4 - Desencontros

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Chegando pra mais um capítulo.

A rotina seguiu na casa, com exceção de que o clima não era dos mais animados, como se houvessem erigido um muro alto e intransponível entre eles, cada qual com seus temores internos

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A rotina seguiu na casa, com exceção de que o clima não era dos mais animados, como se houvessem erigido um muro alto e intransponível entre eles, cada qual com seus temores internos.

Desconfiado e temeroso, Kirishima passou a notar com mais atenção o comportamento arredio do esposo, tentando afastar os pensamentos sombrios de que talvez ele estivesse se encontrando e relacionando com outro homem, assombrado pela ideia de que estivesse cansado de si e quisesse se aventurar.

Pensar naquilo fazia Eijirou sentir-se ainda mais inseguro e paranoico, e o fato de Bakugou começar a se recusar a se trocar de roupa na sua frente e estar se esquivando de todas as tentativas de aproximação o deixavam ainda mais frustrado. Bastava chegar perto para que ele desse a volta ou se afastasse, sem deixar que ele sequer o tocasse, mesmo que para dar um beijo o que comprometia a instabilidade das emoções de Kirishima e de seu casamento, apavorando-o com o possível término de uma relação de constante reciprocidade e amor.

— O que está acontecendo, Katsuki? — indagou assim que ele saiu do banheiro após tomar banho, posicionando-se atrás do espelho enquanto ele ajeitava os cabelos preparando-se para escovar os dentes.

— Não tem nada acontecendo
— respondeu casualmente.

— Nada? Você tem me evitado, não me deixa tocar em você ou conversa decentemente. Eu fiz algo errado? — abaixou a cabeça no ombro do loiro que sentiu o coração pesar por sentir o temor no tom de voz dele, contendo a tempo a vontade de se virar, abraçá-lo e dizer que ele nunca fez nada para lhe magoar, nem podia por ser aquele tipo de marido compreensivo e atencioso.

Mas para fazer isso teria que admitir sua gravidez e ainda não estava pronto, decidindo postergá-la por mais tempo. Com o coração em pedaços, porém o rosto mantendo a falsa postura desinteressada ele se afastou deixando o esposo para trás e resmungando enquanto acabava de arrumar os cabelos, ajeitando os fios com os dedos de modo que ficassem bem bagunçados e deixando a escovação de dentes para mais tarde quando estivesse sozinho e pudesse trancar a porta.

— Deixa de ser paranóico, não tem nada de errado, isso é coisa da sua cabeça. — declarou ranzinza saindo do quarto.

Insatisfeito pela resposta evasiva o ruivo o seguiu, ainda agitado pela aparente falta de importância que Bakugou dava ao seu temor, acreditando que realmente talvez suas suposições estivessem corretas e apenas ele se preocupasse com aquilo.

— Se não é nada então porque não me deixa mais tocá-lo? Porque sempre foge? — tentou abraçá-lo por trás, chegando a colocar os braços em volta de sua cintura.

Assustado que ele pudesse sentir a leve porém incomum protuberância que já se formava em seu ventre, Bakugou se afastou rapidamente, em um ato instintivo que nem de longe poderia ser compreendido como outra coisa que não repulsa, deixando Eijirou com o olhar perdido e vago atrás de si por ter sido repelido pela pessoa que ama com tanta agilidade o que alimentou ainda mais seus anseios.

Nosso Segredo (Livro 1/Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora