Vocês estão preparando os corações, certo? Depois não digam que eu não avisei rsrs
— Posso te ajudar, papai? — a atendente se apresentou solícita, sorrindo para Bakugou abertamente ao vê-lo parado em frente a vitrine da loja, encarando um carrinho de bebê vermelho. Nem mesmo havia se dado conta de seu estado de muda contemplação, perdido em pensamentos e anseios.
Por um segundo chegou a cogitar a ideia de entrar e adquirir alguma roupa ou acessório, no entanto acabou desistindo ao se dar conta de quão precipitada seria aquela decisão, e como poderia deixá-lo exposto.
— Não precisa — respondeu se afastando, com a cabeça a ponto de explodir.
Havia se passado uma semana desde que Eijirou descobrira sobre os bebês e nesse meio tempo Bakugou havia presenciado o que havia de mais sublime e caótico em um relacionamento de pais a espera de um filho. Como havia previsto, o ruivo se apegou a ideia desde o primeiro momento, tendo inclusive insistido para o ultrassonografista lhe conceder uma das imagens em tamanho menor para carregar na carteira, algo que deixou o loiro a ponto de enfartar apavorado com a possibilidade de alguém acabar encontrando a imagem e relacioná-la a ele.
— Se você pegar essa merda de novo para ficar olhando eu juro que rasgo! — prometeu enfático, ferino, encarando o esposo que o fitou escondendo a imagem com o olhar apreensivo como se guardasse o maior tesouro do planeta.
— Não pode fazer isso, é a foto dos meus bebês!— defendeu-se com o olhar infantil, temeroso.
— Isso é só um monte de borrão, não tem foto nenhuma. É igual a todas as outras milhares de imagens que dá para encontrar na internet.
— Não é não, essa aqui é especial!
— Mesmo? E o que tem de diferente?
— Tem que eu sei que são os nossos bebês aqui, e isso muda tudo. - guardou com cuidado a imagem na carteira, beijando com um sorriso bobo enquanto Katsuki revirava os olhos para a cena, sem conseguir admitir que achava a reação dele fofa apesar de perigosa. Ele realmente não nada demais naquela imagem, principalmente porque não conseguia entender, ou mesmo visualizar qualquer bebê ali, e podia jurar que Eijirou também não, mas como era um sujeito emotivo provavelmente usava a imaginação para poder interpretar.
— Faça o que quiser — rezingou, deitando no sofá e colocando os pés sobre as pernas no esposo que começou a acarinhá-las quase instintivamente — só não deixa os outros verem, ok?
Eijirou suspirou alisando as pernas de Bakugou por cima da calça moletom que ele usava, descendo aos pés onde massageou os dedos brevemente como sabia que ele gostava, depois subindo a mão até chegar ao ventre do loiro, onde parou acariciando de leve com movimentos circulares, aproveitando o aparente bom humor do esposo que se concentrava em encontrar um canal decente, dividindo a atenção com a tela do celular, absorto em sua atividade sem nem dar muita atenção ao ambiente ao redor, mantendo o semblante fechado e concentrado.
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Nosso Segredo (Livro 1/Concluído)
أدب الهواةDepois de muito se dedicar a sua carreira, Bakugou conseguiu se tornar um dos heróis mais importantes do mundo. Casado há cinco anos com Kirishima, ele se sentia otimista por seus planos estarem todos dando certo, afinal só havia um detalhe que pode...