29 - Realidade

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Eu vou compartilhar com vocês esse presente maravilhoso que a CecyJarske, uma de minhas ilustres esposas encomendou com a CrazyClaraBR. Gente, sem condição de uma arte tão linda e cheia de significado, estou até agora sem palavras suficientes para expressar minha gratidão. 

EU NÃO POSSO MORRER DE AMORES SOZINHA! VOCÊS VÃO OLHAR ESSA OBRA DE ARTE E MORRER JUNTO COMIGO! CARALHO, OLHA ESSES DETALHES, SEM CONDIÇÃO! CECY SUA D*&%$# EU AMO VOCÊ!

Perdão pelo descontrole, eu necessitava surtar. 

O quarto estava silencioso pela primeira vez em quatro horas

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O quarto estava silencioso pela primeira vez em quatro horas. Eijirou havia saído para tomar uma água e se recompor, porque Bakugou não suportava mais ele ao seu lado, chorando e lamentando o estado de seu terceiro bebê e, cansado das lamúrias aparentemente infinitas que ele tecia ao pé de seu ouvido.  

A verdade era que Katsuki o havia deliberadamente expulsado-o por não conseguir lidar com a própria dor, e não queria chorar na frente dele. 

Nervoso e ansioso por notícias, aguardando o pediatra que parecia demorar uma eternidade para visitá-lo, sentindo o coração apertado na eminência de receber alguma notícia negativa. Há quatro horas havia dado a luz a três bebês e agora estava sozinho, sem nenhum deles ao seu lado para se sentir mais tranquilo, constatação que o fez chorar angustiado, crente de que só podia ser algum tipo de castigo divino pelas dezenas de vezes que pensou que seria melhor se não os tivesse, se culpando pelo universo estar descontando em suas crianças uma culpa que era sua. Ele nunca fora um sujeito emotivo, ou pelo menos tentava não demonstrar o quanto certos eventos, palavras ou atos o atingiam, sempre escondendo-se detrás de uma máscara de força inabalável, mas aquela situação o deixou em cangalhos. 

Eijirou retornou minutos depois, encontrando-o com o rosto marcado pela lágrimas enquanto tentava disfarçar que havia se entregado ao desespero do momento, dando a ele o espaço para tentar se recompor. Sentou-se ao lado do esposo, contendo as lágrimas enquanto segurava ternamente a mão do esposo.  

— Não se culpe, vai dar tudo certo — ergueu a mão acariciando os cabelos dele. Katsuki não disse nada, apenas sentiu o choro travar na garganta, segurando-o mesmo que algumas lágrimas teimosas escapassem — Nós vamos sair daqui com nossos três bebês, pode confiar.

Naquele momento Katsuki sentiu novamente todas as suas barreiras desmoronarem, permitindo-se desvelar sua real face para o único que a conhecia.  

— Será que vamos mesmo? — volveu o olhar para ele, desejando que ele o abraçasse, e recebeu um sorriso terno e um beijo demorado na testa em resposta, tão lento e amoroso que fechou os olhos para apreciar a maciez cálida dos lábios de Eijiro em contato com a pele, sentindo as lágrimas chegarem e descerem novamente, trilhando o caminho marcado pelas anteriores. 

— Vamos. 

— Como puderam deixar algo assim passar despercebido? —  disse com os lábios trêmulos.

Nosso Segredo (Livro 1/Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora