I just haven't met you yet

15º Capítulo- Harry,nós estamos aqui...

Ambas as minhas mãos foram em direcção a minha cabeça e eu realmente não me estava a sentir bem. Como é que isto está a acontecer? Esta noite não pode correr bem de certo.

- Soph, estás bem?- John perguntou-me enquanto me agarrava pelos ombros, provavelmente de modo a poder examinar melhor a minha face e perceber se algo estava errado na mesma. Algo estava errado sim, mas não era comigo.

- Digo-te daqui a um minuto- disse com o meu tom de voz patético, peguei no telemóvel rapidamente, ainda com os braços do loiro a dificultar os meus movimentos. Marquei o número de Harry e esperei por ouvir a sua voz rouca que decerto me confirmaria que isto apenas era uma teoria do meu cérebro que não tinha recebido as horas de sono necessárias. Mas não, Harry não atendeu e eu entrei em pânico.

- John, isto vai correr muito mal! Eu apetece-me tanto abraçar os dois mas não posso porque eles não sabem de nada e...

- Sophie, acalma-te e explica-me o que se passa!- pediu-me ele, desesperado por algum sentido nesta situação toda. Com a voz arrastada e apressada, contei-lhe resumidamente o que achava e esperei por uma reacção explosiva mas ao invés, o jovem manteve-se calmo e levou o dedo indicador a boca, enquanto eu o encarava.

- Isto é serio!- Estava desesperada por qualquer tipo de ajuda.

- Eu vou ligar ao Louis. Não te preocupes eu trato disto. Apenas dá-me o número dele.- Procurei nos contactos o número do mesmo, lembrando-me que ele tinha-me mandado uma mensagem ontem, preocupado sobre o meu estado de espirito, algo que me tinha deixado bastante satisfeita. John afastou-se com o telemóvel no ouvido e eu procurei Taylor com o olhar encontrando-o junto a Rose com um copo de bedida na mão. O meu coração apertou ao ver o quão sorridente ele estava. Não queria estragar-lhe a noite, e muito menos a relação mas acreditava piamente que o moreno tinha o direito de saber o que se passava nas suas costas.

O melhor amigo do rapaz em questão apareceu minutos depois, com uma expressão calma no rosto e eu questionava como era possível este rapaz estar sempre tão calmo, independentemente da situação em que se encontrava.

- Eles estão mesmo a chegar... Eu diria que temos aproximadamente...2 minutos.- Mal a informação que o loiro me tinha dado foi processada pelo meu cérebro, eu virei-me em direcção a Taylor sem segundos pensamentos ou dúvidas. Sorri, quando o encontrei sozinho e aprecei-me a chegar a um distância onde as minhas palavras fossem ouvidas com clareza.

- Taylor podemos falar um segundo?- pedi, enquanto o seu corpo e o da namorada se viravam para mim. Não queria parecer rude ou indelicada visto que esta era a festa dela e eu não tinha o direito de a retirar da nossa conversa.. Um grande ponto de interrogação apareceu na minha mente enquanto ele me indicava para prosseguir com a conversa, dando a confirmação que entre ele e Rose não havia segredos. Só se fosse da parte dele, pensei.

- Hum... Bom.. é que...- Não consegui proferir o resto da frase, e enquanto procurava as palavras certas, o meu corpo foi dirigido para o lado, com uma força um tanto exagerada. Observei o realizador dessa acção e paralisei quando vi o corpo de Harry mesmo a frente de Taylor e Rose.

- O que é que estás a fazer agarrado a minha namorada?- Harry rosnou, o que obrigou Taylor a retirar o seu braço da cintura de Rose e olha-la incrédulo.

- Ela é a minha namorada- disse sem retirar o olhar da mesma. Harry fez o seu punho embater com a cara do jovem, que neste momento se encontrava incrédulo no chão pela ousadia por parte do membro dos One Direction.

- Não voltes a tocar nela!- Harry gritou e de seguida os dois envolveram-se numa luta violenta, enquanto Rose apenas se afastava aos gritos como a cobarde que era. O ambiente mudou completamente desde esse instante. Uma fúria vinda do fundo do resto dos membros da discoteca foi libertada quando, de súbito, todos se envolveram numa grande troca de socos. John tentava parar Taylor, e Liam, Louis e Zayn tentavam parar Harry.

Um soco foi projectado a centímetros da minha cara por um jovem ruivo enfurecido e os meus pés pareciam ter sido colados ao chão, enquanto a minha mente me gritava para sair dali o mais rápido possível.

Umas mãos foram de encontro a minha cintura e eu sustive a respiração com as milhões de possibilidades que disparavam na minha mente. Fui suavemente puxada para trás enquanto respirava com dificuldade e o meu corpo foi pressionado contra a parede, enquanto o ser que me retirava daquela confusão fazia uma barreira com o seu corpo a minha frente. Inspirei suavemente aquele perfume, que eu surpreendentemente, reconheci.

- Niall...- deixei todo o ar até então preso no fundo da minha garganta, ser libertado, porque era Niall, e ele estava aqui, e estava a proteger-me, e estava tudo bem. Estava tudo muito bem. Os braços do moreno encontravam-se ao lado do meu corpo, a fazer força contra a parede e eu envolvi o seu tronco com os meus enquanto a minha cabeça relaxava no seu peito.

- Desculpa se te assustei... Apenas não queria que te magoassem.

- Eles estão bem?- Ele fez-me pequenas festas no cabelo enquanto todo o meu corpo parecia aquecer com o nosso contacto físico.

- Vão ficar... O Liam avisou-me que eles iam sair pelas traseiras, vamos?- Acenei afirmativamente com a cabeça e afastei gentilmente o meu corpo do dele enquanto a minha mão foi envolvida pela sua.

Niall puxou-me até as traseiras, enquanto eu digitava uma mensagem rápida a Taylor, a perguntar-lhe se estava bem e para me ligar mal pudesse.

Avistei Harry mais ou fundo, sentado e com os joelhos a taparem a cara. Louis e Liam encontravam-se a seu lado enquanto Zayn efectuava uma chamada. Reparei, mal retirei a minha mão do jovem loiro, que tínhamos permanecido o caminho todo com a mãos dadas e que era a melhor sensação que tinha experienciado a muito tempo. Baixei-me, colocando-me de joelhos a frente de Harry e lentamente fiz-lhes festas no cabelo.

- Harry...- chamei, tentando soar o mais calma e suave possível – Tira as mãos por favor...- Harold olhou para mim com os olhos vermelhos, e o seu cabelo a ser puxado para trás.

- Dói tanto sabes?- disse-me, e voltou a baixar a cabeça. Eu limitei-me a acenar afirmativamente, mesmo que o meu gesto não tenha sido perceptivo pelos seus olhos e fiz-lhe pequenas festas na face, até finalmente o abraçar. Os seus braços foram devagar até ao meu corpo e ouvi a voz de Zayn atrás de mim.

- O carro está a chegar, vamos para casa Harry e vai ficar tudo bem...

- Não, não vai ficar tudo bem...- ele sussurrou-me como se quisesse que eu soubesse o que ele realmente sentia.

- Por enquanto não, mas eu prometo-te que a dor vai passar- sussurrei-lhe de volta.