de visão sobre o que se passava dentro daquele quarto.

Caminhei de volta a sala com um sorriso na cara e ciente que as lágrimas ainda escorriam mas desta vez por outra razão. Taylor tinha dado um sinal de vida, por isso ainda havia esperanças para ele.

Espermos e mesmo que tenham sido apenas alguns minutos, infimos minutos se posso assim dizer, foi o suficiente para que os nossos corações disparassem a cada movimento no hospital com a esperança que fosse o médico com novidades e não apenas uma das muitas movimentações frequentes neste edifício.

Niall suportava o meu peso com o seu joelho e eu fechei os olhos, embalada pelo pensamento de um mundo onde eu e ele estivessemos sozinhos. Um mundo pararelo. Um diferente universo.

-Niall...- sussurei, mantendo os olhos fechados e não me preocupando minimanente com opiniões aleias ou comentários inoportunos.Ele acenou afirmativamente, quando o seu queixo deixou de tocar no meu ombro,para voltar a faze-lo momentos depois.- Obrigada por estares aqui... Obrigada por... Simplesmente estares comigo.- Os seus abraços apertaram ainda mais a minha cintura e eu sorri enroscando a minha cara para o lado sentindo os cabelos loiros na minha testa.

- Estarei sempre amor...- beijei-lhe o nariz, cruzando os nossos olhares por momentos e pelo canto do olho, viziunei Harry sorrindo para nós com adoração. Não um sorriso feliz, mas respeitador.

O médico chegou e a sala virou tribunal a espera do verdito do juiz. Todo o meu corpo e cada fibra do meu ser rezava para que Taylor tivesse acordado ou mostrado algum sinal de melhoras e quando o médico nos sorriu, eu sabia que viriam boas noticias.

- Taylor acordou...- o senhor de bata branca iniciou e todos nós soltamos exclamações de alivio e contentamento com o sucedido. John encontrava-se em tamanha ansiedade para falar com o moreno e eu esperava que ele não dissesse nada de errado.- Ele quer ver uma...- por segundos olhou para a placa que se encontrava na sua mão com algumas folhas afixadas.- Sophie e John?

- Somos nós.- O loiro falou em seguida.

- Queiram seguir-me por favor...- E assim o fizemos.

O mesmo quarto monotomo, parado e sem vida encontrava-se a uma porta de distância. John parecia demasiado incredúlo para fazer qualquer tipo de movimento e eu não o iria forçar a nada, embora estivessemos a olhar para a porta a uns dois minutos pelo menos. Tomei a iniciativa de colocar a mão na macaneta, mantendo os olhos no rosto de Johnny que me olhava na expetativa.

-Tu consegues fazer isto ok? Apenas... Mantém a calma.- O mesmo acenou, e nós entramos para nos depararmos com Taylor deitado na cama com os olhos verdes pousados na porta numa expressão de felicidade. As palpebras estavam ligeiramente cansadas, e o rosto pálido como um fantasma mas era na mesma o nosso Taylor.

John entrou calmamente e sentou-se na borda da cama , o rosto cabisbaixo e os ombros descaidos. Parte de mim morria de medo do que ele fosse dizer mas a outra parte, ansiava por uma resposta para todos os sentimentos confusos e misturados que iam no coração do loiro.

- Olá..- Taylor disse com a voz a descair no final e um sorriso fraco no rosto, rodando o mesmo para nos encarar. Por momentos tive vontade de chorar, o ardor na garganta voltou e o coração parou por momentos ao reparar no estado debilitado do nosso menino.

- Olá...- sorri para o mesmo e sentei-me no sofá esperando que Johnny tivesse a atitude de responder ao melhor amigo ou dizer o que lhe ia na mente.

- Porque Taylor? Hum? Explica-me só porque...- John finalmente falou e eu corri para seu lado, não sabendo se o deveria abraçar ou deixar explodir com tudo o que viesse a sua frente pelo caminho.- Eu só queria uma explicação...

- Desculpa puto, eu...

- Falamos quando estiveres melhor....- John levantou-se e saiu enquanto a boca do moreno se abria como se quisesse falar mas não soubesse o que dizer. Nunca pensei que me fosse deparar com uma situação como esta. Mas lá está , na vida nós nunca sabemos o que vem a seguir e acho que isso torna de certo modo belo o nosso percurso, e também inesperado.

Nunca pensei que fosse conhecer estes dois, e mal conheci nunca imaginei que um deles fosse tentar acabar com a sua vida de esta maneira. Uma maneira tão estúpida.

Sentei-me na borda da cama e dei-lhe a minha mão perguntando de seguida como ele se sentia. A verdade é que agora que penso nisso não sei nada sobre o seu passado. Os seus pais não estão aqui para o apoiar num momento tão dificil e ele vive sozinho o que é algo realmente estranho. Imagino agora, o quão quebrado ele deve estar por dentro.

- Eu deveria ter morrido naquele momento...- por momentos achei que a minha mente me estava a pregar uma partida tipica mais quando olhei para o mesmo, e vi a sua cabeça a abanar em concordância com o que acabara de proferir, eu perdi toda a calma que estava a guardar dentro de mim a tanto tempo.

- Só podes estar a brincar com a minha cara...- levantei-me num épice não controlando de todo os meus movimentos.- Tu tens a minima noção do que estás a dizer?! Caraças Taylor, nós passamos por um inferno enquanto tu estavas nessa cama.- Gesticulava com toda força deixando a raiva sair enquanto sentia a cara vermelha e quente e as lágrimas a queimarem a mesma com toda a força e velocidade. E sinceramente, não me importei em para-las até dizer tudo o que queria.- Tu tens noção da barbaridade que estás para ai a dizer? O que queres que eu diga? Hum? Que foi muito bom ter-te ai numa cama de hospital enquanto todos nós rezavamos pela tua vida? Não! Não foi! Foi um pesadelo, um autêntico pesadelo, cada minuto que passamos a espera que acordasses... Tu tens  alguma noção do que significas para nós? Hum? Alguma pequena noção do quão és importante...

E quando Taylor abanou a cabeça, deu-me a confirmação que eu mais temia: o amor próprio que eu achava que ele outrora tinha, na realidade, nunca existiu.

Taram! Aqui está mais um capítulo para a semana começam os testes, e o 11º é complicado por isso não sei como vou fazer... Eu já adientei estudo esta semana para puder publicar este, e 30 objectivos de História não é brincadeira + dois testes... Mas voçes não querem saber xD

Pergunta : Gostavam de viver noutro pais? Eu amava mesmo, Londres ou Nova Iorque... Também gostava de um sitio calmo, iria ser engraçado :)

Gosto muito de voces :)

I just haven't met you yetOnde histórias criam vida. Descubra agora